Saúde da Mulher - Infertilidade Conjugal

Anna Keylla da Silva dos Santos

Lucas Portella Silva Santos

Samandra Loiola Rodrigues

INFERTILIDADE CONJUGAL

Rio de Janeiro

Junho/2017

Lucas Portella Silva Santos

Samandra Loiola Rodrigues

 Cuidados com a alimentação da nutriz [pic 3]

Trabalho escrito apresentado à  Subárea IV – Saúde e Mulher II - 7° Período da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, como requisito parcial para conclusão da disciplina.

Orientadores: Profª.: Carla Marins, Profª.:  Maysa Luduvice Gomes, Profª.:  Rosangela da Silva Santos, Profª.:  Marcele Zveiter, Prof.: Antonio José Cupello

Rio de Janeiro

Junho/2017

INTRODUÇÃO

A infertilidade, definida como a incapacidade de engravidar após um ano de relações sexuais regulares e sem uso de qualquer método contraceptivo, em mulheres sexualmente ativas com idade fértil, pois fora deste período é fisiológico que a mulher não seja fértil. A infertilidade pode ser classificada como primária, que é a dificuldade de engravidar do primeiro filho; secundária que seria uma nova tentativa para obter outro filho; abortamento habitual ou de repetição que é a ocorrência de três ou mais interrupções naturais consecutivas da gestação de até 20 semanas e esterilidade que é a incapacidade definitiva de gerar filhos.

Diferentes fatores já foram apontados como motivos de infertilidade, tais como: doenças sexuais, obesidade, tabagismo, sedentarismo, drogas ilícitas, alcoolismo, exposição a produtos químicos, radiação, medicações, estresse, atividades físicas em excesso, dietas não recomendadas e idade (PEREIRA et al., 2009).

Além desses, Alexandre et. al (2014) corroboram que a infertilidade pode sofrer influências da frequência de relação sexual, dos problemas financeiros, psicológicos e sociais.

Segundo Alexandre et. al (2014), a infertilidade é considerada como um dos problemas de extrema relevância para a Saúde Pública, e acomete entre 50 a 80 milhões de pessoas em idade reprodutiva em todo o mundo. Cerca de 8% dos casais, no mundo, apresenta algum problema de infertilidade durante sua vida reprodutiva. Segundo Cunha et al. (2008), no mundo, a cada ano surgem 2 milhões de novos casos de infertilidade. Um terço por motivo relacionado à mulher, um terço com causa no homem e outro terço com influência mútua de ambos, estando apenas 20% relacionados à origem idiopática (STEPHEN; CHANDRA, 2006).

E no Brasil existiam em 2010 aproximadamente 51 milhões de mulheres em idade reprodutiva, sendo que cerca de 8 a 15% dos casais em idade reprodutiva enfrentam o problema da infertilidade, podendo-se estimar a existência de 4 a 7 milhões de mulheres inférteis no Brasil (WHO, 2010).

Essa incapacidade de ter filhos pode gerar estresse, depressão, discriminação e ostracismo. (MASCARENHAS et. al, 2012)

Baseado nesse estudo o trabalho tem como objetivos destacar e definir as principais causas de infertilidade conjugal, descrever as repercussões da infertilidade conjugal na vida no casal e na vida da mulher e contextualizar a assistência de enfermagem na infertilidade conjugal.

1 DESENVOLVIMENTO

1.1 Causas de infertilidade conjugal

           As causas de infertilidade podem ser divididas em quatro grandes grupos (PASSOS, CUNHA-FILHO, FREITAS, 2004 apud BRASIL, 2010):

I. Causas anatômicas relacionadas ao útero ou às trompas (fator tubo peritoneal): pode haver alterações na parte interna do útero (endométrio), como mioma e aderência, ou pode existir obstrução ou aderências das trompas.

II. Hormonais (fatores do eixo hipotálamo-hipófise-gônadas): alterações hormonais que interfiram no processo de ovulação ou em alguma outra fase da reprodução.

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