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Hipertensao e diabetes

Por:   •  22/4/2016  •  Relatório de pesquisa  •  9.713 Palavras (39 Páginas)  •  729 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O diabetes mellittus (DM) é caracterizado como síndrome metabólica causada por hiperglicemia, resultado da deficiência na secreção e/ou ação da insulina. A hiperglicemia crônica está associada com danos, disfunção e falência em vários órgãos, especialmente olhos, rins, coração, sistema nervoso e artérias. (COSTA, 2005).

Atualmente é considerada uma das principais doenças crônicas que afeta a população mundial, juntamente com a Hipertensão Arterial Sistêmica. No Brasil, os altos índices de óbitos causados por doenças crônicas, decorrem pela transição demográfica e epidemiológica, resultando no envelhecimento populacional versus má qualidade de vida, como alimentação, pratica exercício físico. (MIRANZI, 2008).

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial – PA (PA≥ 140x90mmHg). Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais. (MIRANDA, PERROTTI, BELLINAZZI et al, 2010).

Dessa forma, ter um olhar holístico e cuidado integral à pessoa com diabetes a fim de compreender aspectos psicossociais e culturais, realizar educação terapêutica é fundamental para informar, motivar e fortalecer a pessoa e família, para conviver com a condição crônica, onde, a cada atendimento, deve ser reforçada a percepção de risco à saúde, o desenvolvimento de habilidades e a motivação para superar esse risco. (PACE, 2006).

A hipertensão arterial e a diabetes são doenças inter-relacionadas, doenças cardiovasculares nos diabéticos apresentam-se de forma mais intensa devido ao comprometimento do mecanismo dos lipídios e derivados, com a chance de desenvolver complicações rapidamente, como, problemas nas artérias de menor dimensão (microangiopatia), principalmente a nefropatia diabética (lesão ao nível das artérias do rim), para a qual é um fator de risco maior, por isso, parte o interesse de controle destas duas doenças quando estão associadas. (CHAZAN; PEREZ, 2008).

O controle de alguns fatores de risco modificáveis como peso, alimentação, tabaco e exercício físico, reduz 88% do desenvolvimento do diabetes mellittus e hipertensão arterial sistêmica em pessoas com histórico familiar, assim como a prática de exercício físico regular melhora o metabolismo da glicose e de lipídios, além de diminuir níveis pressóricos, diabetes mellittus e doenças cardiovasculares. (BRASIL, 2006).

Reduzir os índices das doenças crônicas significa, antes de tudo, retardar o seu aparecimento com medidas preventivas, principalmente em indivíduos de alto risco, tais como os portadores de tolerância diminuída à glicose (TDG) e de glicemia de jejum alterada (GJA). Intervenções comportamentais e farmacológicas têm sido fundamentais para atingir esse objetivo, como exemplo, mudança no estilo de vida, tais como controle dietoterápico e prática sistemática de exercícios físicos, bem como o uso de fármacos orais e/ou injetáveis, têm se mostrado eficazes no controle das taxas de morbimortalidade da diabetes mellittus. (LYRA, 2006).

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1 Hipertensão Arterial Sistêmica

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial – PA (PA≥ 140x90mmHg). Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais. (MIRANDA, PERROTTI, BELLINAZZI ET AL 2010).

A pressão arterial é mantida pela regulação contínua do débito cardíaco pela resistência vascular periférica. Esta regulação ocorre nas arteríolas, vênulas pós-capilares, coração e rins (regula o volume do líquido intravascular). Na maioria dos casos, a elevação da pressão está associada a um aumento global da resistência ao fluxo sanguíneo, enquanto o débito cardíaco está habitualmente normal. (ALMEIDA, RABELO, ALMEIDA ET AL, 2013).

2.1.1 Epidemiologia da Hipertensão Arterial Sistêmica

A HAS é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Sua prevalência no Brasil varia entre 22% e 44% para adultos (32% em média), chegando a mais de 50% para indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em indivíduos com mais de 70 anos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010).

Em 2006, foi responsável por pelo menos 40% das mortes por acidente vascular cerebral, por 25% das mortes por doença arterial coronariana e, associado ao diabetes, 50% dos casos de insuficiência renal. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).

Apesar de apresentar uma redução significativa nos últimos anos, as Doenças Cardiovasculares (DCV) têm sido a principal causa de morte no Brasil. Entre os anos de 1996 e 2007, a mortalidade por doença cardíaca isquêmica e cerebrovascular diminuiu 26% e 32%, respectivamente. No entanto, a mortalidade por doença cardíaca hipertensiva cresceu 11%, fazendo aumentar para 13% o total de mortes atribuíveis a doenças cardiovasculares em 2007. (REV DE SAÚDE PÚB SP, 2010).

No Brasil, a prevalência média de HAS autorreferida na população acima de 18 anos, segundo a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel – 2011), é de 22,7%, sendo maior em mulheres (25,4%) do que em homens (19,5%). A frequência de HAS tornou-se mais comum com a idade, mais marcadamente para as mulheres, alcançando mais de 50% na faixa etária de 55 anos ou mais de idade. Entre as mulheres, destaca-se a associação inversa entre nível de escolaridade e diagnóstico da doença: enquanto 34,4% das mulheres com até 8 anos de escolaridade referiam diagnóstico de HAS, a mesma condição foi observada em apenas 14,2% das mulheres com 12 ou mais anos de escolaridade. Para os homens, o diagnóstico da doença foi menos frequente nos que estudaram de 9 a 11 anos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).

2.1.2 Etiologia da Hipertensão Arterial Sistêmica

A Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é multifatorial, por esse motivo apresenta diversos fatores de risco para seu desenvolvimento. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).

Fatores de risco para HAS:

• Idade: estima-se que pelo menos 65% dos idosos brasileiros

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