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A DISTANASIA ORTOTANASIA

Por:   •  15/10/2020  •  Trabalho acadêmico  •  728 Palavras (3 Páginas)  •  189 Visualizações

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Objetivo:

Tópico 2. As principais percepções dos profissionais frente a distanasia e ortotanasia.

Situada no ambiente hospitalar, a equipe de enfermagem mantém uma relação diferenciada com os pacientes e seus familiares. Enfermeiros são os profissionais de saúde que mais se mantêm em contato direto e prolongado com esses pacientes, sendo os primeiros que atendem suas necessidades e que, consequentemente, vindo a estabelecer vínculos afetivos. Essa proximidade tanto pode ser benéfica para o cuidado do paciente, como também pode se tornar vulnerável ao estresse laboral tanto o paciente quanto o enfermeiro. Por permanecer bem próximo nos momentos difíceis, o profissional de enfermagem acaba sendo uma referência quando se trata de cuidado; é a ele que o paciente e a família recorrem quando necessitam de esclarecimentos ou ajuda. O enfermeiro torna-se, então, o primeiro profissional a lidar com o fim da vida do seu paciente e, consequentemente, o que está mais vulneráveis a níveis elevados de estresse.

Esses profissionais tendem, quase sempre se proteger do contato com experiências dolorosas, a negação tem sido um dos mecanismos mais utilizados pelos profissionais de enfermagem quando se trata de situações que envolvem a morte. Se por um lado os profissionais de saúde são os que mais intensamente lidam com o tema morte, por outro são também os que mais resistem em reconhecê-la como um fato pertencente à existência humana.  Os transtornos mentais também podem afetar o trabalhador de saúde, como a depressão que, atualmente, é o quadro psicopatológico que mais afeta os profissionais. Estudo evidencia ainda que o papel do enfermeiro, diferente do que se tem acreditado, não se acaba com a chegada da morte, pois existe muito a ser feito pela família que necessita de cuidado e atenção para poder vivenciar esse momento que é tão delicado.

Ao considerar que a enfermagem é uma das profissões de saúde mais sujeito ao estresse laboral devido ao contato direto, intenso e prolongado com o paciente que vivencia a terminalidade.

Estudos indicam, de modo geral, que a morte é representada de variadas maneiras entre os profissionais de enfermagem. O final da vida é concebido como transição, passagem para a vida eterna, separação, perda, dor, incógnita, alívio, dever cumprido, como processo natural relacionado ao desenvolvimento do ser humano ou simplesmente como fim. Essas representações convergem para a maneira como cada indivíduo lida com a morte, ou seja, as formas adotadas para enfrentar essas situações.

Podemos destacar a grande dificuldade encontrada pelos enfermeiros de se relacionarem com pacientes com parecer reservado e em fase terminal, uma vez que a proximidade da morte destes pode gerar sentimentos de impotência e culpa no profissional que está ali envolvido no cuidado. A dificuldade não se restringe apenas ao manejo do paciente, mas também aparece no relacionamento com os familiares da pessoa que morreu.

Em estudo realizado com enfermeiras hospitalares, relata que as profissionais reconhecem a necessidade de comunicar aos pacientes do processo de morrer e morte sobre o diagnóstico e tratamento, mas essa temática aparece ainda bastante estagnada entre elas como um tabu. As enfermeiras entendem como um ato de crueldade falar sobre a morte ou anunciar a morte futura para aqueles que ainda não estão preparados para aceitá-la e que se encontram na vigência de um processo de negação.

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