Atividade de Samba de Roda
Por: kathiauwes • 3/5/2025 • Trabalho acadêmico • 896 Palavras (4 Páginas) • 16 Visualizações
1. Escuta Guiada – “Ouvindo a Raiz”
Essa atividade tem como objetivo sensibilizar os alunos para os sons, ritmos e sentimentos que o samba de roda desperta. Para realizá-la, o ambiente pode ser preparado com um clima acolhedor, como um círculo de almofadas, ou apenas com os alunos sentados em roda. O professor escolhe músicas tradicionais do samba de roda, preferencialmente gravações autênticas do Martinho da Vila, Originais do Samba e afins.
Durante a escuta, os alunos são convidados a fechar os olhos e prestar atenção aos diferentes sons: instrumentos, palmas, vozes, cantos de chamada e resposta. Em seguida, o professor propõe uma conversa sobre o que sentiram, que imagens vieram à mente, e quais elementos musicais conseguiram identificar. Essa escuta desperta os sentidos e prepara o grupo para uma vivência mais profunda.
2. Oficina de Movimento – “Corpo em Gira”
Com os alunos em roda, inicia-se um breve aquecimento corporal, utilizando movimentos que dialoguem com elementos da natureza (como o balanço das árvores ou o girar do vento), para soltar o corpo de forma lúdica. Em seguida, o professor ensina movimentos básicos do samba de roda: o gingado suave do quadril, os pequenos deslocamentos com os pés, os giros no eixo e as palmas no ritmo da música.
A proposta aqui é explorar o corpo como instrumento de expressão, respeitando os limites e a espontaneidade de cada um. Após o aprendizado dos passos, a turma monta uma grande roda: um espaço simbólico onde cada aluno pode entrar no centro para improvisar, com liberdade e acolhimento do grupo, expressando-se ao som do samba. Esse momento fortalece a autoestima, o senso de pertencimento e a alegria coletiva.
3. Contextualização Histórica e Cultural – “De Onde Vem Essa Ginga?”
Essa atividade tem caráter formativo e é essencial para conectar os alunos com as raízes afro-brasileiras do samba de roda. O professor pode iniciar com uma breve exposição oral sobre a origem do samba de roda no Recôncavo Baiano, abordando temas como a influência africana, a presença das mulheres sambadeiras, a relação com a capoeira e com o candomblé, e o papel da cultura como resistência. Citar principalmente Dona Dalva Damiana: https://www.ufrb.edu.br/ppgcom/en/noticias/512-96-anos-de-dona-dalva
Utiliza-se uma linha do tempo ilustrada, com imagens, mapas e vídeos curtos que mostrem mestres da cultura e festas populares da Bahia. Os alunos então se reúnem em pequenos grupos para construir um mural coletivo, onde registram com desenhos, colagens ou frases aquilo que aprenderam e sentiram. O mural pode ficar exposto na escola como uma forma de valorizar essa herança cultural.
4. Expressão Corporal e Teatral – “Contando Histórias com o Corpo”
Nessa atividade, os alunos vão explorar o samba de roda não apenas como dança, mas como narrativa viva. A proposta é trabalhar a expressividade corporal e a improvisação teatral, conectando os gestos do samba de roda às histórias que ele carrega: festas, encontros, ancestralidade e resistência.
O professor começa propondo uma escuta musical mais atenta: em vez de dançar logo de início, os alunos devem caminhar livremente pelo espaço ao som do samba de roda, deixando que o ritmo conduza seus movimentos. Em seguida, são orientados a pensar em personagens típicos da cultura popular (a velha do samba, a rezadeira, o pescador, a criança, a sambadeira, o mestre da roda) e criar movimentos que representem esses personagens de forma simbólica.
Depois disso, formam-se pequenos grupos que vão criar “mini cenas” corporais, usando o corpo e a música para contar uma breve história sem falas, apenas com gestos e expressões. Essas cenas podem retratar, por exemplo, um momento de festa, uma roda de samba, um encontro de gerações, ou um ritual de iniciação na cultura popular.
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