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Medicamentos antifúngicos

Por:   •  24/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.646 Palavras (7 Páginas)  •  559 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Segundo a ANVISA (2004),  fungos são seres  encontrados em todo o meio ambiente, em vegetais, ar atmosférico, solo e água e, embora sejam estimados em 250 mil espécies, menos de 150 foram descritos como patógenos aos seres humanos. Leveduras são fungos que conseguem colonizar o homem e animais e, quando ocorre uma baixa entre o quilíbrio parasita-hospedeiro, podem causar diversos quadros infecciosos com formas clínicas localizadas ou disseminadas.

Fatores ecológicos como temperatura e umidade relativa do ar elevadas, densa massa florestal e a pluviosidade alta, fornecem ótimas condições de dispersão fúngica e seu desenvolvimento e outros motivos que podem estar relacionados com a incidência e a propagação das micoses são representados pelas condições socioeconômicas precárias, além de promiscuidade, sudorese, contato prolongado com animais domésticos, condições de higiene, entre outros (AlMENDROS; BARROS; CORTEZ; SARMENTO, 2003).

Os fármacos antifúngicos possuem ações fungistáticas ou fungicidas, direta ou indiretamente. Os antifúngicos têm características especiais quanto ao mecanismo de ação, via de administração, ação em micoses superficiais e, ou sistêmicas, podendo ser classificados com base no sítio-alvo e estrutura química, sendo que na maioria destes vão ter ação na membrana celular (NOBRE et al, 2002)

Os agentes terapeuticos atuais podem ser  classificados em dois grupos: o primeiro, os produzidos naturalmente que são os  antibóticos polienos e as equinocandinas e segundo , os sintéticos que são os azóis e as pirimidinas fluoradas.  Como muitas infecções são superficiais, há muitas preparções tópicas. Muitos antifungicos são muitos tóxicos, e quando há necessidade de tratamento sistemico, estes farmacos têm que ser usados sob supervisão médica (RANG & DALE).

2 ANTIBIÓTICOS POLIENOS

2.1 Anfotericina

De acordo com Nobre et al (2002), a anfotericina B é um antibiótico poliênico derivado do Streptomyces nodosus, cujo mecanismo de ação, se baseia na ligação com os esteróis da membrana celular, causando uma alteração na função com saída de metabólitos essenciais, nucleotídeos e proteínas, ocorrendo à morte celular.

2.1.1 Farmacocinética da Anfotericina

A anfotericina é muito pouco absorvida quando administrada oralmente, e estavia é usada apenas para o tratamento das infecções fúngicas do trato gastrintestinal superior. Ela pode ser usada topicamente com sucesso, porém para as infecções sistêmicas é geralmente administrada por injeção intravenosa lenta .A sua forma de administração intravenosa é usada com a flucitosina para tratar a meningite criptocócita. Ela é eliminada muito lentamente

através do rim, sendo seus traços encontrados na urina por 2 meses ou mais após o fim da administração (RANG & DALE).

2.2 Nistatina

A nistatina, isolada do Streptomyces noursei, pertence ao grupo dos antibióticos poliênicos. É levemente hidrosolúvel e atua lesando a membrana citoplasmática dos fungos sensíveis e sua ação pode ser tanto fungicida como fungistática, estando indicada como terapia tópica em micoses superficiais, de pele e mucosa, principalmente na candidose (NOBRE et al, 2002).

2.2.1 Farmacoconética da Nistatina

A absorção do trato gastrointestinal é desprezível e a nistatina nunca é usada por via parenteral. Ela é administrada como um fármaco oral (bocheche e cuspa) para o tratamento de candidíase oral. A eliminação quase completa é pelas fezes. Os efeitos adversos são raros, pois ela não é absorvida, mas náuseas e êmese ocorrem ocasionalmente (CLARK et al, 2013, P. 428).

2.3 Griseofulvina

A griseofulvina é um agente antifúngico de pequeno espectro, isolado das culturas de Penicillium griseofulvum. Alguns anos depois, foi encontrada uma substância no Penicilium janczewski que produzia contração e desnaturação das hifas fúngicas, denominada inicialmente de fator de enrugamento e posteriormente descobriram tratar-se da griseofulvina. A griseofulvina foi amplamente substituída pela terbinafina oral para o tratamento de infecções dermatofíticas nas unhas, embora continue sendo usada contra ringworm e dermatofitoses da pele e pelos (CLARK et al, 2013, p438).

2.3.1 Farmacocinética da Griseofulvina

Após a administração oral, a griseofulvina é absorvida principalmente na primeira porção do intestino delgado. Os picos de concentração do plasma do fármaco ocorrem aproximadamente quatro horas após sua administração. Concentrações de aproximadamente 12-25 g/g se mantém na pele durante administração por um prazo prolongado, enquanto os níveis séricos se mantém em níveis de 1-2 g/ml. Quando o medicamento é interrompido, ele não é detectável na pele após dois dias e no plasma, após quatro dias. A griseofulvina apresenta uma meia-vida de excreção de 9-24 horas e é metabolizada no fígado.

O principal metabólito é a 6-dimetil-griseofulvina que é microbiologicamente inativa. Os metabólitos são eliminados principalmente nas fezes e pode também ser excretada no suor.

2.4 Flucitosina

A flucitosina (5FC) é um antimetabólito pirimidina sintético que, com frequência, é usado associado à anfotericina B. Essa associação é administrada no combate a micoses sistêmicas e contra a meningite(CLARK et al, P. 432, 2013)

2.4.1 Farmacocinética da Flucitosina

A Flucitosina é bem absorvida pela via oral. Distribui-se  por toda a água corporal e penetra bem no LCR. A 5-FU é detectável em pacientes e provavelmente resulta da biotransformação da 5-FC pelas bactérias intestinais. A excreção do fármaco e seus metabólitos é por filtração glomerular, e a dosagem precisa ser ajustada em pacientes com função renal comprometida (CLARK et al, P. 432, 2013).

3 ANTIBIÓTICOS DO GRUPO DOS AZÓIS

3.1 Cetoconazol

O cetoconazol foi o primeiro fármaco da classe dos azóis que pode ser administrado oralmente para tratar as infecções fungicas sistêmicas. Possui uma boa absorção pelo trato gastrintestinal, tem um amplo espectro de distribuíção através dos tecidos e dos líquidos teciduais, mas não atinge concentrações terapêuticas no sistema nervoso central, a não ser que sejam dadas altas doses. Ele é metabolizado no fígado e eliminado na bile e na urina (Rang & Dale).

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