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Assistência De Enfermagem Ao Portador De Cardiopatias Congênitas

Por:   •  5/12/2023  •  Artigo  •  3.949 Palavras (16 Páginas)  •  32 Visualizações

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PORTADOR DE CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: Revisão da Literatura

NURSING CARE FOR CONGENITAL HEART DISEASES: Literature Review

SILVA, Daiana Coutinho[1]

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RESUMO

Malformação congênita é uma anomalia funcional ou estrutural no desenvolvimento do feto, causado por fatores originados antes do nascimento, ou seja, no desenvolvimento embrionário, podendo ser detectada tanto no nascimento como no decorrer do desenvolvimento da infância. Esta pesquisa tem o objetivo de avaliar como se configura na literatura cientifica o nível de informação e a atuação dos enfermeiros na detecção e assistência aos pacientes com cardiopatias congênitas. Trata–se de uma revisão integrativa de literatura, onde foram selecionado 8 artigos na base de dados cientifica a partir dos descritores Detecção, Assistência, Cardiopatia congênitas. Diante do diagnóstico da cardiopatia congênita a enfermagem deve apoiar é orientar os pais e familiares quanto aos cuidados, formas de aliviar o sofrimento. Deve priorizar a proteção e promoção a fim de restabelecer a saúde. No diagnóstico de cardiopatias, a enfermeira deve planejar junto com os familiares métodos que seja eficaz na melhora das condições de saúde e ambiente favorável para seu crescimento e desenvolvimento. Tais intervenções podem ser terapêuticas, de apoio e aconselhamento, ou ainda de educação em saúde. Observa-se que para se obter êxito na assistência a pacientes com CC faz-se necessária melhor preparo dos profissionais de saúde a fim de capacita-los para a realização de uma assistência correta e eficaz.

Palavras Chave: Detecção, Assistência, Cardiopatia congênitas.

ABSTRACT

A congenital malformation is a functional or structural anomaly in the development of the fetus, caused by factors originated before birth, that is, in embryonic development, which can be detected both at birth and during childhood development. This research aims to assess how the level of information and the role of nurses in detecting and caring for patients with congenital heart disease are configured in the scientific literature. This is an integrative literature review, where 8 articles were selected in the scientific database from the descriptors Detection, Assistance, Congenital Heart Disease. Faced with the diagnosis of congenital heart disease, nursing should support and guide parents and family members in preventing the disease, ways to alleviate suffering. It must prioritize protection and promotion in order to restore health. In the diagnosis of heart disease, the nurse must plan, together with family members, methods that are effective in improving health conditions and a favorable environment for their growth and development. Such interventions can be therapeutic, support and counseling, or even health education. It is observed that, in order to be successful in the care of patients with CHD, it is necessary to better prepare health professionals in order to enable them to provide correct and effective care.

Key-words: Detection, Assistance, Congenital Heart Disease.

1 INTRODUÇÃO

Malformação congênita é uma anomalia funcional ou estrutural no desenvolvimento do feto, causado por fatores originados antes do nascimento, ou seja, no desenvolvimento embrionário, podendo ser detectada tanto no nascimento como no decorrer do desenvolvimento da infância. No mundo estima-se uma prevalência cerca de 2% a 3% dos nascidos vivos que apresentam algum tipo de malformação (MELO et al, 2014).

As cardiopatias congênitas, ocupam o 5° lugar entre as malformações cardíacas, segundo o SINASC (Sistema de informação de nascidos vivos), 2016. As cardiopatias congênitas podem ser divididas em: acianóticas que apresenta alterações na comunicação interatrial, interventricular, persistência do canal arterial e atrioventricular comum; cianóticas que causa a tetralogia de fallot, transposição das grandes artérias e atresia pulmonar; sendo mais comum as acianóticas (ROSA et al.,2012).

Em 2016, segundo dados do SINASC foram notificado 2.443 casos de cardiopatias congênitas, sendo 45,8% crianças do sexo feminino e 54,2% do sexo masculino. As cardiopatias congênitas se classifica como malformações de maior impacto nos custos de tratamento nos serviços de saúde e morbimortalidade infantil (TEDOLDI et al., 2009; ROSA et al., 2012)

Ministério da saúde, 2018 relata através de nota técnica um estudo realizada pelo Departamento de Cardiologia e Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria onde aponta que cerca de 1 a 2 de cada 1.000 recém-nascidos vivos apresentam Cardiopatia Congênita Crítica e que 30% destes RN recebem alta hospitalar sem o diagnóstico, estes pacientes tendem a desenvolver choque, hipóxia ou óbito precoce, antes de receber tratamento adequado.

O diagnóstico rápido e fundamental para que se possa intervir de forma adequada. Existem três opções para realização do diagnóstico das CC, sendo elas: Triagem no pré-natal, através de ultrassonografia e ecocardiograma fetal; triagem neonatal, teste do coraçãozinho (oximetria de pulso) antes da alta hospitalar em torno de 24 e 48 horas de vida, associado ao exame clínico do sistema cardiovascular do recém-nascido (BRASIL,2017).

Nessa cardiopatia ocorre uma mistura de sangue entre a circulação sistêmica e pulmonar, o que acarreta uma redução da saturação periférica de O2, diante da situação a oximetria de pulso é um método muito eficaz na detecção precoce da CC quando realizado de forma rotineira nós recém-nascidos aparentemente saudáveis com idade gestacional maior do que 34 semanas (MELLANDER M, SUNNEGARDH J, 2006).

A avaliação clínica do enfermeiro e do médico também e uma ferramenta fundamental na identificação. Um estudo realizado no Estado da Paraíba em 2012, mostra uma grande eficácia na avaliação clínica associada à oximetria de pulso e ao ecocardiograma de triagem. Foram realizadas 7026 oximetrias e 119 pacientes foram encaminhados para um ecocardiograma. Destes 10,1% apresentaram cardiopatia complexa, 14,3% cardiopatia de shunt, 3,4% cardiopatia obstrutiva, 26,9% circulação transicional, 2,5% alterações não estruturais e 42,9% tiveram eco normal. A indicação para o ecocardiograma foi clínica em 79% e baseada na oximetria, isoladamente, em 21%. Apenas dois pacientes tiveram diagnóstico pré-natal de cardiopatia congênita (RÉGIS CT et al., 2012).

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