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SAE NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA GASTROINTESTINAIS

Por:   •  20/11/2022  •  Projeto de pesquisa  •  2.263 Palavras (10 Páginas)  •  131 Visualizações

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SAE NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA GASTROINTESTINAIS

  1. INTRODUÇÃO

Trato Gastrointestinal

É um trajeto com 6,9 a 7,8 m de comprimento que se estende desde a boca, passando pelo esôfago, estômago, intestino delgado e grosso e reto, até a estrutura terminal, o ânus.

O esôfago localiza-se no mediastino anterior à coluna vertebral e posterior a traqueia e coração. A porção restante localiza-se dentro da cavidade peritoneal.

Cirurgias Gastrointestinais

        Trata-se de procedimentos cirúrgicos que tem como propósito diagnosticar e/ou tratar patologias benignas ou malignas que afetam o trato gastrointestinal.

        As cirurgias mais comuns do trato gastrointestinal são: gastrectomia, ostomia, hernioplastia, apendicectomia e hemorroidectomia.

  • Gastrectomia: cirurgia para a retirada total ou parcial do estômago.
  • Ostomia: cirurgia para a criação de uma nova “boca” para comunicação do órgão interno com o externo. Tem o objetivo de eliminar os dejetos do organismo.
  • Hernioplastia: cirurgia para a reparação plástica de hérnias abdominais, para que exista a restituição da estrutura anatômica abdominal.
  • Apendicectomia: cirurgia para remoção do apêndice, quando o mesmo estiver inflamado ou infeccionado.
  • Hemorroidectomia: cirurgia para a remoção da hemorroida.

  1. SAE

O que é?

        De acordo com a Resolução COFEN 358/2009 a Sistematização da Assistência de Enfermagem organiza o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do Processo de Enfermagem.

A enfermagem necessita ter um plano de cuidados específico para cada indivíduo, as atividades a serem aplicadas servem como orientação e auxiliam na aplicação de procedimentos com embasamento científico adequado para que os resultados dessas ações sejam bem-sucedidas (ROTHROCK, 2007).

  1. SAE no Pré-Operatório

A fase pré-operatória tem início quando se toma a decisão de prosseguir com a intervenção cirúrgica e tem fim com a transferência do paciente para a mesa da sala de operação.

O cuidado de enfermagem nessa fase envolve a anamnese, exame físico e emocional, história clínica, garantir que os exames necessários foram/serão realizados, o preparo pré-operatório do paciente e realizar o ensino sobre a recuperação anestésica e o pós-cirúrgica, que incluem: exercícios de respiração, como tossir (com as mãos entrelaçadas, aplicar compressão sobre a incisão cirúrgica no momento em que for tossir), estimular a levantar do leito (sempre que liberado), como mudar de decúbito e movimentação dos membros, e garantir que o paciente assinou o consentimento informado para a cirurgia (Brunner, 2012, p. 403).

O objetivo desses cuidados de enfermagem devem ser proporcionar ao paciente um cuidado e atendimento humanizado e de qualidade; melhores condições físicas e emocionais possíveis, para que exista uma melhor recuperação cirúrgica; instruir ao paciente e familiares medidas de recuperação e estimular a prática do autocuidado no pós-operatório (Rothrock, 2003).

Pré-Operatório

  • Preparo emocional do paciente;
  • Explicar sobre a cirurgia e responder as dúvidas do paciente;
  • Exame físico direcionado ao trato gastrointestinal;
  • Sinais vitais;
  • Checagem dos exames solicitados/realizados;
  • Ensino sobre a recuperação anestésica e pós-cirúrgica;
  • Monitorar balanço hídrico e perda de peso;
  • Orientar sobre o jejum, dieta zero após a meia noite da véspera da cirurgia;
  • Preparo intestinal, 1 a 2 dias antes da cirurgia para uma melhor visualização;
  • Passar sonda nasogástrica, se necessário;
  • Garantir acesso venoso.;
  • Administrar antibióticos, conforme prescrito.

3.1 Histórico Gastrointestinal/ Anamnese

Começa com uma entrevista completa para investigar sobre dor abdominal, dispepsia, gás, náuseas, vômitos, diarreia, constipação, incontinência fecal, icterícia e doença gastrointestinal prévia. Deve-se observar se existe o uso prévio/atual de medicamentos e exames diagnósticos, tratamento ou cirurgias.  Observar também o estado nutricional do paciente, através dos valores séricos, e discutir sobre qualquer ganho ou perda de peso. Questionar o paciente sobre o uso de álcool e cigarro.

3.2 Exame Físico

Deve incluir a boca e abdome, é necessário que exista uma boa fonte luminosa, exposição do abdome, e que o paciente esteja relaxado e com a bexiga vazia.

A boca, língua, mucosas e gengiva devem ser inspecionadas para avaliar se existe alguma alteração como: úlceras, nódulo, edema, coloração ou inflamação.

Para a inspeção, ausculta, palpação e percussão, o paciente deve estar em decúbito dorsal com os joelhos ligeiramente flexionados.

  1. SAE no Pós-Operatório

A fase pós-operatória tem início a partir da saída do paciente da sala de operação, e chegada ao SRA, e perdura até sua total recuperação. É dividido em pós-operatório imediato, até 24 horas depois da cirurgia; e pós-operatório mediato, que inicia após 24 horas do fim da cirurgia até 7 dias depois; pós-operatório tardio, que inicia após os primeiros 7 dias e o reconhecimento da alta.

Nessa fase, o cuidado de enfermagem tem como objetivo identificar, prevenir e tratar problemas e intercorrências comuns aos procedimentos anestésicos e cirúrgicos.

SAE no Pós-Operatório:

  • Avaliar a função respiratória (profundidade, permeabilidade das vias aéreas, nível de saturação do oxigênio);
  • Avaliar a função circulatória (avaliação da pressão arterial, coloração da pele e frequência do pulso, ritmos cardíacos, monitorar PVC);
  • Avaliar o sítio cirúrgico;
  • Avaliar o nível de consciência (capacidade de responder aos comandos);
  • Avaliar dor e desconforto;
  • Verificar temperatura e valor hemodinâmicos;
  • Manter a integridade da pele;
  • Exame físico completo.
  • Manter drenos, acessos IV e cateteres;
  • Manter a SNG, quando prescrito.
  • Orientar o paciente quanto ao autocuidado pós-alta;
  • Verificar os sinais vitais de 15 em 15 minutos na primeira hora;
  • Verificar de 30 em 30 minutos nas duas horas subsequentes;
  • Depois disso, caso o paciente se mantenha estável, verificar os sinais vitais a cada 4 horas durante as primeiras 24 horas.

  1. APENDICECTOMIA

Trata-se de uma cirurgia para remoção do apêndice, quando o mesmo estiver inflamado ou infeccionado, que ocorre por causa de alguma obstrução. A cirurgia de Apendicite Aguda é realizada, na maioria dos casos, em urgência/emergência porque pode levar o paciente a óbito se o apêndice romper e o conteúdo extravase para a cavidade abdominal ou a necrose dessa porção do intestino.

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