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O Paradigma do Cuidar Numa Sociedade em Transformação

Por:   •  15/3/2023  •  Resenha  •  671 Palavras (3 Páginas)  •  62 Visualizações

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É evidenciado pelo autor que cuidar vai além de tratar das enfermidades, é

preciso ter o cuidado para além da saúde, com o potencial de plenificação do ser

humano. Portanto, surge nesse contexto a importância da terapia, e a origem da palavra,

a qual refere-se originalmente, a um sacerdócio: Sacerdotes do deserto que eram,

também, filósofos, psicólogos, médicos e educadores, numa época em que os hospitais

eram templos. A palavra hospital, por sua vez, remete a hospitalidade, sendo,

sobretudo, uma mansão onde o outro é cuidado não como um objeto, não como um

paciente, não como uma coisa, e sim como um ser humano.

O paradigma, por sua vez, entra no assunto, não como filosofia ou ideologia,

mas sim como uma estrutura que gera ideologias e tecnologias, o que significa uma

revolução científica, cultural e epistemológica. “É tempo de reinventar o ser humano e a

humanidade, mas, também, é tempo de crise. [...] A palavra crise, na tradição chinesa,

refere-se a dois significados: a primeira é perigo. A crise é um perigo para os

despreparados; é a hora da válvula de escape, a hora do enfarte, do colapso. Mas o

outro significado se refere à oportunidade: a crise pode ser um trampolim, de onde

saltamos para uma nova qualidade de existência.”

“[...] A doença, os sintomas, não são ruins. Um sintoma, uma doença, é um telefone que

toca, é uma carta que você recebe da inteligência do seu organismo, contendo uma

mensagem existencial.” Portanto, é preciso que escutar a dor antes de eliminá-Ia, no

entanto, há uma contradição que consiste em cuidar só daquilo que não funciona, sem

perceber que o cuidado também engloba o que não está doente. Escutar, também, o

que está doente, buscando interpretar, não simplesmente eliminar, porque é uma atitude

bastante estreita e reducionista apenas levar a pessoa a um estado indolor.

É fundamental entender o que é o ser humano, para poder levar o cuidado. Ou

seja, perceber a inteireza que é ser humano e respeitá-lo, não apenas olhar como se

fosse uma peça. Portanto, é preciso falar da “normose”, que é a doença da normalidade.

Uma pessoa normótica é aquela que não vê o óbvio, acomodada a um sistema cheio

de injustiças, de contradições; que não se sente conectada nem consigo mesmo, nem

com o outro, nem com a sociedade, nem com o planeta; é uma pessoa que só olha para

si, egocentrada. Não é difícil constatar que o fator patogênico mais grave nesse

momento se chama egoísmo. Mais uma pessoa está fechada em si

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