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A importância da análise do nascimento do saber psiquiátrico

Por:   •  4/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.063 Palavras (13 Páginas)  •  372 Visualizações

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Centro Universitário Celso Lisboa

Curso de Graduação em Enfermagem

Disciplina: Enfermagem em Saúde Mental

Docente: Kátia Moraes Jorge

Carta de Ottawa

&

8ª Conferência Nacional de Saúde – 1986

Discentes:

Dhiego Henrique de Barros Sarmento – EN731;

Lucas Monteiro – EN731;

Marcos Paulo de Souza Taverna – EN731;

Thiago Mouzinho – EN731;

Victor Luiz Camiliê de Souza – EN731.

Rio de Janeiro 03 de Outubro de 2017

INTRODUÇÃO

  • Enfermagem em Saúde Mental
  • Passado x Atualidade

É somente no início do século passado que a loucura ascende à categoria de doença mental. Nessa época os loucos se disseminavam indiferentemente entre os hospitais gerais, as casas, de detenção, as casas de caridade, os dep6sitos de mendigos e as prisões familiares. Nessa época a loucura figura claramente como estigma, isto é, como sinal distintivo e significante da pertinência do louco à categoria das "classes perigosas". A psiquiatria, então, ainda não se havia firmado, apropriando-se da insanidade como objeto próprio dentro da legitimidade do seu saber e de sua técnica. A classificação resultante na definição da doença mental não obedece a um esquema puramente teórico e pertinente a uma disciplina científica; mas tem a ver com a normatividade de uma ordem institucional particular; "Não se pode pensar essa ordem e, correlativamente, essa desordem, senão por referência à lei ou à norma que a institui e define" (Albuquerque, 1978). Mas os diversos sentidos da lei ainda se confundem amplamente na época da instituição da loucura em, objetei científico, sobretudo no domínio das ciências do homem. "De cada urna das concepções de lei e de ordem a caracterização da doença mental, enquanto desordem dei espírito, irá retirar sua contribuição, Da idéia de ordem enquanto sujeição a uma norma, decreto, expressão de uma vontade superior, a definição científica da doença mental retira a caracterização do louco como insubmisso, infenso a qualquer norma ou regularidade. Da idéia de ordem como expresso de um princípio abstrato, deriva a idéia de irracionalidade do louco e do caráter anormal e, portanto, especial da doença mental, Finalmente, da idéia de lei como regularidade imanente e necessária dos Fenômenos deriva a concepção da loucura como patologia, exceção" (Castel, 1978).

A importância da análise da história do nascimento do saber psiquiátrico - da constituição e legitimação social e legal desse saber, da apropriação desse objeto, da institucionalização da prática terapêutica da psiquiatria, e da evolução desse saber como um saber específico – reside no fato de que ela serve para mostrar qual a origem do que hoje conhecemos como psiquiatria, e como a instituição da doença mental apresenta, ainda hoje, características que apresentava no século passado, quando a doença mental passou a constituir o objeto da psiquiatria. O que importa analisarmos é que características assumiu a psiquiatria no mundo contemporâneo, qual o tipo de intervenção que ela apresenta no tratamento de seu objeto, qual sua ideologia, seus impasses, sua função na sociedade contemporânea, do ponto de vista daqueles que questionam seu saber, sua competência, sua legitimidade e poder. A análise da psiquiatria institucional contemporânea é feita do ponto de vista crítico e da perspectiva de autores que estudaram o assunto com profundidade procurando refletir sobre os saberes que se constituem e se legitimam na sociedade e sobre as conseqüências dessa legitimação e dessa prática social na vida do homem contemporâneo. O objetivo do trabalho é compreender a figura moderna da psiquiatria, seu papel na sociedade, sua ambição como instrumento técnico-científico, isto é, compreender o caráter e funcionamento da psiquiatria institucional como ela se apresenta atualmente.

A ida ao passado, para a análise das origens da psiquiatria, é' esclarecida pelo presente e se constitui como exigência de aprofundar a crítica e fornecer elementos para a transformação das condições atuais de seu modo de intervenção. A questão fundamental de todo esse ensaio é a que permeia, implícita ou explicitamente, todas as análises que se propõem a refletir sobre o saber médico, em termos gerais, e Sobre o saber psiquiátrico, em termos específicos, que é a questão dos papéis que desempenham essas instituições sociais como meio de controle dos indivíduos e das populações através de uma ação intrinsecamente ligada ao saber das ciências humanas; é, pouco e pouco, começar-se a olhar de modo crítico o funcionamento da sociedade ao nível do cotidiano, dos aparelhos que assumem a gestão de nossas vidas, das instituições que produzem, aperfeiçoam ou orientam nosso comportamento.

DESENVOLVIMENTO

  • Carta de Ottawa

A Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde foi uma decorrência das expectativas mundiais por uma saúde pública eficiente, focalizando em especial as necessidades dos países industrializados, e estendendo tal necessidade aos demais países. Mediante os progressos alcançados após a Declaração de Alma-Ata para a Atenção primária à saúde, o documento da OMS “As Metas da Saúde para Todos” e o debate ocorrido na Assembléia Mundial da Saúde sobre as ações intersetoriais necessárias, a Carta de Ottawa estabelece fatores de importância para o alcance de uma política de saúde para todos.

A Promoção da Saúde, segundo a Carta de Ottawa, contempla 5 campos de ação: implementação de políticas públicas saudáveis, criação de ambientes saudáveis, capacitação da comunidade, desenvolvimento de habilidades individuais e coletivas e reorientação de serviços de saúde.

As decisões em qualquer campo das políticas públicas, em todos os níveis de governo, têm influências favoráveis ou desfavoráveis sobre a saúde da população. A promoção da saúde propugna a formulação e implementação de políticas públicas saudáveis, o que implica a construção da prioridade para a saúde entre políticos e dirigentes de todos os setores e em todos os níveis, com responsabilização pelas conseqüências das políticas sobre a saúde da população.

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