PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

INTRODUÇÃO

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency Syndrome - Aids) emerge como uma das principais causas de morte, em especial entre adultos de 20 a 49 anos de idade, revelando-se um problema de saúde pública, nos anos 80. As desigualdades na morbidade e mortalidade pela doença têm sido relatadas na literatura científica tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, porém, um estudo realizado nos Estados Unidos sobre pessoas diagnosticadas com a doença entre 1990 e 1998 mostrou aumento substancial na sobrevida após a terapêutica combinada com antirretroviral, mas foi observado que essa sobrevida variou segundo o sexo, raça e status socioeconômico.

No Brasil, estudos sobre a epidemia mostram que, os casos da doença foram inicialmente observados em populações mais favorecidas, ocorrendo mudança nesse padrão ao longo do tempo, assim o processo denominado de pauperização da Aids.

Nesse sentido, a Aids não se limita a uma certa região geográfica, sexo, raça/etnia ou condição social, embora todos esses fatores se relacionem com a forma como a epidemia se dissemina. Vários estudos epidemiológicos referidos na literatura têm enfatizado a importância de políticas públicas voltadas para a redução das desigualdades sociais e o fortalecimento dos serviços de saúde, devido ao grau de associação entre a prevalência da doença e as baixas condições socioeconômicas, como também entre o aumento da mortalidade e a posição sócio-econômica e o nível educacional.

Diante desse contexto, este estudo tem como objetivo geral apresentar o perfil epidemiológico do estado de Pernambuco com casos de AIDS e suas variáveis sociais sobre a morbidade e mortalidade no período de 1991 a 2012.

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