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TÊNIS DE CAMPO: UM ESTUDO A CERCA DA EPICONDILITE LATERAL NOS TENISTAS DO CET EM ARACAJU/SE

Por:   •  31/5/2017  •  Artigo  •  1.732 Palavras (7 Páginas)  •  449 Visualizações

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TÊNIS DE CAMPO: UM ESTUDO A CERCA DA EPICONDILITE LATERAL NOS TENISTAS DO CET EM ARACAJU/SE

INTRODUÇÃO

Todos os esportes ajudam na manutenção da forma física, no bem estar pessoal, na interação social, porém algumas práticas esportivas podem trazer alguns tipos de lesões específicas. O tênis que é o foco do presente artigo, por exigir muito do aparelho locomotor, principalmente na função osteo-ligamentar, acaba por ocasionar muitas lesões em várias partes do corpo, principalmente por micro traumatismos decorrentes de esforços repetitivos ocorridos em treinamentos e competições geralmente localizadas nos membros superiores (ORCINA, 2013).

Dentre estas lesões encontra-se a epicondilite lateral que é caracterizada como uma inflamação nos tendões que unem os músculos do antebraço do lado de fora do cotovelo, lesão também conhecida na literatura como cotovelo de tenista. Os músculos do antebraço e os tendões tornam-se danificados do uso excessivo — repetir os mesmos movimentos de novo. Isto leva a dor e a inflamação do lado de fora do cotovelo (ALMEIDA et. al., 2013).

Embora seja uma lesão característica de jogadores de tênis, ela pode ocorrer em indivíduos praticantes de outros esportes que utilizam a raquete, ou profissionais que exercem atividades  que utilizam a função osteo-ligamentar dos cotovelos, dentre eles podem ser citados os carpinteiros, pintores e as manicures.

A lesão geralmente causa o aumento de dor e sensibilidade na região lateral do cotovelo, ocasionado pelo uso intenso e prolongado da musculatura extensora do punho e da mão. Estatisticamente a doença é uma causa frequente de dor no cotovelo e afeta de 1 a 3% da população adulta no mundo. Com relação aos praticante de tênis estima-se que de 5 a 10% dos pacientes que apresentam os sintomas de epicondilite lateral (ALMEIDA et. al., 2013).

É valido ressaltar que a utilização dos termos epicondilite e tendinite são muitas vezes utilizados para descrever o mesmo quadro, e são denominados como "cotovelo do tenista", porém estudos histopatológicos, como os realizados por Nirschl, caracterizam essa afecção não como uma condição inflamatória e sim como uma tendinose, com resposta fibroblástica e vascular, denominada degeneração angiofibroblástica da epicondilite (ORCINA, 2013).

Dessa forma presente artigo tem como objetivo analisar a incidência de epicondilite lateral em praticantes de tênis de campo na Academia de Tênis CET, localizada na cidade de Aracaju no Estado de Sergipe.

A realização do estudo da epicondilite é importante para ajudar na prevenção do aparecimento do problema, principalmente para o Educador Físico que deve estar atento aos tipos e cargas de treinos que favorecem ao aparecimento da doença.

Para a realização do estudo optou-se com metodologia de trabalho por uma pesquisa de campo, quanto aos fins do tipo exploratória e descritiva de caráter quantitativo na qual será avaliado um grupo de 20 alunos que praticam tênis na Academia CET, com o intuito de identificar nestes indivíduos a epicondilite lateral, e suas principais causas.

A pesquisa de campo será apoiada por uma pesquisa bibliográfica em livros e artigos científicos originais e validados que tratam nas principais causas, incidência e tratamento da doença.

ASPECTOS HISTÓRICOS DO TÊNIS DE CAMPO

A história dos jogos com rebatidas remonta a dois mil anos antes de Cristo, no Egito Antigo, e é observado em uma ilustração na tumba de Beni-Hassan. Existe também uma ilustração de mais ou menos mil e quinhentos anos antes de Cristo, na tumba de Hattar, no templo de Dir-er Barari, onde existe uma ilustração que mostra o rei batendo com a mão uma bola e os súditos tentando devolvê-la (AZZL & CHIMINAZZO, 2015).

Já na Roma Antiga, existia um jogo de rebatida denominado "Harpastrum", que em uma adaptação feita pelos bascos originou o jogo de pahna, no qual os jogadores batem contra a parede) uma bolinha com a palma da mão. Esta prática assemelha-se muito com o que hoje em dia chamamos de "Squash" - jogado em um salão fechado, onde basicamente rebate-se uma bolinha de borracha com urna raquete, também contra uma parede - considerado urna variação do jogo de tênis (AZZL & CHIMINAZZO, 2015).

Ao final do século XII, com sua difusão o jeu de la paurne ou jogo de palma sofreu modificações em suas regras e nos locais onde era praticado, onde, ao invés de ser contra uma parede, consistia em um retângulo dividido com urna corda ao meio, onde participavam sets jogadores de cada lado, a essa nova prática foi dado o nome de "longe palrne". Neste percurso originou-se o ''court palme", jogo que possuía a mesma lógica, porém praticado em uma superfície menor, com técnica mais complexa. O jogo se desenvolvia através de disputas realizadas em melhor de onze jogos, sagrando-se vencedora a equipe que ganhasse seis (AZZL & CHIMINAZZO, 2015).

O uso da raquete só se deu no século XIV, através dos italianos, o que tornou os jogos que eram realizados apenas com as mãos, mais atraentes e menos violentos, o esporte cresceu em toda França e Inglaterra, tendo no rei Henrique VIII um de seus maiores entusiastas (AZZL & CHIMINAZZO, 2015).

ASPECTOS TÉCNICOS DO TENIS DE CAMPO

O tênis de campo é praticado em todo mundo, seja em competições e torneios profissionais, ou como forma de lazer. Os jogos tênis de campo são disputados em simples, partidas com dois jogadores ou em duplas, com quatro jogadores. Os jogadores sorteiam quem sacará primeiro e de que lado da quadra o fará, girando a raquete ou jogando uma moeda. A bola então é posta em jogo por meio do saque, que pode ser realizado por um lançamento, com a bola acima da cabeça do jogador, onde é rebatida para baixo- e disputa-se o ponto até quando um dos jogadores bate contra a rede, fora das linhas de demarcação, ou não alcance a bola com a raquete antes que ela quique duas vezes do seu lado da quadra (ISHIZAKI, & CASTRO, 2012). 

Após a bola entrar em jogo, que deve quicar no setor de saque do lado oposto ao que o serviço foi realizado na metade adversária da quadra, os jogadores podem trocar bolas com a mesma tocando o solo ou não. Esta troca de bolas pode ser realizada do fundo de quadra através das batidas direto e revés do outro oposto, podendo os praticantes dirigir-se até as proximidades da rede para realizarem os moimentos de voleios, que são rebatidas nas quais a bola não toca o chão antes da raquete, (também direto e revés), além de terem a oportunidade de matarem o ponto com a cortada, movimento num plano mais alto, acima da cabeça, de cima para baixo, semelhante ao saque (ISHIZAKI, & CASTRO, 2012). 

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