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CÂNULAS DE TRAQUEOSTOMIA

Por:   •  3/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  464 Palavras (2 Páginas)  •  550 Visualizações

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CÂNULAS DE TRAQUEOSTOMIA

A escolha da cânula de traqueostomia (metálica ou plástica) deve ser feita antes do procedimento, levando-se em conta as necessidades do paciente. Uma vez determinado o tipo de cânula, diversos calibres devem ser colocados na mesa cirúrgica para ser escolhida somente depois da exposição da traqueia. O comprimento da cânula pode ser longo ou curto e o diâmetro deve ter aproximadamente 75% do diâmetro da traqueia. No mercado existem modelos neonatais, pediátricos e adultos.

A preferência deve sempre ser dada às metálicas, por serem de mais fácil manuseio em ambiente domiciliar, pois facilitam a higienização e têm menor custo. As cânulas metálicas (Jackson) são feitas de aço inoxidável ou prata esterlina, possuem sistema de travamento da cânula interna, não possuem conexões para equipamento respiratório e são utilizadas por pacientes traqueostomizados por longo prazo por possuírem maior durabilidade. Pode ocorrer oxidação do material. São divididas em três partes: cânula externa, cânula interna e mandril.

As cânulas de PVC (cloreto de polivinil) ou silicone são conhecidas como cânulas tipo ‘Portex®’. As cânulas de silicone se diferenciam por apresentar balonete ou cuff, que ao ser insuflado, vedam a luz traqueal. São indicadas quando o paciente mantém- se em ventilação mecânica e também quando existe o risco de aspirar secreções da orofaringe. As cânulas de PVC são as mais frequentemente utilizadas, devido à sua baixa toxicidade tecidual e maleabilidade à temperatura do corpo e também por serem mais baratas que as de silicone.

Os cuidados de enfermagem com a cânula de traqueostomia na fase aguda envolvem a fixação adequada, manutenção do balão com volume e pressão mínimos para obstruir a via aérea sem extravazamento de ar, evitar tracionar a cânula, contenção e/ou orientação do paciente, controle da dor, mudança de fixação (cadarço) e curativo frequentes, além de limpeza do estoma e da cânula por meio da aspiração endotraqueal. Em caso de sonda metálica, o cuidado rotineiro com a traqueostomia consiste em limpar pelo menos a cada 8 horas e trocar a cânula interna diariamente ou de acordo com o protocolo da instituição.

Os pacientes que recebem cânulas metálicas permanentes devem ser orientados quanto ao cuidado domiciliar, com os objetivos de promover a cicatrização do estoma, prevenir infecção, manter a via aérea permeável e oferecer conforto ao paciente. O ensino do paciente e cuidador (familiar, vizinho, amigo) quanto aos cuidados da traqueostomia é responsabilidade do Enfermeiro. Cabe à equipe interdisciplinar o acompanhamento do paciente nos cuidados domiciliares.

REFERÊNCIAS:

• RICZ, Hilton Marcos Alves et al. Traqueostomia. Medicina (Ribeirao Preto. Online), v. 44, n. 1, p. 63-69, 2011.

• CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP 006/2013 – CT. “Troca de Cânula de Traqueostomia por Enfermeiro”.

• POP: Traqueostomia: cuidados e decanulação - Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro – Uberaba: EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, 2015.

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