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IMPORTÂNCIA NA DIVERSIFICAÇÃO ALIMENTAR AO LONGO DO 1º ANO DE VIDA

Por:   •  19/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.886 Palavras (8 Páginas)  •  602 Visualizações

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- Importância na diversificação alimentar ao longo do 1º ano de vida

A alimentação é muito mais que a ingestão de nutrientes, uma vez que requer a aquisição, prática e aprendizagem dos movimentos da mastigação, manutenção da postura corporal, família, além de habilidades para apreender o alimento, morder, mastigar, e controlá-lo na cavidade oral. A aquisição de novas competências permite a criança se vá aptando aos novos alimentos. O fator fundamental para o início da alimentação passa pela perda do reflexo de extrusão. Este reflexo é perdido por volta dos 4-5 meses, após esta idade o lactente está apto para se alimentado através da colher. Aos 4-6 meses adquire o controlo dos lábios e mobilidade ântero-posterior da língua (deglutição). A criança por volta os 6 a 8 meses, surgem os movimentos rítmicos da boca (mastigação), controlo da cabeça e pescoço, torna-se possível beber líquidos pelo copo. Por volta dos 10 – 12 meses a criança tem a capacidade de agarrar os alimentos (em pinça) e leva-os a boca.

No primeiro ano de vida a criança é caracterizado por um rápido crescimento, portanto, é fundamental um aporte de nutrientes. Por volta dos seis meses, o aporte de nutrientes deixas de ser suficiente, não só a nível da quantidade como em qualidade.

Relativamente aos aspetos digestivos é importante respeitar a progressão e maturação do sistema digestivo. A capacidade do estomago passa de 20 ml nos primeiros meses para 200-300 ml, por volta dos 12 meses. A secreção pancreática de sais biliares encontra-se diminuída. Em relação à digestão das proteínas, as enzimas do pâncreas existe em quantidades significativas desde o nascimento. No entanto, a secreção da pepsina, só oferece melhor digestão das proteínas por volta dos 6 meses, só atingindo valores do adulto aos 2 meses.

Antes dos 4 meses a capacidade para a digestão do amido é limitada, no entanto o lactente é capaz de digerir pequenas quantidades, isto deve-se ao facto da pequena quantidade que o intestino consegue segregar. A função enzimática das células intestinais também vai amadurecendo principalmente para a digestão de determinados açúcares como a sacarose.

A síntese de ácidos Biliares só atinge valores adequados por volta dos 6 meses. A imunoglobulina A (IgA) só atinge níveis ao fim do primeiro trimestre, pelo que quanto mais precoce e variada for a exposição da mucosa intestinal a proteínas, maior a possibilidade de reações alérgicas ou intolerâncias alimentares.

A nível a função renal, nesta idade, a velocidade de filtração glomerular diminuída, bem como a reabsorção tubular, a hiperosmolidade aumentada, o que pode levar a ocorrência de desidratação. Deverá ser limitado o aporte de sódio e de proteínas, durante este período, para não sobrecarregar os rins.

O lactente, para além de desenvolver a capacidade de mastigação, deglutição, o gosto por novos sabores e odores, começa a estar menos dependente da mãe desenvolvendo a sua relação com a família, preparando-se para a integração no regime alimentar familiar. Inicia-se o processo de socialização, a família é a principal responsável por inseri-lo nas características culturais, ambientais e regionais. Como qualquer processo e educação, pressupõe a introdução de estímulos seriados e progressivos para uma aprendizagem gradual.


- Aspetos práticos no processamento alimentar

Entre os 4 e os 6 meses devem ser introduzida alimentação complementar, é nesta idade que a função digestiva e renal já se encontra desenvolvidas. Antes de iniciar a diversidade alimentar, é importante relembrar algumas regras a cumprir. Apenas se deve introduzir um novo alimento quando a criança estiver de perfeita saúde.

 A introdução de novos alimentos deve ser lenta e gradual com aumento progressivo da quantidade e consistência, devendo-se guardar um intervalo de 3 a 7 dias para introduzir um novo alimento ou 2 semanas se existir história familiar de alergias. Devem ser utilizadas diferentes texturas, temperaturas e gostos, optando-se por não triturar muito os alimentos, primeiro a consistência deve ser homogénea, passando para uma mais granulosa, depois fragmentos mais grosseiros e por fim fragmentos de alimentos. Cada bebé é único: é importante respeitar o ritmo e os gostos e vontades individuais, não se deve forçar a ingestão da totalidade da refeição, deixando que este controle a sua saciedade. O horário das refeições deve ser respeitado, se a criança rejeitar algum alimento não se deve insistir, devera ser fornecido mais tarde, desta forma, facilitará a aceitação e identificação do alimento.

O uso da colher deve ser previgiliado quando se pensa no início da diversidade alimentar. É importante fornecer água no intervalo as refeições, através da colher ou por um copo. Não se deve adicionar sal, açúcar ou mel na alimentação do lactente no primeiro ano de vida. O lactente não possui maturidade renal que lhe permita eliminar os excessos.

Alimentos a serem introduzidos 

  1. Papa de Cereais.

Os cereais devem ser fornecidos sob a forma de farinhas, lácteas ou não, constituída por um ou vários cereais com ou sem glúten. A primeira papa deve ser sempre sem glúten (milho e arroz). Os alimentos com glúten só devem ser introduzidos entre os seis meses e meio e os sete. Evitar introdução do glúten, quer seja, previa (quatro meses) ou tardia (seis meses).A sua introdução deve ser gradual durante a amamentação, o que reduz o risco e sofrer doença celíaca, diabetes mellitus I e alergia ao glúten.

  1.  Sopa de legumes

Os legumes são uma fonte de vitaminas, minerais e fibras, favorecem o peristaltismo intestinal. As primeiras sopas devem ser confecionadas no momento em que vão ser consumidas. Posteriormente poderá ser preparado o suficiente para dois dias e guardar no frigorífico. A consistência deve ser primeiro cremosa passando para grumosa gradualmente. Inicie por um puré de cenoura, abobora, batata ou arroz, introduzindo os legumes um de cada vez progressivamente. No final da cozedura, deve ser adicionada uma colher de chá de azeite.

  1. Fruta

As frutas são uma fonte de vitaminas e fibras, devendo se dar preferência por frutas preferencialmente frutas frescas a época. Podem ser dadas cruas ou cozidas: maduras, descascadas e bem trituradas. As primeiras frutas a serem fornecidas são: a maçã, pera ou banana.

        Os boiões de frutas de fruta cotem muito açúcar, pelo que, o seu uso deve ser evitado.

  1. Carne

A carne é uma importante fonte de ferro, a sua introdução deve ocorrer por volta dos sete a oito meses. As primeiras carnes devem ser magras e limpas de pele e gordura (frango, coelho e peru). Na primeira semana, apenas cozemos a carne na sopa, para que o lactente se habitue ao sabor. Caso não haja alergias, no final de uma semana, pode se começar a triturar a carne, iniciando com uma dose de 10 gr., até atingir as 30-40 gr. aos doze meses.

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