Centro Cirurgico

ANA CLÁUDIA PANSANI PEREIRA

BÁRBARA GOMES RIBEIRO FRANCO

JÉSSICA DA SILVA RAMA

LUIZA DE SOUZA CALDAS

MARIA APARECIDA SILVA RODRIGUES

COMO IMPLANTAR OS CONCEITOS DE PROMOÇÃO DE SAÚDE NO CENTRO CIRÚRGICO

Artigo apresentado à disciplina Enfermagem em Centro Cirúrgico para o curso de Enfermagem da Universidade de Franca.

Professora: Vanda Maria Gimenes

FRANCA

2014

Introdução

A promoção da saúde vem sendo discutida e modernizada ao longo dos últimos anos, essa nova concepção surgiu e se desenvolveu nos países desenvolvidos, em especial no Canadá, Estados Unidos e alguns países da Europa Ocidental. Neves (1) diz que houve quatro importantes Conferências Internacionais sobre Promoção da Saúde, realizadas nos últimos 12 anos, a primeira em Ottawa (1986), Adelaide (1988), Sundsvall (1991) e Jacarta (1997), desenvolveram as bases conceituais e políticas da promoção da saúde.

A Carta de Ottawa, como ficou conhecida os documentos criados na Conferência realizada em Ottawa, define promoção da saúde como o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo, onde concluíram que quase todos os esforços da sociedade estabelecida no país eram destinados a melhorar a saúde, assim como os gastos diretos que eram utilizados em matéria de saúde, concentravam-se na organização da assistência médica, mas apesar de todos os esforços as principais enfermidades e mortes tinham nas suas origens outras três causas: biologia humana, meio ambiente e estilos de vida. (2)

A promoção da saúde é uma proposta de uma nova prática sanitária interdisciplinar, que integra diferentes saberes e práticas intra e extra-setoriais, que se revestem de uma nova qualidade ao articular-se, organizadas pelo paradigma da promoção da saúde, para o enfrentamento dos problemas existentes num território singular, e para se obter sucesso em uma implantação é adotar uma abordagem baseada na evidência da eficácia para as práticas e políticas de PS e a utilizar todas metodologias quantitativas e qualitativas existentes. (3, 4)

 Todos em determinados momentos da vida, mesmo que vivendo sempre em busca de uma boa saúde tem a necessidade ou precisam de uma assistência médica ou procedimento cirúrgico e neste momento, surge à necessidade de uma promoção de saúde adequada para o momento.

Devido a estes fatos se torna necessário que o enfermeiro haja de uma forma que deixe o paciente seguro e que mesmo neste momento ele possa ter uma qualidade no atendimento, alguém que lhe dê atenção necessária e que possa melhorar aquele momento tão sofrido.

A promoção da saúde é um campo onde há muito para se aprender e evoluir, e para se aplicar em um local como um centro cirúrgico, onde a rotina é estressante e as pessoas estão tensas devido ao momento, se torna mais complicado ainda, este artigo tem como objetivo demonstrar a importância de se aplicar promoção da saúde em um centro cirúrgico, um local onde pessoas estão em um momento difícil da vida e um simples gesto se torna muito para as pessoas que ali estão.

Material e Métodos

Para elaboração deste artigo foram realizados levantamentos bibliográficos disponibilizados na internet, de onde foram retirados artigos científicos que foram publicados entre os anos de 2001 e 2012.

Após o levantamento bibliográfico houve a leitura dos livros e artigos, para compreensão e entendimento do assunto a ser abordado, podendo assim explorar e elaborar o presente artigo.

Revisão Literária

Como falar de Promoção da Saúde e deixar de lado o termo saúde, Neves (1) diz que para se entender o conceito de saúde é necessário saber o que é um indivíduo saudável? O que é estar com saúde? Para responder a estas perguntas é necessário ter um conceito de saúde e compreendê–lo.

Conforme a OMS (Organização Mundial da Saúde), ela descreve que saúde é quando o individuo se encontra em um estado de completo bem estar físico, mental e social e não meramente a ausência de doença e enfermidade. (1)

Desta forma, se partirmos com uma concepção ampla do processo saúde-doença e de seus determinantes, devemos se propor à articulação de saberes técnicos e populares, e a mobilização de recursos institucionais e comunitários, públicos e privados, para seu enfrentamento e resolução. (2)

Com o entendimento de saúde e como devemos nos mobilizar para enfrentarmos e resolvermos essas questões, podemos descrever sobre a Promoção de Saúde, esta vem tentando ser entendida pelos últimos 25 anos aproximadamente, e representa uma estratégia promissora para enfrentar os múltiplos problemas de saúde que afetam as populações humanas. (2)

A Organização Mundial de Saúde define como Promoção da Saúde o processo que permite às pessoas aumentar o controle e melhorar a sua saúde, representando um processo social e político, que são ações direcionadas ao fortalecimento das capacidades e habilidades dos indivíduos, e também mudanças das condições sociais, ambientais e econômicas para minimizar o impacto na saúde individual e pública.  (1)

Para se estabelecer uma certa igualdade sobre Promoção da Saúde, foi realizada em Ottawa, no Canadá, em 1986, a Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, que estabeleceu uma série de princípios éticos e políticos, definindo os campos de ação. De acordo com o documento, promoção da saúde é o “processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo maior participação no controle desse processo”, sendo ainda definida como a capacitação das pessoas e comunidades para modificarem os determinantes da saúde em beneficio da própria qualidade de vida, incluindo tanto aqueles que estão sob o controle das pessoas e como os que estão fora de seu controle. (3, 4)

Pouco mais de dez anos, o documento criado e conhecido como Carta de Ottawa, que se tornou referência para as demais Conferências Internacionais de Promoção da Saúde, promovidas pela OMS, e um dos fundadores da Promoção Social atual, é associado a um conjunto de valores que são: qualidade de vida, saúde, solidariedade, equidade, democracia, cidadania, desenvolvimento, participação e parceria, entre outros, referindo-se também a uma combinação de estratégias: ações do Estado, da comunidade, de indivíduos, do sistema de saúde e de parcerias intersetoriais. (2, 4)