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A Depressão Puerperal

Por:   •  17/11/2021  •  Monografia  •  1.896 Palavras (8 Páginas)  •  126 Visualizações

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1-INTRODUÇÃO

 O período gravídico puerperal é uma fase importante na vida da mulher, onde o corpo e o psicológico precisam estar alinhados para um equilíbrio e harmonia quanto à recuperação da mulher e adaptação da nova rotina imposta pelo recém-nascido.

A depressão mostra-se como uma doença que vem crescendo exponencialmente, vitimando alguns portadores e onerando o sistema de saúde, além da diminuição da capacidade laboral e qualidade de vida dos portadores.

Segundo Arrais a depressão puerperal começou a ser reconhecida na década de 1990, com a abertura do primeiro ambulatório para tratamento de distúrbios mentais puerperais, no Hospital das Clínicas, em São Paulo.

A chegada de uma criança já impõe uma mudança de rotina, mudanças fisiológicas, aclives e declives hormonais, além de sobrecarga psicológica advinda de tantas mudanças.

Sabe-se que a depressão pós-parto é definida como uma perturbação de humor que ocorre do início da gravidez até os cinco meses após o parto, teve sua nomenclatura alterada para depressão periparto.

A DPP é definida como um episódio de depressão maior que é temporalmente associado com o nascimento de um bebê (APA, 1994), mas no DSM-V (APA, 2014), essa terminologia foi alterada para periparto depressão. Estipulou-se que o início dessa perturbação do humor ocorre ainda durante a gravidez, no seu último mês até cinco meses após o parto, pois, cerca de 50% dos casos de depressão maior no pós-parto começam antes do nascimento.

Observando a relevância do tema, embasados nas disciplinas ministradas, percebemos que a temática depressão pós-parto emerge estudos por parte do papel do enfermeiro, ressaltando a importância do profissional de enfermagem em todas as fases do ciclo gravídico e puerperal, desde o pré-natal às consultas puerperais.

Esse tema foi escolhido, pois é um assunto que aborda uma temática que é confortável e de grande valia para a capacitação profissional, esse tema aborda a importância de está atentas as alterações na mulher que está no período de puerpério, visto que a depressão, é um grande problema de saúde pública, onde o tema torna-se relevante, pelo fato de fazer parte da disciplina presente na graduação e por ser um assunto que atinge muitas mulheres.

Ressalto a importância de o enfermeiro conhecer os fatores de risco, para conseguir observar alterações em suas clientes, a fim de intervir ou encaminhar a cliente.

Fatores de risco são eventos ou situações já estabelecidas propícias ao surgimento de problemas físicos, psicológicos e sociais, que serão neste trabalho convencionados em apresentar maior intensidade no período gravídico-puerperal. De acordo com Figueira, Gomes, Diniz e Silva Filho (2011) o estabelecimento de fatores de risco pode contribuir para melhor compreensão da doença e para a elaboração de estratégias de prevenção e de diagnóstico precoce. Pesquisas apontam diversos fatores de risco para o desencadeamento da DPP, como: Gestante solteira, conflitos conjugais, falta de apoio do pai do bebê, histórico familiar de depressão, depressão e ansiedade gestacional, gravidez não desejada, suporte social fraco, eventos estressantes e adversos a gravidez, idealização da maternidade, histórico de violência intrafamiliar, presença de dificuldades financeiras no pós-parto, de estresse no cuidado com o bebê e complicações obstétricas maternas durante a gestação ou no puerpério. ARRAIS et al.

O enfermeiro tem um grande papel em no que diz respeito a estimular o cuidado na saúde da mulher estando ele a nível primário ou secundário de saúde, a saúde pública que é conhecida como porta de entrada para o Sistema de saúde, e a depressão puerperal configura-se como grave problema de saúde pública.

A depressão pós-parto (DPP) é um importante problema de saúde pública, afetando tanto a saúde da mãe quanto o desenvolvimento de seu filho. A manifestação desse quadro acontece, na maioria dos casos, a partir das primeiras quatro semanas após o parto, alcançando habitualmente sua intensidade máxima nos seis primeiros meses. Os sintomas mais comuns são desânimo persistente, sentimento de culpa, alterações do sono, ideias suicidas, temor de machucar o filho, diminuição do apetite e da libido, diminuição do nível de funcionamento mental e presença de ideias obsessivas ou supervalorizadas. MORAES et. al

O enfermeiro deve buscar maneiras de minimizar os sintomas de depressão na mulher e acabar com esse problema, primeiro através dos sinais e sintomas obtidos, identificar o que causa essa depressão e buscar maneiras de intervir o agravo desse quadro, através de fortalecer o vínculo familiar, estimular o contato da mãe e filho, solicitar ajuda para a puérpera para a mesma não se sentir desgastada, educar a mulher e a quem ajuda sobre os cuidados com o bebe, ou seja, educação em saúde, para evitar o máximo de danos que possam ser causados ao bebe e orientar e deixar os familiares cientes do quadro de saúde da mulher.

Esse tema é de grande motivação, pois ele abrange uma grande massa da população, e a maior parte atingida são as mulheres, e na atualidade cada dia mais as mulheres estão mais unidos em prol de manter um melhor enfrentamento de determinados eventos, buscando maneiras de uma ajudar a outra através de medidas que previnem o suicídio e maneiras de incentivar outras mulheres a superar um termino de relacionamento, a enfrentar problemas conjugais, e a passar pela tão difícil fase da maternidade, onde a mesma pode trazer prejuízos irreversíveis à mulher, todavia, e importante destacar que a união das mulheres, não é somente mostrar o empoderamento feminino, mas sim, que unidas podemos vencer e passar por qualquer situação.

 Muitos casos de DPP ocorrem por desavenças conjugais, onde o marido faz da mulher um ser único e exclusivo a cuidar do recém-nascido, deixando a mulher em uma situação de inferioridade, e é obrigação de nós mulheres, mostrar que temos direitos, desejos e vontades e que tanto o homem e quanto a mulher tem direito de clamar por igualdade e que ambos são pais do bebê. Esse assunto e de grande motivação, pois como enfermeira, mãe e mulher, me sinto na obrigação de exteriorizar os meus anseios a fim de ajudar e de entender o que a DPP pode gerar na vida de uma mulher, visto que, a mulher é um ser livre de amarras e que a vinda de um ser que foi gerado em seu ventre é para trazer alegrias e que ninguém tem o direito de tirar isso dela.

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