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A Farmacológica da Asma

Por:   •  25/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.870 Palavras (12 Páginas)  •  233 Visualizações

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Farmacologia da Asma

A asma é uma doença que leva à reversibilidade das vias aéreas onde, o paciente em crise causa a broncoconstrição levando a falta de ar, sessando esses sintomas com o uso de medicamento. Cada organismo responde de uma forma ao tratamento, ou seja, por mais que o paciente faça uso do medicamento, seu estilo de vida de vida é fundamental no resultado terapêutico.

Uma outra questão são os próprios dispositivos da medicação por vias inalatórias, em que idosos e crianças encontram dificuldade no manejo do mesmo. A técnica precisa ser adequada para que garanta a quantidade necessária a alcançar a mucosa pulmonar (brônquios), diminuindo o processo inflamatório.

Nos dias atuais, o melhor grupo de escolha para o tratamento são os corticoides inalatórios. Os pacientes que fazem uso regular da droga fazem com que diminuía o processo inflamatório, diminuindo sua evolução, permanecendo em um quadro asmático intermitente leve por muito mais tempo.

ASMA INTERMITENTE:

É o quadro em que o paciente que em crise faz uso de broncodilatadores de alivio (bombinha) e ao sair das crises, não mantem o uso da droga, sem necessidade de manter a asma controlada pois é muito leve.

ASMA PERSISTENTE:

Pode se enquadrar entre leve, moderada ou grave, mantendo o paciente em uso continuo da medicação.

Portanto, existem quatro tipos de asma:

  • Asma leve intermitente.
  • Asma leve persistente.
  • Asma persistente moderada.
  • Asma persistente grave.

Os parâmetros utilizados para a classificação da asma são:

  • Sintomas (apresentação dos sintomas pelo paciente como o chiado no peito, sibilância, tosse).
  • Atividade (limitações nas quais o mesmo apresenta).
  • Crises (frequentes ou não).
  • Sintomas noturnos (despertares de complicações ao anoitecer).
  • Uso de bombinha.
  • VEF1 (quando menor que 80%).

A partir do momento em que classificamos o paciente quanto à gravidade, outras classificações são agregadas para o controle da doença:

  • Pacientes controlados.
  • Pacientes parcialmente controlados.
  • Pacientes não controlados ou na exarcebação.

Os medicamentos de escolha são os mesmos, de modo que os por via inalatória são os de preferência. A administração deve ser feita pelas menores doses se possível, aumentando as mesmas de acordo com a exarcebação do paciente, associando também outros broncodilatadores. O tratamento se baseia nos sintomas agudos e envolve a exarcebação e a manutenção.

MEDICAMENTOS UTILIZADOS:

  • SINTOMAS AGUDOS E EXACERBAÇÃO:
  • AGONISTAS B2 DE AÇÃO RÁPIDA.
  • BROMETO DE IPRATRÓPIO.
  • COSTICOSTEROIDES e AMINOFILINA.

MANUTENÇÃO:

  • COSTICOSTEROIDES.
  • ANTAGONISTAS B2 DE LONGA DURAÇÃO.
  • CROMONAS.
  • TEOFILINA DE LIBERAÇÃO LENTA.
  • ANTI IgE.
  • IMUNOTERAPIA.

O principal medicamento de manutenção são os CORTICOSTEROIDES, que são drogas anti-inflamatórias esteroidais (hormonal).

O tratamento com AINES nesse caso é ineficaz pois, os mesmos inibem apenas a COX, sendo a asma uma doença multifatorial que envolve a LOX (leucotrienos).
Além de corticoides podem ser administrados broncodilatadores por conta dos broncoespasmos provocados nas vias aéreas, sendo o principal os AGONISTAS B2.

FISIOLOGICAMENTE:

Existem nos pulmões receptores B2 que com a ação da adrenalina circulante mantem o tônus, promovendo a broncodilatação, mas, o tônus excitatório que comanda a situação é o tônus parassimpático (acetilcolina), sendo seu efeito a broncoconstrição e aumento da secreção de muco.

Portanto, as drogas broncodilatadoras “imitam” o sistema simpático (agonista B) e para o parassimpático usamos drogas que o bloqueia, ex.: IPRATRÓPIO (ATRVENT®), que são anticolinérgicos broncodilatadores.

Observação: o uso de IPRATROPIO é indicado somente nos quadros de crises. Em casos de manutenção não há uso desse anticolinérgico pois, não há resultado satisfatório. Durante uma crise, há participação do sistema parassimpático, ou seja, se administramos drogas que o bloqueia, haverá contribuição para o relaxamento, porém, aacetilcolina não é o mediador que está provocando os broncoespasmos mais sim um processo inflamatório, sendo assim não haverá efeito do mesmo.

Outra situação é em relação a AMINOFILINA e TIOFILINA, ambas são broncodilatadoras pertencentes ao grupo das XANTINAS (METILXANTINAS); pela diretriz as xantinas são consideradas de terceira linha de tratamento, tendo que ser drogas de segunda escolha. “no Brasil ainda são muito usadas”.

AMINOFILINA tem ação expectorante (xaropes), ajudando a promover a secreção, deixando o muco menos viscoso, facilitando sua eliminação.
Na asma de difícil controle, a AMINOFILINA tem sido substituída pelo SULFATO DE MAGNESIO.

Na manutenção, usa-se mais ANTAGONISTAS DE LEUCOTRIENOS, pois os leucotrienos são os principais mediadores no processo inflamatório.

As CROMONAS são drogas profiláticas, usadas na inalação. Nos dias atuais os médicos vêm substituído esses cromoglicatos inalatórios por medicamentos de VO (CETOTIFENO). O CETOTIFENO é um anti-histamínico não relatado nas diretrizes, mas, são usados em pratica clínica.

Os ANTI-TgE são bloqueadores da IgE, que são anticorpos residentes da superfície dos mastócitos e basófilos, promovendo a liberação de histamina pela ativação da cascata do acido araquidônico. O uso deste medicamento fica restrito apenas a pacientes com níveis séricos de IgE alto.

Para manter o paciente controlado, geralmente a cada quatro semanas é feita uma reavaliação e adequação do tratamento tanto na dose ou na associação de outras drogas. Caso o medico opte em trocar a droga de uso, deve-se avaliar se o paciente está fazendo o uso correto da mesma pois, as vezes o uso incorreto pode ser fator para diminuição de chegada do medicamento à mucosa pulmonar.

A imunoterapia serve de tratamento de suporte aos outros pois, muitas vezes é difícil avaliar qual o alérgeno responsável. Com essa terapia, auxilia em manter o sistema imune do indivíduo em funcionamento.

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