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Ficha ginecológica

Por:   •  30/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.115 Palavras (9 Páginas)  •  338 Visualizações

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3. ASSUNTO: CONFLITOS INTERNACIONAIS

Os conflitos internacionais resultam de confrontos entre diferentes países (ou blocos regionais) e provocam efeitos não apenas nas nações diretamente envolvidas, mas no mundo todo.

A ONU é a instituição internacional que se dedica à promoção da paz entre os povos. Embora a ONU não possa intervir diretamente nas regiões em que ocorrem conflitos, ela pode aprovar embargos econômicos ou pode enviar tropas internacionais para que auxiliem as vítimas de guerras. Assim, sua principal função é a de oferecer ajuda humanitária.

Uma das regiões em que esses conflitos ocorrem frequentemente é o Oriente Médio. O contexto do Oriente Médio no século XXI envolve as heranças deixadas pelo imperialismo das nações industrializadas no final do século XIX e no início do século XX, além de ser resultado das reações americanas ao ataque de 11 de setembro de 2001 (série de atos terroristas promovidos contra os Estados Unidos em função do apoio a Israel e da presença militar na Arábia Saudita).

Para a compreensão do atual panorama da região, também devem ser levadas em consideraçãoas transformações causadas pela onda de revoltas e manifestaçõesocorridas em 2011 contra regimes ditatoriais em vários países árabes e do norte da África, e que atingiu a Tunísia, o Egito, a Líbia, o Marrocos, a Argélia, a Jordânia, o Iêmen, Bahrein e Omã. No entanto, três anos após seu início, a Primavera árabe não conseguiu colocar no poder nenhum regime democrático estável e duradouro. Ao contrário, as disputas políticas acabaram por gerar conflitos entre as milícias, os grupos religiosos e a sociedade civil, construindo um cenário de guerras civis em toda a região.

Assim, em relação a esse assunto, o tema desenvolvido neste material é: conflitos no Oriente Médio.

3.1. TEMA: ORIENTE MÉDIO (QUESTÃO ÁRABE-ISRAELENSE)

Os conflitos no Oriente Médio

São várias as nações no Oriente Médio (figura 1) envolvidas em algum tipo de conflito (interno ou com outros países).

[pic 1]

Figura 1. Oriente Médio.

Disponível em . Acesso em 15 ago. 2014.

Vejamos os principais conflitos na região.

a) Iraque

O Iraque já foi palco de sangrentas disputas, e boa parte de seus poços de petróleo já foram destruídos nesses conflitos. Em 1980, a guerra com o Irã deixou mais de um milhão de mortos. Em 1990, o Iraque invadiu o Kuwait e a ONU, juntamente com os Estados Unidos, envolveram-se no conflito.

Essa guerra, que ficou conhecida como a Primeira Guerra do Golfo, deixou como herança significativos danos ambientais e um clima de hostilidades entre xiitas (ao sul) e curdos (ao norte), esses últimos objetivando sua independência.

Em busca de Bin Laden, após o ataque às Torres Gêmeas, o exército americano invadiu o Iraque, contra o qual já havia determinado sanções econômicas, sob a justificativa de que o país teria armas de destruição em massa (nunca encontradas). Localizado por uma operação militar americana, Saddam Hussein foi julgado e enforcado em 2006; Bin Laden só foi encontrado em 2011, no Paquistão, e morto por forças da inteligência americana, em ação conjunta com militares paquistaneses.

Em 2010, as tropas americanas começaram a se retirar do Iraque, porém retornaram a partir de 2014, quando extremistas sunitas do grupo Estado Islâmico, jihadistas, atacaram comunidades das minorias cristãs e yazidis.

b) Afeganistão

No final da década de 1970, a União Soviética invadiu o Afeganistão, dando início a uma guerra que durou nove anos e que resultou em mais de um milhão de afegãos mortos. Embora a Guerra Fria já estivesse sem fôlego àquela altura, as forças rebeldes contra os soviéticos receberam o apoio norte-americano. Fundamentalistas islâmicos nacionalistas promoveram, na sequência, uma guerra civil que teve como objetivo assegurar aos talibãs a liderança política que pudesse fazer retornar a ordem ao Afeganistão.

Em resposta aos atentados terroristas às Torres Gêmeas, os Estados Unidos invadiram o Afeganistão em busca de Osama Bin Laden, chefe da organização Al-Qaeda. Embora Bin Laden não tenha sido encontrado, a invasão derrubou o governo talibã do poder.

c) Israel-Palestina

Os conflitos na região datam da época da partilha, em 1947. Posteriormente, a Guerra da Independência (1948), a Guerra dos Seis Dias (1967) e a Guerra de Yom Kipur (1973) criaram as condições para o avanço israelense para alémdas fronteiras estabelecidas na Resolução 181 da Organização das Nações Unidas que, à época da partilha, dividiu o território entre judeus e palestinos e deixou Jerusalém sob jurisdição internacional. No entanto, desde então, vem sendo significativa a perda de território por parte do povo palestino em decorrência do expansionismo israelense.

A situação agravou-se de tal maneira que foi criada uma agência única e exclusivamente dedicada à questão dos mais de cinco milhões de refugiados palestinos, a UNRWA.

Na figura 2, podemos visualizar a perda de território do povo palestino, desde 1946.

[pic 2]

Figura 2. Perda territorial palestina.

Disponível em . Acesso em 10 mai. 2012.

A partir da Resolução 242 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que resultou dos acordos que deram fim à Guerra dos Seis Dias em 1967, Israel comprometeu-se com a sua retirada da Faixa de Gaza, das Colinas de Golan, de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia. Apesar da desativação das colônias de povoamento da Faixa de Gaza em 2005, as áreas continuam sob ocupação militar e a construção de assentamentos não cessou.

Desde o início do conflito, a resistência palestina tem como símbolo as Intifadas (revoltas, em árabe): a primeira, em 1987; a segunda, em 2000. Após a última, e sob a justificativa da necessidade de proteção contra ataques terroristas, o governo israelense iniciou a construção do Muro da Cisjordânia, uma barreira física que separa os territórios israelenses dos palestinos. Embora o muro tenha sido considerado ilegal pelo Tribunal de Justiça de Haia, em 2004, sua construção continuou, avançando cada vez mais na direção dos territórios palestinos.

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