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Infarto Agudo do Miocárdio

Por:   •  1/7/2019  •  Resenha  •  2.285 Palavras (10 Páginas)  •  277 Visualizações

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Colégio Estadual de Pato Branco

Aluna: Carmen Lucia Pagnoncelli Ramos

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

Pato Branco – PR

15 de abril de 2019

Carmen Lucia Pagnoncelli Ramos

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

Trabalho apresentado junto ao curso de Técnico de Enfermagem – 2º Período, do Colégio Estadual de Pato Branco, como requisito parcial de obtenção de nota na matéria de Assistência em Enfermagem Clínica, ministrada pelo professor Aparecido Goes.

Pato Branco – PR

26 de outubro de 2018


INTRODUÇÃO

        

O Infarto Agudo do Miocárdio faz parte de um grupo de doenças chamadas de Doenças Isquêmicas do Coração, que se tratam de patologias que afetam as Artérias Coronárias provocando a diminuição do Oxigênio e nutrientes que chegam até o coração, causando uma insuficiência no suprimento necessário para manutenção correta das funções cardíacas e consequentemente das outras funções sistêmicas.

        São as doenças cardíacas mais comuns no mundo e também a causa de morte de mais de 15 milhões de pessoas todos os anos, o equivalente a mais de 30% dentre o total de óbitos.

O Infarto Agudo do Miocárdio é a Doença Isquêmica do Coração com maior incidência de casos, cerca de 55% da integralidade. Também é a que mais mortal dentre todas, já que mais da metade dos infartos é fatal a seus pacientes e seu maior agravante é o reconhecimento tardio dos sintomas e consequentemente a postergação das medidas necessárias para evitar um quadro mais grave.

        Através de tais dados estatísticos podemos perceber a importância de discutir sinais, sintomas, métodos de precaução, fatores de risco, entre outros itens que são de vital importância para diminuir a incidência de casos de Doenças Coronarianas, com ênfase em Infarto Agudo do Miocárdio, diminuindo sua mortalidade ao máximo e melhorar a qualidade de vida de todos aqueles que possam vir a ser infligidos por tais males.


INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

O Infarto Agudo do Miocárdio trata-se da necrose que ocorre no músculo cardíaco em decorrência de uma obstrução nas Artérias Coronárias, consequentemente causando um déficit na oxigenação e nos suprimentos de nutrientes que deveriam ser conduzidos até o coração e são importantes para execução das funções corretas do mesmo.

Pode ser causado pela formação de um coagulo ou trombo, mas sua maior incidência está relacionada ao desprendimento de uma placa de colesterol que ao deslocar-se pelas vias vasculares, alojando-se nas Artérias Coronárias impedindo seu fluxo sanguíneo normal causando danos irreparáveis nos músculos cardíacos.

Sintomas

  • Dor persistente no peito que variar de intensidade e irradiar por ombros, pescoço, braço, costas, mandíbula e abdome principalmente do lado esquerdo do corpo, também podendo apresentar-se como sensação de compressão no peito, durando geralmente em torno de trinta minutos;
  • Ardor em região torácica, muitas vezes confundido com azia;
  • Sudorese;
  • Náuseas e vômito;
  • Tontura que podem ser posteriormente causa de desmaios;
  • Dispnéia;
  • Ansiedade e agitação.

Ao surgimento de qualquer um dos sintomas e ao desconfiar que o mesmo possa estar associado a um caso de Infarto Agudo do Miocárdio, deve-se procurar ajuda médica o mais rápido possível, já que 65% das mortes por infarto acontecem na primeira hora depois dos primeiros sintomas e 80% delas nas primeiras 24 horas.

Fatores de Risco

O Infarto Agudo do Miocárdio tem sua causas geralmente associadas a uma série de fatores acumulativos ao longo dos anos, porém existem diversos fatores que podem aumentá-lo ou diminuí-lo consideravelmente.

Primeiramente, os homens são responsáveis por mais de 65% dos casos da doença. Em partes, a causa deve-se a condição sistêmica de acumulo de placas gordurosas na porção inicial das artérias, também ao hábito de fumar e beber com freqüência, comumente associada com mais incidência ao sexo masculino. Em contrapartida, as taxas de mortalidade são muito superiores em mulheres e isso se deve a resistência feminina em procurar ajuda ao aparecimento dos primeiros sintomas ou simplesmente ao não reconhecimento dos mesmos, já que mais da metade das mesmas não tem dores no peito antecedendo o Infarto Agudo do Miocárdio, o que geralmente é considerado como mais representativo sintoma das doenças cardíacas.

A freqüência e a facilidade com que as placas se “quebram” também é diferente entre ambos os sexos. Segundo estudos, os homens possuem placas maiores, porém que apresentam maior resistência. Já as mulheres apresentam risco maior relacionados a fatores genéticos, estresse e doenças crônicas não transmissíveis, apresentando placas de colesterol mais sensíveis e consequentemente com maior facilidade de rompimento.

Além do sexo, outros fatores de risco são idade superior a 50 anos, tabagismo, obesidade, diabetes, hereditariedade, sedentarismo, hipertensão, hereditariedade, hipercolestrolemia e estresse excessivo.

Outro dado importante aponta que mais de 75% das mortes por doenças cardiovasculares ocorrem em países de baixa ou média renda, levando a crer que a incidência de casos está diretamente relacionada à menor acessibilidade a saúde, grandes jornadas de trabalho, renda familiar baixa, dificuldade na aquisição de medicamentos para controle de doenças associadas, entre tantos outros fatores ligados a economia familiar e governamental.

No Brasil, estatísticas apontam que a cada 40 segundos ocorre o falecimento de uma vitima de Doença Cardiovascular. Acredita-se que isso está altamente relacionado ao hábito nacional de não seguir o tratamento medicamentoso e nem mesmo fazer alterações alimentares e práticas de atividades físicas que se fazem necessários para melhorar a qualidade de vida e diminuir a incidência de ataques cardíacos.

Diagnóstico

O diagnóstico é baseado em:

  • Sinais e sintomas apresentados pelo paciente: A anamnese feita com o paciente e/ou acompanhante pode apresentar diversas informações de alta utilidade para condução do tratamento e diagnóstico correto;
  • Eletrocardiograma: É de grande valor para o diagnóstico do infarto do miocárdio. É feito através de um aparelho ligado a eletrodos que serão colocados em regiões específicas do corpo do paciente a fim de informar sobre sua localização, sua extensão e complicações associadas como bloqueio e arritmias após o infarto;
  • Exames de enzimas plamáticas: O infarto do miocárdio leva a morte celular e consequentemente a liberação de certas enzimas na corrente sanguínea. A creatinoquinase (CK) com sua isoenzima (CK-MB) é considerado o indicador mais sensível e confiável de todas as enzimas cardíacas. A CK-MB é encontrada unicamente nas células cardíacas, e só estará aumentada quando houver destruição destas células;
  • Cineangiocoronariográfica (cateterismo cardíaco): Consiste na inserção de um cateter pela perna ou braço do paciente, conduzindo o mesmo através de uma artéria para fins de avaliação ou tratamento de doenças cardíacas.

Classificação de Killip

Esta classificação é baseada em dados clínicos relacionados à gravidade da insuficiência ventricular nos pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio. É dividida em quatro níveis:

  • Killip I – É o mais baixo nível. Geralmente associado à rápida ação em relação à aparição dos sintomas, o paciente não apresenta edema pulmonar. Os índices de mortalidade são equivalentes a somente 6% dos casos;
  • Killip II – Quando o paciente passa a apresentar dispnéia, crepitações pulmonares e pressão venosa jugular elevada. Seus índices de mortalidade são de 17%;
  • Killip III – Aquele em que o paciente já apresenta edema pulmonar agudo, diminuindo a capacidade de trocas gasosas e causando insuficiência respiratória. Pode ser fatal em pouco tempo, fazendo com que sua mortalidade seja de 38%;
  • Killip IV – Quando ocorre Choque Cardiogênico, ou seja, situação em que o coração perde capacidade de bombear sangue, e evidência de vasoconstrição periférica (contração dos vasos sanguíneos, sendo que os mesmos tem tendência a permanecer desta forma). É o estágio mais fatal, em torno de 81% dos casos que são tratados nesse estágio resultam no óbito do paciente.

Tratamento

        O tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio tem como objetivo reduzir o dano causado no coração, cicatrizando o tecido necrosado, preservando o restante que permanecer integro e evitar complicações que possam vir a ser fatais. Ele baseia-se no controle da dor e na previsão e redução de possíveis evoluções desfavoráveis.

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