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CAPÍTULO CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Por:   •  25/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  12.277 Palavras (50 Páginas)  •  164 Visualizações

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CAPÍTULO I

1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

De acordo com DUQUE (2003) o pé humano é uma estrutura altamente especializada, que dá suporte e locomoção, além de ser importante para a estética. É constituído de delicadas estruturas osteomioligamentares, harmoniosamente balanceadas, visando a uma função complexa. Para isso, conta com uma rede vascular especializada, constituída de artérias, veias e vasos linfáticos, além de nervos. Os diabéticos, em face da intolerância à glicose causada pela diminuição de insulina circulante, desenvolvem problemas em vários setores do organismo, que são tanto mais graves e precoces quando pior for o controle da hiperglicemia (açúcar alto no sangue). A arterosclerose é muito favorecida pela diabetes e se instala precocemente em indivíduos mal controlados. O descontrole é a principal causa das complicações do diabetes, que incluem a neuropatia (alteração da função do nervo) a arteriopatia (alteração do fluxo sanguíneo pelas artérias) e a infecção (diminuição da resistência aos micróbios). Portanto, os diabéticos que não controlam sua glicemia adequadamente terão os problemas das extremidades, especialmente dos pés.

O Diabetes Mellitus primário (DM) é uma doença com forte embasamento genético, parcialmente influenciável pelas condições ambientais, e que consiste em distúrbios dos metabolismos glicídico, lipídico, protídico, hidromineral, hormonal e vitamínico. Entretanto, antes que a hiperglicemia se torne patente, é possível reconhecer o DM por uma série de alterações, tais como obesidade precoce, parição de fetos grandes, os distúrbios da menarca e das gônadas, a presença precoce de litíase renal e/ou vesicular, os distúrbios oculares, a facilidade às infecções e a presença de micoses, as dislipidemias, os distúrbios da pressão arterial, as miocardiopatias, as epidermopatias, as angiopatias e, inclusive, distúrbios tróficos tais como sindactilia, as fissuras calcâneas (DUQUE, 2003).

A diabetes é uma doença crônica caracterizada por um metabolismo anômalo dos hidrates de carbono, do qual resultam elevados níveis de glicemia no sangue, acompanhada por importantes complicações neurológicas e vasculares, a médio e longo prazo. Não é uma entidade nosológica uniforme, mas um conjunto de tipos que diferem na etiologia e apresentação clínica. A forma de diabetes reconhecida há mais tempo é a diabetes Mellitus insulino-dependente (IDDM), outrora designada por diabetes juvenil. A diabetes não insulino-dependente (NIDDM) embora exiba as características de uma doença hereditária, difere da diabetes insulino-dependente pelo fato de se manifestar em idades mais avançadas (acima dos 45 anos), é muitas vezes insulino-dependente, o que se traduz em maiores necessidades de insulina, ou surge num contexto de uma diminuição da capacidade de segregar insulina suficiente para a manutenção de um metabolismo normal da glicose (DUQUE, 2003).

1.2 JUTIFICATIVA

A escolha do tema se deve ao desejo das presentes autoras em aprimorar seus conhecimentos técnicos científico na área de prevenção nos cuidados de enfermagem, visando à atuação em setores especializados em medidas preventivas e autocuidado.

1.3 RELEVÂNCIA

O estudo é importante para que os pacientes obtenham informações para aprender a conviver com sua patologia, entendendo sobre a importância do autocuidado e prevenir-se de futuras complicações ou seqüelas como amputações desnecessárias.

Através da implantação de mudanças que visem diminuir a incidência da patologia em estudo, possibilita-se a melhoria da qualidade de vida dos portadores de pé diabético. Aperfeiçoar a capacitação técnica dos profissionais, bem como as orientações a serem dadas aos pacientes estimulando o autocuidado.

1.4 PROBLEMATIZAÇÃO

Estudos mostram que pacientes diabéticos têm probabilidade 17 vezes maior de desenvolver gangrena e de que, cada 6 amputações de membros inferiores realizados, 5 são de pacientes diabéticos. Pesquisas demonstram que 20 a 25% das internações de pacientes diabéticos devem-se a complicações nos pés. (CORONHO, 2001).

À medida que os pacientes diabéticos envelhecem, podem ter maior probabilidade de desenvolver uma redução na sensibilidade dos pés, menor circulação periférica e maior freqüência da infecção, principalmente com o diabetes precariamente controlado.

As úlceras isquêmicas atingem 10% apenas. Entretanto, tanto a neuropatia como as isquemias são complicações crônicas do diabetes melito. Ambas podem ser evitadas ou retardadas com o bom controle glicêmico. Os problemas dos pés aparecem com maior freqüência nos pacientes com diabetes tipo 2. Na diabete tipo 2, os dados mostram que 50% dos pacientes não sabem que têm a doença e, quando sabem, talvez pela ausência de episódios agudos é negligenciada. É de grande importância reconhecer o pé em risco de ulceração para que se previna uma amputação futura (CORONHO 2001. P.20).

1.5 OBJETO

O conhecimento do paciente diabético sobre o autocuidado na prevenção do pé diabético.

1.6 OBJETIVOS

  • Identificar a adequação da prática dos pacientes diabéticos quanto ao uso de medidas preventivas;
  • Analisar o grau de informação que os portadores de diabetes recebem sobre o autocuidado com o pé;
  • Verificar como o paciente portador de diabetes apreendeu os conhecimentos sobre as informações fornecidas.

I.7 REFERENCIAL METODOLÓGICO

1.7.1 Delimitação do campo

Este estudo será realizado em uma instituição de ensino, da rede privada situada no bairro da Piedade no município do Rio de Janeiro.

1.7.2 Sujeitos da pesquisa

Os sujeitos serão os profissionais portadores de diabetes que atuam em diversas áreas da instituição de saúde. O critério de escolha para a seleção dos sujeitos se dará de forma aleatória de acordo com a disponibilidade e aceitação no momento da entrevista.

1.7.4 Coleta de dados

Após a liberação da carta de apresentação da Universidade Gama Filho será a apresentado aos responsáveis pela instituição de saúde e comissão de ética junto com projeto de pesquisa e demais documentos que sejam necessários para que seja autorizada a realização da pesquisa. Será feito o agendamento prévio de entrevista com os pacientes onde no momento da entrevista será solicitado que assinem o termo de consentimento livre e esclarecido (ANEXO I) segundo resolução Nº 196 de 10/10/1996.

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