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Os Paradigmas Da Ciência: A Influência Na Sociedade E Na Educação

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Por:   •  10/10/2014  •  448 Palavras (2 Páginas)  •  2.202 Visualizações

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Paradigma é um termo de origem grega que, etimologicamente, modelo e/ou padrão. Na prática, é algo a ser tomado como modelo ou exemplo em determinado contexto.

René Descartes instituiu a dúvida enquanto fator primordial para a busca do saber existencial, desenvolvendo o método racional dedutivo.

Isaac Newton estabeleceu o método desenvolvido por Descartes, fazendo assim surgir o paradigma Newtoniano-Cartesiano que, até os dias atuais, influencia diversos ramos da ciência.

Para compreender esse paradigma, devemos partir do pressuposto de que, para conhecer algo em sua totalidade, é preciso fragmentá-lo (o todo é a união das partes menores). Esse conceito levou a ciência ocidental a fragmentar o mundo, resultando na separação entre mente e matéria, divisão do conhecimento em campos especializados, mentalidade reducionista e visão fragmentada.

A ciência moderna sistematizada por Descartes e consolidada por Newton dissocia da investigação científica o subjetivo, a emoção e o desejo como atrapalhadores do conhecimento, de forma a fazer com que o ser humano se perca de si mesmo e seja condenado ao isolamento e à alienação da natureza, do trabalho criativo e dos outros.

Ao segmentar o pensamento humano, esse paradigma segmentou também a visão que o homem apresenta sobre si mesmo, superestimando a razão e se olvidando as emoções. Apesar disso, essa visão de mundo foi necessária à trajetória evolutiva do pensamento humano.

O conhecimento científico lógico-dedutivo mecanicista, após a Revolução Industrial, foi tomado como única forma legítima de se fazer ciência. Logo, o paradigma científico vigente, pautado na racionalidade industrial, passa a “contaminar” o paradigma educacional, que se torna unidimensional, monocultural e compartimentado em disciplinas, períodos e séries.

Com base nos pressupostos do sistema newtoniano-cartesiano, a ciência contaminou a educação com um pensamento ”racional, fragmentado e reducionista”. Essa tendência também se acentuou nas universidades que se voltaram para uma formação utilitarista, técnica e científica.

A ineficácia do paradigma vigente vem à tona quando consideramos a crise na sociedade, que se agrava com as desigualdades e desrespeito do homem a seu(s) semelhante(s). A educação é atingida por essa crise na medida em que esse paradigma influencia (negativamente) estudantes de todos os níveis de ensino, num modelo de escola que não se preocupa com a integração e a continuidade e que ainda vê o aluno como uma tábula rasa.

Desde o início do século XX, vários são os estudos e estudiosos da ciência (Lamarck, Einstein, Planck, Bohn, entre outros) que vêm ratificando a busca pela superação desse paradigma, através da visão de mundo por redes conectadas, num processo de interdependência em que todos os componentes estão interligados.

Essa nova proposta de paradigma representa um desafio para que sejam encontradas influências desse novo processo nas práticas educativas e no fazer docente, através da visão global, sistêmica e transdisciplinar.

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