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Pacientes com sequelas de AVC

Por:   •  21/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  6.823 Palavras (28 Páginas)  •  409 Visualizações

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PACIENTES COM SEQUELAS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NO TERRITÓRIO COBERTO PELA UBS DO BAIRRO BOM SUCESSO NA CIDADE DE IMPERATRIZ – MARANHÃO

Brenda Lunara Gomes Araújo¹

Bruna Lorena Gomes Araújo¹

Dayane Melo de Olieveira¹

Lurruana Gomes Bandeira¹

Wilca Abolis Santana¹

Erika Ferreira Tourinho²

RESUMO: São registrados anualmente aproximadamente 90 mil óbitos por doenças cerebrovasculares no Brasil. O AVC isquêmico corresponde a aproximadamente 80% dos casos, e o AVC hemorrágico a 20%. O trabalho foi realizado no 2° semestre de 2016 no município de Imperatriz – MA, com objetivo de identificar quantas pessoas acometidas por AVC, dentre elas quantas submeteram a cirurgia e quantas ficaram com sequelas decorrentes do acidente vascular cerebral, e através de pesquisas bibliográficas identificar quais os fatores que implicam na predisposição ao acidente vascular cerebral. Para responder e alcançar esses objetivos foi elaborada pesquisa quantitativa, bibliográfica e de campo realizada no território coberto pela UBS do referido bairro na cidade de Imperatriz - MA. Foram aplicados 10 questionários em uma amostra não probabilística, seguido da assinatura do TCLE, dos quais 3 foram acometidos por acidente vascular cerebral isquêmico e 1 por AVC hemorrágico sendo esse o único caso a passar por procedimento cirúrgico. Dos 4 casos, apenas 3 frequentam centro especializado e todos os acometidos por AVC ficaram com sequelas, todos são do sexo masculino e possuem benefícios do governo devido as sequelas sofridas pelo AVC. Conclui-se a partir do questionário aplicado e de pesquisa bibliográfica que pessoas do sexo masculino possuem maior predisposição ao AVC, e que ligado a fatores externos como alcoolismo e sobrepeso acentuam as chances de desenvolver doenças cerebrovasculares. Portanto, sugere-se maior comprometimento dos programas sociais na conscientização dos fatores de risco e da predisposição masculina ao desenvolvimento da patologia, desenvolvendo assim programas e atividades sobre as principais causas do acidente vascular cerebral.

Palavras-chave: AVC. Isquêmico. Hemorrágico. Cerebrovascular.

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¹ Acadêmicos do 4º Período do curso de Enfermagem do IESMA/ UNISULMA (lastamelie@gmail.com) 

2 Prof. MSc do curso de Enfermagem do IESMA/ UNISULMA (tourinhaerika@gmail.com)

1 INTRODUÇÃO

As doenças crônicas não tratáveis estão como principais enfermidades em termos de morbimortalidade, no Brasil e no mundo. De acordo com Pimenta (2009), as doenças cerebrovasculares possuem um lugar importante nesse ranking, tendo em vista que elas possuem autonomia significativa na vida das pessoas, desfalcando força do trabalho e assim, gerando um alto custo para a previdência social.

Joaquim et al. (2007) afirmam que os acidentes vasculares cerebrais (AVC) atualmente, estão estre as principais causas de morte e incapacitação física em todo o mundo, é a doença cerebrovascular que apresenta maior incidência, tendo maior morbidade e resultando em incapacidades, com cerca de 15 milhões de pessoas acometidas no mundo, no Brasil há mais de cem mil mortes por ano, já nos Estados Unidos da América uma pessoa morre de AVC a cada três minutos.

De acordo com Gomes (2008), a expressão AVC refere-se a um grupo de sintomas de deficiência neurológicas que pode durar mais de vinte e quatro horas, levando a alterações na irrigação sanguínea, que consequentemente irá resultar em lesões cerebrais; essas lesões são secundárias de infarto, devido a isquemia ou hemorragia, que são os dois tipos de AVC, resultando no comprometimento da função do cérebro.

Segundo Pieri et al. (2007), conforme a sua fisiopatologia, o acidente vascular cerebral (AVC) pode ser classificado em isquêmico, o qual acontece quando um coágulo bloqueia a artéria que leva o sangue para o cérebro, causando um déficit do fluxo sanguíneo para uma determinada área do cérebro, e hemorrágico, quando um vaso sanguíneo se rompe, causando extravasamento de sangue (hemorragia) no cérebro, onde o déficit é secundário a ruptura da artéria.

Segundo Schäfera (2010) os sinais neurológicos variam de acordo com o grau, o tipo e a localização do AVC no cérebro. Em geral, os pacientes terão paralisia, confusão, desorientação e perda de memória, portanto, a sequela mais frequente neste estudo foi a hemiparesia, e nesse caso será a hemiparesia adquirida, que é a paralisia cerebral de um lado do corpo causada por lesões da área corticoespinhal (área das células nervosas que levam comandos motores do cérebro para a medula espinhal, ou seja, é a área responsável pelos movimentos dos membros e seus músculos). Além disso, Teixeira-Salmela et al (2000), afirma que tem outras manifestações que envolvem fraqueza muscular, espasticidade e padrões motores atípicos.

Este trabalho tem como objetivo identificar quantas pessoas acometidas por AVC passaram por procedimento cirúrgico, bem como apresentar os cuidados na assistência de enfermagem ao paciente no pré e pós-operatório de craniotomia. E identificar dentre elas quantas ficaram com sequelas decorrente do acidente vascular cerebral, e quais implicações essas sequelas podem acarretar na vida desses indivíduos em uma vida pós-avc. E através de pesquisas bibliográficas identificar quais os fatores que implicam na predisposição ao acidente vascular cerebral.

Para responder e alcançar esses objetivos foi elaborada uma pesquisa quantitativa, bibliográfica e de campo realizada no território coberto pela UBS do bairro Bom Sucesso na cidade de Imperatriz - MA.

2 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

2.1 Definição

Oliveira (2008), define o Acidente Vascular Cerebral (AVC) como uma síndrome neurológica complexa, com a presença de anormalidades súbitas do funcionamento cerebral decorrente de uma interrupção da circulação cerebral ou de hemorragia, seja parenquimatosa ou subaracnóidea.

Para Nettina (2012), o AVC ocorre a partir de uma disfunção neurológica no Sistema Nervoso Centro (SNC), com duração igual ou superior a 24h. Podendo ocorrer na forma isquêmica (mais de 70% dos casos) ou hemorrágicos (associados a maior morbidade e mortalidade).

De acordo com a OMS (2012), o AVC refere-se ao desenvolvimento rápido de sinais clínicos de distúrbios da função cerebral, de origem vascular, provocando alterações nos planos cognitivo e sensório-motor, isso de acordo com a área e a extensão da lesão. Causando na grande maioria dos pacientes, algum tipo de deficiência, seja parcial ou completa.

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