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O ARTIGO PLURALIDADE CULTURAL

Por:   •  14/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.004 Palavras (13 Páginas)  •  283 Visualizações

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RESUMO

Este trabalho relata as situações vivenciadas no cumprimento do estágio supervisionado II com aulas de Educação Física no ensino fundamental II, realizado em uma Escola da rede pública na zona rural do Rio Grande do Norte. As aulas estão fundamentadas em obras do Ministério da Educação Nacional, como os parâmetros curriculares nacionais para o ensino fundamental de terceiro ao quarto ciclo, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e outras literaturas como o coletivo de autores, e o livro sobre a Educação Física Escolar da autora Suraia Darido. O conteúdo Abordado nas aulas foi sobre a pluralidade cultural na educação física. E diante da experiência do estágio, foi possível perceber ao longo das aulas o desenvolvimento cognitivo dos alunos sobre a temática trabalhada, levando em consideração o pouco tempo de contato com a turma, algo que se comprovou por meio de duas avaliações, uma de cunho diagnóstico para identificar o que eles compreendiam sobre pluralidade cultural, aplicado na primeira aula e a outra de caráter somativo no final do estágio, enfatizando apenas a manifestação cultural de crenças. Ademais, ao avaliar o último questionário foi possível levantar respostas que mostram a influência religiosa no tocante a participação dos alunos nas aulas de educação física.

PALAVRAS-CHAVE: Educação Física. Ensino Fundamental. Pluralidade cultural.

INTRODUÇÃO

Este relatório foi desenvolvido a partir das experiências obtidas no cumprimento do estágio supervisionado realizado no ensino fundamental II na escola Municipal Menino Jesus, da cidade de Jundiá/RN, com a turma única do 9º ano, com o objetivo de trabalhar a pluralidade cultural nas aulas de educação física. O que justifica a escolha dessa temática, é o fato de que a partir dela, foi possível investigar sobre a influência religiosa no tocante a participação dos alunos nas aulas do componente curricular educação física. Considerando que o ensino fundamental II constitui de uma fase educacional categórica para o desenvolvimento dos adolescentes, pois preside a transição dos níveis de ensino da educação básica, que é a migração do ensino fundamental para o médio, é de suma importância levantar questões de como os dogmas religiosos podem interferir na aprendizagem dos alunos e de que forma isso se refletira na formação do mesmo. Diante dessa experiência, evidencia-se que o professor de Educação Física exerce o papel de ensinar além dos conhecimentos da cultura corporal, à valorização de características étnicas e culturais dos diferentes grupos sociais que convivem no território nacional, às desigualdades socioeconômicas e à crítica às relações sociais discriminatórias e excludentes que permeiam a sociedade brasileira (BRASIL,1998). Pois equivocadamente, a Educação física carrega uma característica esportivista, e acaba por vezes não sendo entendida como integradora de conhecimentos transcendentais as práticas corporais. Segundo a base comum curricular (BNCC) os alunos nessa fase de escolarização têm maior capacidade de abstração e de acessar diferentes fontes de informação, fato este que observei durante o estágio, ao discutir e aproximar um tema transversal às situações vivenciadas nas aulas de educação física. O trabalhado desenvolvido nesta etapa de ensino, por educadores, professores e outros agentes educacionais, está comprometido com a formação de um aluno cidadão, crítico e ativo na sociedade (BRASIL, 1998). O professor de Educação Física, no ensino fundamental, deve levar em consideração o contexto em que os alunos estão inseridos e respeitar as suas necessidades e limitações, por isso, ao se falar sobre pluralidade cultural, deve-se despertar o aluno sobre situações vivenciadas no seu cotidiano, como, diferenças de classe social, de gênero, de crenças de etnia dentre outros. Para que, por meio desse conhecimento, eles possam ter posturas éticas em meio a sociedade. Mas, para que as aulas de Educação Física sejam significativas para o desenvolvimento do aluno, os professores devem conhecer as diversidades culturais que integram a sociedade brasileira e saber relaciona-las aos conteúdos constituintes da disciplina. O professor de Educação Física, precisa proporcionar aos alunos diferentes momentos de aprendizagem, para que os mesmos, se desenvolvam plenamente. Estes momentos, devem levar em consideração que para boa parte das pessoas que frequentaram a escola, a lembrança das aulas de Educação Física é marcante: para alguns, uma experiência prazerosa, de sucesso, de muitas vitórias; para outros, uma memória amarga, de sensações de incompetência, de falta de jeito ( BRASIL, 1998), por isso, o professor de Educação Física deve estar atento ao que acontece na aula, para que o aprendizado não perca a sua essência principal na formação do cidadão e acabe se tornando como já mencionado, numa experiência  de constrangimento e de frustação. Na definição dos PCNs a Educação Física no ensino fundamental, deve “trazer uma proposta que procura democratizar, humanizar e diversificar a prática pedagógica da área, buscando ampliar, de uma visão apenas biológica, para um trabalho que incorpore as dimensões afetivas, cognitivas e socioculturais dos alunos” (BRASIL, 1998). Enfatizando as dimensões afetivas e socioculturais, foi abordado no questionário final apenas uma das diversidades culturais, a crença, para que se conhecesse como a religiosidade se relacionava com a participação dos alunos do 9º ano nas aulas de Educação Física. De um modo geral os resultados obtidos, que serão discutidos adiante, foram satisfatórios, mas, expuseram desejos que os alunos têm e se sentem constrangidos em realizá-los por influência religiosa, bem como a liberdade de outros alunos no tocante a sua participação, o questionário também expos a opinião dos alunos sobre a Educação Física e de como eles se sentem nas aulas, tanto teórica quanto práticas. E a partir da análise de cada resposta dos alunos, percebe-se o papel do professor de Educação Física no ensino fundamental, que é formar cidadãos completos e interagir com as esferas que compões a sociedade, unindo a aprendizagem teórica com a pratica, que é a essência da Educação Física escolar.

METODOLOGIA

O presente trabalho, trata-se de um relato de experiência desenvolvido durante o estágio obrigatório, na escola Municipal Menino Jesus, localizada na comunidade de Santa fé município da cidade Jundiá, no qual foi desenvolvido as aulas de Educação Física, A instituição possui onze turmas, a creche turma única, e a Pré-escola turma única, e o ensino fundamental anos inicias e finais, atendendo crianças dos 3 anos até aos 16 anos de idade. A maioria das aulas são ministradas dentro das salas, por 16 professores (as) com o auxílio de 3 educadoras na educação infantil, sendo que ao todo são em média 300 alunos na escola divididos por turmas com aproximadamente 27 alunos por sala, algumas turmas com quantidades inferiores a este valor, que foi o caso do 9º ano, no qual continha apenas 14 alunos. A escola atende principalmente crianças de nível sócio econômico baixo e moradores de habitações simples, onde a maior fonte de renda provem da agricultura. O estágio teve início no dia 25 de abril de 2017 e seu termino aconteceu no dia 23 de Maio de 2017, as atividades foram realizadas no período da tarde, uma vez na semana, das 15:30 até as 17:00 h, com a turma do 9º ano do ensino fundamental II, totalizando cinco encontros. O primeiro contato com a escola foi positivo, houve uma boa recepção por parte da equipe escolar, a gestora da instituição me apresentou as turmas, os espaços, os alunos do nono ano no qual iria aplicar o meu estagio, e também me concedeu uma entrevista, e na ocasião, fez algumas sugestões e relatou um pouco sobre a história e a rotina da escola, especificamente da turma escolhida para o estágio. Os espaços apresentados correspondem com as necessidades dos alunos, com salas amplas, solários, banheiros adaptados, refeitório, espaço livre para brincadeiras e uma quadra de esportes. Mas, apesar da escola possuir uma quadra de esportes, as aulas de Educação Física foram realizadas em sala de aula por que a quadra ainda estava sob vistoria e por esse motivo não poderia ser utilizada. A dificuldade foi em relação ao espaço livre, como já mencionado, não estava disponível para uso. O professor de Educação teve uma boa aceitação em ter as aulas apenas em sala, e o mesmo, sempre ofereceu ajuda em todo processo, o que proporcionou uma maior segurança para aplicar o estágio. A observação, foi um momento de grande significância para conhecer o perfil da turma, aos poucos a sistematização das aulas foram sendo estruturadas. Em relação a coparticipação, um momento tão esperado, deixou a desejar, por que nesse dia, o professor copiava o conteúdo no quadro e isso tomava muito o tempo da aula, o que ocasionou poucas oportunidades de auxiliá-lo, pois, enquanto ele copiava, eu apenas observava. Após a coparticipação, observou-se a necessidade de ir à busca de atividades que envolvesse os alunos de forma ativa, foi ai que surgiu a ideia de propor um seminário. Vale ressaltar que, a proposta de um seminário foi sugerida durante a orientação do estágio pela orientadora do mesmo, e diante da situação encontrada, o coloquei em pratica. Fato este que ajudou a atingir os objetivos de trabalhar a pluralidade cultural e investigar sobre a influência religiosa no tocante a participação dos alunos nas aulas de educação física, compreender as manifestações culturais é de grande relevância para a formação cidadã do alunado. De acordo com os PCNs, no ensino fundamental II a Educação Física exerce um importante papel, pois, tem como objetivo fazer com que o aluno seja capaz de reconhecer as culturas que compõem o patrimônio sociocultural do país, bem como a importância de respeitar cada uma dessas manifestações culturais (BRASIL, 1998). Diante disso, para planejar as aulas, primeiramente foi construído um projeto de intervenção, no qual, foram colocadas todas as aulas que seriam desenvolvidas, levando em consideração a temática principal sobre a pluralidade cultural, e a inclusão de todos os alunos nas aulas de Educação Física, que é a abordagem dos PCNs. Para dar suporte na organização das aulas, foram utilizados os autores supracitados, mas dando ênfase nos PCNs (BRASIL, 1998). Os conteúdos se distribuíram de forma sistemática em: qual a importância da Educação Física? O que é pluralidade cultural? Manifestações culturais, classe social, crenças, preconceito, etnia e gênero. Ademais, os conteúdos teóricos foram praticados nas apresentações dos trabalhos. Teóricos como a autora Darido, coletivo de autores, também foram considerados no planejamento e na execução das aulas, de modo que, a intervenção acontecesse de forma solidificada em obras conceituadas na área. Assim como, a aprendizagem fosse concedida a todos os alunos de forma clara e consciente, considerando as suas potencialidades e limitações, uma vez que a turma mostrou dificuldade em dialogar sobre o conteúdo, fato que foi comprovado na análise do primeiro questionário aplicado. E foi a partir destes teóricos, da observação, coparticipação e da avaliação do questionário diagnostico que as aulas foram planejadas com características diferenciadas, visto que, é importante propiciar diferentes estímulos, tirando os alunos da zona de conforto, nesse caso as aulas práticas, para que a aprendizagem aconteça em todos os momentos. Antes de dar início as regências, entreguei um termo de consentimento para os alunos, para que os mesmos recolhessem as assinaturas dos seus responsáveis, pois durante as atividades do estágio eles responderam a dois questionários, e um dos requisitos para o estagiário, é de que este, deve registrar com fotografias cada momento do seu trabalho, e como os alunos eram menores de idade havia a necessidade da autorização dos responsáveis de cada um. Com as autorizações em mãos, registrei cada momento das aulas. A primeira aula foi expositiva com apresentações de slides, e na sequencia reproduzi um vídeo sobre pluralidade cultural na Educação Física, após este momento, pedi para que a turma se dividisse em três grupos e produzissem um cartaz com o tema sugerido por mim, que foram: qual a importância da educação física; o que é pluralidade cultural e o que é preconceito, para apresentarem na aula seguinte. A segunda aula, foi a apresentação dos cartazes, nesse momento pude presenciar os alunos dialogando sobre o seu conteúdo, e para mim foi uma experiência rica, pois desde o primeiro contato com eles, percebi que tinham dificuldade de se expressar verbalmente, principalmente diante de outras pessoas. Após as apresentações, fiz algumas considerações sobre cada grupo e a aula foi encerrada. Na terceira e última regência, separei esse momento para fazer um feedback das aulas anteriores e apliquei o questionário final, no qual enfatizava perguntas sobre a influência da religião no tocante a participação dos alunos nas aulas de Educação Física. Ao recolher os questionários, fiz uma roda de conversa com a turma, finalizei a aula e as atividades do estágio.

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