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O Suicídio na France Télécom

Por:   •  31/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.020 Palavras (5 Páginas)  •  220 Visualizações

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Fichamento Suicídios na France Télécom

Autores: Ulf Schäfer; Konstantin Korotov

Disciplina:

Pós Graduando:

Este estudo de caso relata um estudo de caso sobre a principal empresa de telecomunicação no ano de 2009, na qual ocorreram 28 suicidios em 18 meses, na qual o ministro do trabalho Xavier Darcos se reuniu com Didier Lombard presidente da empresa de telefonia para saber da cultura do emprego na empresa citada.

A princípio a France Télécom era uma empresa estatal que passou por um processo de privatização, mesmo após greves para a descentralização da empresa do governo em 1995 esta se vê independente do governo, desta forma ela entrou em um momento no qual o mercado global estava em rápido crescimento, na qual a internet e os aparelhos celulares oferecia um potencial enorme de crescimento. Mas com a queda dos preços das ações e as concorrências acirradas fizeram com que a segurança do trabalho fosse questionada não só na empresa, mas em todo país. A segurança do trabalho e as leis trabalhistas se tornaram enfoque do governo, que impôs algumas clausulas em leis de oportunidades iguais que deixaram os trabalhadores em situações desconfortáveis. Aproveitando do momento a FT conseguiu a descentralização do governo e conseguiu realizar a demissão de mais de 20.000 funcionários com o objetivo de tornar uma empresa representativa e que mostra lucros aos investidores, e como a pressão para produzir aumentava, os funcionários começaram a sofrer estresse e começaram o que foi denominado pelos líderes sindicais de “espiral de suicídio”.

Os suicídios e atos de indignação com o gerenciamento e o processo de trabalho desgastante começaram a surgir, em cartas escritas por pessoas que cometeram suicídios apontavam para uma atmosfera de trabalho intolerável de intimidação e vitimização no ambiente de trabalho. Em casos, quase que paralelos, com o de Stéphanie, outro funcionário de 53 anos da FT foi encontrado morto em sua casa com uma carta que denunciava as condições de trabalho como principal causa do ato entre outros casos que tinham, também, a intenção de denunciar/demostrar que a condição de trabalho e gerenciamento da empresa estava inapropriada para a saúde de seus trabalhadores.

Como explicação para o surgimento destes comportamentos o professor Bill Stewart, cita: “Os gerentes das empresas estão sob pressão para manter seus números de pessoal, mas eles têm liberdade plena para facilmente remaneja-las para outras funções.” E que isso é fruto do mencionado anteriormente, a concorrência global e as leis francesas que desampararam os trabalhadores pode ter conspirado para que isso acontecesse, pois antes segundo o professor supracitado a FT costumava viver de saídas voluntárias e aposentadorias, ideia apoiada por muitos funcionários atuais e antigos da empresa.

A revista The Economist comentou sobre a situação na França: “Incapaz de demitir seus funcionários, firmas dão aos seus funcionários trabalhos sem sentido a fim de tentar fazê-los se demitir.” Segundo a psicoanalista Marie Peze, as mudanças dramáticas e contínuas aos trabalhos das pessoas podem ter sido responsáveis pelos suicídios.

Como reações da reunião com o ministro do trabalho que embora a FT fosse uma das maiores empresas da França deveria observar com atenção ao progresso social e que não haveria processo tecnológico sem ele, a partir de então os sindicatos denunciaram a empresa por intimidação ao trabalhador e assédio moral sistemático, acusando a empresa de levar seus funcionários ao desespero.

Enquanto a FT “admitia” que seu programa de reestruturação pudesse ter representado alguma culpa nos suicídios, apontou como defesa os dados antigos de suicídio nos anos anteriores presente nas empresas. Partindo desta medida de defesa da apresentação de dados anteriores, é inevitável, independente do porte da empresa, relacionar suicídio como um fator que não fugia a normalidade anual, pois este

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