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HPV - Transmissão

Por:   •  3/3/2016  •  Projeto de pesquisa  •  815 Palavras (4 Páginas)  •  242 Visualizações

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UNESC

Faculdade de Educação e Cultura de Vilhena

Mantidas pela Associação Educação de Rondônia

Transmissão do Papilomavírus Humano

Acadêmicas: Bruna Felix

                       Luara Eger

                       Rhebeca Karolinny L. Araújo

                       Vanessa Wesz

Professora: Renata

Disciplina: Citopatologia Clínica

Turma:

Vilhena/RO

2015

Transmissão do Papilomavírus Humano

A zona de transformação do colo uterino parece ser o sítio principal de infecção por HPV. Ainda que não existam provas conclusivas a este respeito, acredita-se que a infecção se desenvolva pela transferência direta do vírus para as células basais da zona de transformação. Presume-se que a infecção das outras camadas do epitélio escamoso ocorra a partir dessas células basais. Também se acredita que a transmissão ocorre por contato sexual. Inicialmente, Barroso et al. (1987) acreditavam que era possível detectar, através da peniscopia, lesões penianas em 50 a 70% dos parceiros sexuais  masculinos de portadoras de lesões pré-cancerosas cervicais. Em um editorial publicado em 1993, Barroso e Aynaud reduziram essa taxa para 35 a 40%, tendo em vista que muitas das lesões penianas não demonstram presença viral. Sendo assim, para muitas mulheres, a possível fonte de infecção continua sendo desconhecida.

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A transmissão do HPV das mães para suas proles, no momento do parto, é responsável pela papilomatose laríngea juvenil. Esse fato demonstra que a transmissão vertical é claramente possível, em especial quando existem verrugas genitais (Obalek et al., 1990; Pao et al., 1992). Em 1989, Sedlacek et al. documentaram a presença de HPV em recém-nascidos cujas mães não apresentavam evidências de infecção viral. Sendo assim, o encontro de condilomas anogenitais em crianças pequenas não é necessariamente um indicio de abuso sexual (Vallejos et al., 1987). É possível que em muitos casos o vírus seja transmitido já ao nascimento, permanecendo latente durante toda a vida dessa pessoa. Também se sabe que diferentes tipos de HPV, entre os quais os chamados tipos oncogênicos 16 e 18, podem ser encontrados em mulheres que não apresentam qualquer evidência da doença. Tais infecções virais são particularmente comuns durante a gestação. Consequentemente, a existência do vírus não indica, de forma obrigatória, a presença de lesões morfológicas (Schneider et al., 1987). Alguns fatores de risco tais como deficiência imunológica, numerosos parceiros sexuais e inicio precoce da atividade sexual, podem ser necessários para o surgimento dessas lesões. Ainda não foi definido com clareza qual o mecanismo de ação desses e de outros fatores de risco.

A infecção genital por Papilomavírus Humano é cada vez mais prevalente. O papel do parceiro masculino na cadeia de transmissão do agente etiológico é ainda controverso. O método de escolha para rastreamento na mulher é acitologia cérvico-vaginal. No caso do homem, esse método mostrou-se pouco eficiente e o diagnóstico era baseado até recentemente nos achados da peniscopia associados aos dados da histopatologia. A continuidade dos estudos mostrou que os achados colposcópicos no pênis são muito inespecíficos, e as biópsias com grande frequência não demonstram alterações sugestivas de infecção viral, mesmo quando submetidas à análise biomolecular. Também parece claro hoje que a avaliação do parceiro masculino pela peniscopia não terá influência na história natural da doença em sua parceira. O mesmo é verdade em relação ao tratamento do parceiro. A prevalência da infecção pelo HPV na população masculina é significativa, entretanto, a maior parte dos homens infectados não apresenta sintomas clínicos. Quando presentes, as lesões provocadas pelo HPV podem apresentar diferentes aspectos e localizam-se principalmente no pênis. Estima-se que mais de 70% de parceiros de mulheres com infecção cervical por HPV e/ou neoplasia intra-epitelial são portadores desse vírus. Na avaliação da evolução clínica da infecção genital masculina por HPV, obteve-se como tempo médio de cura da doença 15,2 meses. Não se observou diferença neste tempo se foi realizado o tratamento ou só o seguimento. Mesmo que o tratamento não tenha afetado de forma significativa a taxa de cura, o número de lesões diminuiu depois que ele foi realizado e o aparecimento de novas lesões pareceu ser menos frequente nos tratados. Concluiu-se, portanto, que o tratamento parece exercer efeito favorável em relação à doença clínica, ao não aparecimento de novas lesões exofíticas e são raras as lesões neoplásicas intra-epiteliais.

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