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ATÉ ONDE OS NOSSOS OLHOS CONSEGUEM VER?

Por:   •  26/4/2015  •  Dissertação  •  1.113 Palavras (5 Páginas)  •  275 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

FACULDADE DE ENFERMAGEM NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

MAYARA FERREIRA LINS DOS SANTOS

ATÉ ONDE OS NOSSOS OLHOS CONSEGUEM VER?

 

Recife

2014

ATÉ ONDE OS NOSSOS OLHOS CONSEGUEM VER?

Texto produzido na Unidade Temática Integralidade do Cuidado do Módulo 1: Saúde, Sociedade e Processo de Trabalho, apresentado em formato de artigo simplificado (paper), aos professores Danielle Moura e Itamar Lages

Atualmente vivemos em uma era que as pessoas se sacrificam para trabalhar e consumir, isso é consequência do capitalismo. A preocupação com a velocidade da produção faz com que as pessoas sejam obrigadas a trabalharem mais para consumir mais, assim as duas coisas andam sempre juntas. Quando se pensa em produção ilimitada, os recursos que o planeta nos oferece ficam cada vez mais escassos, comprometendo o futuro daqueles que ainda virão. É necessária uma mudança de hábitos.

Nesse contexto o conceito de cuidado deve ser bem analisado, pois cuidado não é apenas um ato e sim uma atitude, ele pede relação harmoniosa das pessoas com elas mesmas e com o meio ambiente, na sua essência o ser humano é o cuidado, então só depende dele o início dessa transformação que pode mudar o amanhã.

Partindo dessa discussão sobre cuidado foi analisada a Vila Boa Vista, situada na cidade do Recife, onde pode-se destacar várias situações e para ter uma visão mais ampla delas é necessário enxergar além do concreto, fazendo uma análise mais profunda, incorporando conceitos que constroem e consolidam a base do entendimento do que foi visto na região.

No sistema único de saúde existem três níveis de complexidade, o primeiro, a atenção básica tem como objetivo prevenir e cuidar do indivíduo integralmente. Esse modo de aprendizagem contribui ricamente para a formação de futuros profissionais de enfermagem, além de mostrar a importância da prática social de cada profissional da saúde e o entendimento do cuidado com o paciente integralmente e não fragmentado.

No primeiro olhar, a questão do acesso a região não apresenta grandes dificuldades. Sua principal avenida pavimentada facilita acesso a outros bairros, pois há necessidade de locomoção das pessoas para cumprir diariamente seus compromissos. Entretanto existe uma dificuldade, a superlotação dos transportes coletivos. Essa circunstância deriva da falta de políticas públicas visando melhores condições de mobilidade para as pessoas e também da necessidade delas trabalhem cada vez mais longe de casa, consequência do crescimento comercial dos centros urbanos.

Adentrando mais na localidade fica evidente os problemas de acesso sofridos pelo povo.  As ruas cheias de lama, escadarias com falta de degraus e sem corrimãos, casas em locais de risco e pontes de madeira mostram isso. De um lado o descaso do governo com o bairro, não implantando projetos para melhoria da situação, deixando o local mais vulnerável para acidentes. Do outro a população insiste muitas vezes em morar nessas habitações que estão em locais de risco, agora entra outra questão, a socioeconômica. Se não existe outra alternativa, para onde ir? Então esse dilema permanece, desde muito tempo, evidenciando uma situação persistente.

Outro problema que chama atenção é a quantidade de lixo espalhado pelas ruas, alguém que passar pela Vila Boa Vista deve pensar que não há coleta de lixo, que assim como grande parte dos problemas o governo é culpado. Aí é que se engana. A coleta dos resíduos é realizada de segunda à sábado. Então por que será que existe essa quantidade absurda de lixo nas vias? será a falta de consciência da população? As pessoas muitas vezes por falta de orientação contribuem para esse caos jogando lixo nas vias. Além da existência de animais rurais na área urbana que muitas vezes rasgam sacolas de lixo espalhando-os pelas vias, na lei isso é proibido, existe falta de fiscalização por parte do governo. A presença desses animais no ambiente urbano pode ocasionar a transmissão de diversas doenças, porém algumas pessoas mais carentes necessitam da criação desses animais para sobreviver. Então são importantes as ações de conscientização à população para o manterem o ambiente limpo, promovendo assim o bem estar e evitando o surgimento de doenças.

O saneamento básico é presente em algumas áreas, mesmo assim ainda de forma inadequada, causando um desequilíbrio ambiental. As crianças brincam por todos os lugares, inclusive os sem saneamento e tanto elas como os adultos ficam muitas vezes em contato direto com dejetos, podendo adquirir algumas doenças como poliomielite, hepatite, desinteria bacilar, leptospirose e cólera.

Doentes, as pessoas que procuram a unidade de saúde ficam com seus atendimentos comprometidos, pois a estrutura física é precária e há falta de especialistas em diversas áreas segundo moradores, além da dificuldade de marcação de consultas. Nesse contexto o papel dos agentes comunitários de saúde tem um papel importantíssimo, porque esses profissionais são a ponte entre as famílias e o serviço de saúde, estando presentes em áreas rurais e urbanas. Eles fazem da comunicação seu maior instrumento para fortalecer essa relação, e por serem pessoas da comunidade facilita ainda mais a prática de ações que por eles devem ser desenvolvidas.

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