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Sifilis Congenita Revisão de Literatura

Por:   •  15/9/2021  •  Artigo  •  7.770 Palavras (32 Páginas)  •  137 Visualizações

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Congenital Syphilis - Literature Review 

Sífilis Congênita - Revisão de Literatura 

Edmar Jorge Feijó. Mestre em Enfermagem. Titular da UNIVERSO. enflite@gmail.com 

Carina Figueiredo Martins. Aluno do curso de Enfermagem/Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). carinamarins0@gmail.com 

Carolina Pereira Valle. Aluno do curso de Enfermagem/Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). carolina_scaffo@hotmail.com 

Cristiane Ferreira Dias. Aluno do curso de Enfermagem/Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). criscrf@gmail.com

Jeydiane Santos da Costa Amaral. Aluno do curso de Enfermagem/Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO).  jeydi.d@hotmail.com

Miriã Guimarães de Abreu. Aluno do curso de Enfermagem/Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). miriaguimaraes16@gmail.com

Thammi Ferreira Barreto Ribeiro. Aluno do curso de Enfermagem/Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). thammi.i@hotmail.com

 

Resumo: Trata-se de uma revisão de literatura acerca do tema “Sífilis Congênita”. Foi realizada durante o período compreendido entre 30/08/21 e 04/09/21. Utilizando metodologia bibliográfica com objetivo de identificar a produção científica de enfermagem acerca do tema.  

Palavras-Chave: Sífilis Congênita, Enfermagem, Revisão de Literatura. 

 

Introdução 

A Sífilis Congênita configura um grave problema de saúde pública. Consiste na transmissão da Sífilis da gestante para o feto. “A sífilis congênita é a infecção do feto pelo Treponema pallidum, transmitida por via placentária, em qualquer momento da gestação ou estágio clínico da doença em gestante não tratada ou inadequadamente tratada.” (Secretaria de Saúde - GO) A sífilis é uma doença sistêmica e de evolução crônica, por isso a transmissão para o feto deve ser evitada, ademais como Costa et al. (2020) evidenciam, no ano de 2017 tal agravo foi responsável pela mortalidade de 7,2 de 100.000 nascidos vivos no Brasil, evidenciando a importância de medidas educacionais para que se diminua a sua incidência. 

Araújo et al. (2006) relata uma crescente dos casos de SC em países pobres e desenvolvidos, que foi minimizada progressivamente pela introdução da penicilina como tratamento fármaco, entretanto observa o retorno à crescente de casos. O autor acredita que os principais fatores que influenciariam a incidência de casos seriam: relaxamento das medidas preventivas por parte das autoridades de saúde e agentes de saúde; início precoce de vida sexual e excesso de parceiros; automedicação; gravidez precoce; aumento no número de mães solteiras, desconhecimento sobre ISTS, uso de drogas; falta ou inadequação do pré-natal.

A medida mais eficaz para prevenção da SC consiste na realização do rastreamento da sífilis durante o pré-natal, através do teste de VDRL que deve ser realizado o mais precoce possível, e depois deve ser repetido por volta da 28ª e das 38ª semanas de gestação-natal. (Araújo et al., 2006, p. 48)

A enfermagem é a categoria responsável pelo contato direto e contínuo com o paciente, e por promover medidas educativas durante a gravidez, parto, trabalho de parto e puerpério. Por isso é necessário que tais profissionais possuam o conhecimento necessário para aplicar tais medidas educacionais, além da metodologia correta mediante ao background do cliente. Diante ao exposto, essa pesquisa busca identificar a produção científica de Enfermagem determinando a melhor evidência disponível para o cuidado do cliente/família. 

 

Metodologia 

 

Essa é uma pesquisa computadorizada, realizada no período compreendido entre 30/08/21 e 04/09/21, utilizando as palavras-chave: epidemiologia, sífilis congênita, enfermagem, obstetrícia, pré-natal e prevenção. Nas seguintes bases de dados: Revista Latino-Americana de Enfermagem (SciELO), Acta Paulista, Journal of Nursing Research e Plos One. Os critérios de exclusão de artigos foram: período de publicação, que deveria ser inferior a 5 anos antecedentes a pesquisa (salvo o quarto artigo, que justificou sua presença na pesquisa pela análise epidemiológica de uma década, se mostrando de extrema relevância); e que não tratavam do tema proposto. 


Resultados

Autores, data e país

Tema

Objetivos

Metodologia

Resultados e discussão

Conclusão

01

Lazarini e Barbosa, 2017, Brasil.

Intervenção educacional na Atenção Básica para prevenção da sífilis congênita

avaliar a eficiência da intervenção educacional no conhecimento dos profissionais de saúde da Atenção Básica e verificar o impacto nas taxas de transmissão vertical da sífilis congênita.

estudo quase-experimental, conduzido na cidade de Londrina, Paraná, no período entre 2013 e 2015.

As respostas corretas saltaram de 53% para 74,3% após a intervenção. A adesão ao treinamento foi de 92,6%. Existiu redução importante na taxa de transmissão vertical da sífilis de 75% em 2013 para 40,2% em 2015. Em 2014 e 2015 não ocorreram registros de mortalidade infantil por esse agravo.

A intervenção educacional aumentou significativamente o conhecimento dos profissionais de saúde sobre a sífilis e colaborou para a redução da taxa de transmissão vertical do agravo.

02

Padovani, Oliveira e Pelloso, 2018, Brasil.

Sífilis na gestação: associação das características maternas e perinatais em região do sul do Brasil

Analisar a prevalência de sífilis na gestação e sua associação com características socioeconômicas, histórico reprodutivo, assistência no pré-natal e no parto e características do

recém-nascido

Estudo retrospectivo, transversal, realizado a partir das notificações de sífilis gestacional e sífilis congênita.

A prevalência da sífilis gestacional foi de 0,57%. Foram encontradas as seguintes associações à sífilis na gestação: raça/cor não branca (RP=4,6; IC=3,62-5,76); baixa escolaridade (RP=15,4; IC=12,60-18,86); e ausência do pré-natal (RP=7,4; IC=3,68-14,9). Os desfechos perinatais associados à sífilis gestacional foram prematuridade (RP=1,6 IC=1,17-2,21) e baixo peso ao nascer (RP=1,6; IC=1,14-2,28). Notificaram-se dois óbitos por sífilis congênita, um óbito por outra causa e cinco natimortos.

Os resultados apontam que há um longo caminho para o alcance da meta da Organização Mundial da Saúde de erradicação da sífilis congênita.

03

Succi, Figueiredo et al. 2008, Brasil

Avaliação da assistência pré-natal em unidades básicas do município de São Paulo.

avaliar a qualidade da assistência pré-natal oferecida em doze Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de São Paulo, através da revisão dos prontuários médicos e de enfermagem antes e após a municipalização do sistema de saúde

Foi considerado indicador da qualidade do pré-natal a realização até o primeiro semestre de gestação, com no mínimo seis consultas, realizando exames sorológico para sífilis e HIV. Retorno à UBS até 42 dias pós-parto.

A excelência do pré-natal não ocorreu em 2000. E em 2004 o pré-natal atingiu o indicador em 30% dos casos.

Embora com evidente melhoria do atendimento no período, a baixa proporção de atendimento pré-natal de excelência revela urgente necessidade de melhorar essa assistência nas UBS no Município de São Paulo.

04

Costa CC et al. 2013, Brasil

Sífilis congênita no Ceará: análise epidemiológica de uma década.

avaliar a incidência da sífilis congênita no Ceará de 2000 a 2009; descrever o perfil epidemiológico das gestantes cujos recém-nascidos tiveram sífilis congênita e verificar a realização do pré-natal e do tratamento dos seus parceiros.

Trata-se de estudo documental, realizado em julho de 2010 a partir do banco de dados disponível no Núcleo de Informação e Análise em Saúde, que contém as informações das fichas do Sistema Nacional de Agravos de Notificação.

Foram notificados 2.930 casos de sífilis congênita, demonstrando uma série histórica ascendente ano a ano. A maioria das gestantes realizou pré-natal (2.077; 70,9%), possuía de 20 a 34 (1.836; 62,7%) anos, nenhuma ou pouca escolaridade (1.623; 55,4%)

O tratamento inadequado das gestantes e a falta de tratamento dos parceiros mostraram-se como realidade no SUS-CE. A incidência de sífilis congênita é um indicador da qualidade da assistência pré-natal. Logo, ressalta a necessidade de ações voltadas para seu controle

05

Costa CC et al. 2020, Brasil.

Construção e validação de uma tecnologia educacional para prevenção da sífilis congênita.

Construir e validar a cartilha educativa intitulada “Como prevenir a transmissão da sífilis de mãe para filho? Vamos aprender!”.

Pesquisa metodológica, associada a um estudo quase experimental, conduzida de acordo com as seguintes fases: elaboração da cartilha educativa; validação de aparência e conteúdo com 22 juízes e 11 mulheres com diagnóstico de sífilis na gestação; e a avaliação dos efeitos no Conhecimento, Atitude e Prática de 41 gestantes antes e após a leitura da cartilha educativa durante.

Conclui-se que a cartilha é válida quanto aparência e conteúdo. Considerada “superior”. Quanto à validação pelo público-alvo, obteve 100% de concordância. Considerou-se sua leiturabilidade fácil ou muito fácil. Após a cartilha aumentou a porcentagem de mulheres classificadas com um conhecimento, atitude e prática adequados após a leitura da cartilha. Essa mudança na prática foi estatisticamente significativa, portanto, a leitura da cartilha educativa se mostrou efetiva para promover mudanças comportamentais.

O material construído é confiável e validado por especialistas e pelo público-alvo, como também eficaz para promover a melhoria do CAP das gestantes visando à prevenção da transmissão vertical da sífilis.

06

Almeida AS et al. 2021, Brasil.

Sífilis na gestação, fatores associados à sífilis congênita e condições do recém-nascido ao nascer.

Investigar, em gestantes com sífilis, fatores associados à ocorrência de sífilis congênita e descrever os casos dessa doença quanto à justificativa para notificação e aspectos relativos ao recém-nascido.

Estudo de coorte, com coleta de dados entre julho e setembro de 2017, incluiu 158 gestantes com sífilis na gestação, notificadas entre 2013 e 2015. As características das gestantes e recém-nascidos são apresentadas descritivamente. O desfecho em estudo foi ocorrência ou não de sífilis congênita. Variáveis de exposição sociodemográficas, relativas ao pré-natal e à adequação do tratamento da sífilis materna, foram analisadas pelo critério stepwise de seleção, e aquelas que apresentaram p<0,20, incluídas em análise ajustada, quando se adotou p crítico <0,05.

a maioria das gestantes com sífilis era branca, tinha nove ou mais anos de escolaridade e não trabalhava. Entre as participantes, 74 (46,8%) tiveram recém-nascido com sífilis congênita. De modo independente, o número de consultas pré-natais foi o único fator associado à sífilis congênita: à medida que aumentou o número de consultas, diminuiu a ocorrência (p=0,013, OR=0,87, IC95%=0,79-0,97). O não tratamento da mãe e do parceiro foram as justificativas mais frequentes para definição do caso de sífilis congênita, e 33 recém-nascidos com sífilis apresentaram intercorrência ao nascer.

considerando a associação ao número de consultas pré-natal, para redução dos casos de sífilis congênita, o município deverá qualificar o seguimento nesse período, com oferta de consultas, desenvolvimento de ações de educação em saúde, implementação de investigação diagnóstica e de tratamento adequado para gestante, e parceria quando necessário.

07

Fan SR et al. 2019, EUA.

Elimination of Mother-to-child Transmission of Syphilis: Challenge and Solution

Observar os riscos para o desenvolvimento da SC, e os desafios de sua prevenção.

Pesquisa de cunho bibliográfico que analisou a incidência de SC no mundo e na China e o atendimento prestado.

O risco de SC está relacionado principalmente a três fatores: (1) alta prevalência materna, (2) baixa cobertura de pré-natal

serviços de assistência e (3) falha do tratamento. As preparações de penicilina de ação prolongada, como a penicilina G benzatina, são as preferidas terapias para sífilis materna.

Existem vários desafios na prevenção da SC em mulheres grávidas e em seus cuidados de saúde

provedores. Esses problemas incluem a falta ou atraso do atendimento pré-natal, falhas de gestão da sífilis por parte dos profissionais de saúde, falta de informações básicas e conscientização sobre sífilis materna e SC pelo público.

08

Rowe et al. 2007, EUA.

Congenital Syphilis: A Discussion of Epidemiology, Diagnosis, Management, and Nurses' Role in Early Identification and Treatment

Discutir as tendências epidemiológicas, fisiopatologia, diagnóstico e manejo da SC; as implicações da SC sobre o bebê; bem como a importância do papel do enfermeiro na pronta identificação da SC e nas intervenções oportunas necessárias para minimizar as sequelas.

Uma pesquisa bibliográfica foi concluída usando ProQuest, CINAHL, Google Scholar e PubMed. Artigos publicados nos últimos 10 anos foram incluídos.

As tendências epidemiológicas da SC nos Estados Unidos indicam que a infecção por sífilis materna e a SC estão aumentando. Os fatores de risco incluem etnia, status socioeconômico, acesso a cuidados pré-natais e comportamentos sexuais, bem como adesão à triagem de sífilis pré-natal pelos provedores de pré-natal. Os riscos de CS para o feto em desenvolvimento começam em aproximadamente 14 semanas. O tratamento oportuno é necessário para minimizar ou eliminar a mortalidade e morbidade.

Estratégias interprofissionais baseadas em evidências, que promovem uma abordagem preventiva perinatal / neonatal colaborativa para cuidar da mulher grávida, são indicadas para reverter o aumento da incidência de SC nos Estados Unidos. Estratégias que priorizam a identificação precoce e o tratamento de neonatos de risco são necessárias para reduzir / eliminar as devastadoras consequências de longo prazo da SC sobre essa população vulnerável.

09

Chan et al. 2021, EUA

A qualitative assessment of structural barriers to prenatal care and congenital syphilis prevention in Kern County, California.

O objetivo deste estudo foi avaliar as barreiras estruturais para o acesso e utilização do cuidado pré-natal e prevenção da sífilis congênita no condado de Kern, CA.

As transcrições de 8 entrevistas em profundidade com prestadores de cuidados pré-natais e 5 discussões de grupos focais com 42 grávidas e puérperas foram examinadas por meio de análise temática.

As barreiras estruturais enfrentadas por grávidas e puérperas ao acesso e utilização dos cuidados pré-natais incluíam (1) o fardo da pobreza; (2) estigma em torno do uso de substâncias na gravidez; (3) status de cidadania; (4) falta de cobertura de saúde; (5) baixo nível de alfabetização em saúde sexual; e (6) desigualdade de gênero As barreiras estruturais experimentadas pelos prestadores de cuidados pré-natais na prevenção da sífilis congênita incluíram (1) orientação limitada sobre o manejo clínico da sífilis na gravidez; (2) deterioração da infraestrutura de saúde pública; e (3) suporte inadequado para o gerenciamento de comorbidades sociais dos pacientes.

A resposta à prevenção da sífilis congênita exigirá um exame do contexto complexo dos determinantes sociais da saúde em que vivem as pessoas com diagnóstico de sífilis. e desigualdade de gênero as barreiras estruturais experimentadas pelos prestadores de cuidados pré-natais na prevenção da sífilis congênita incluíram (1) orientação limitada sobre o manejo clínico da sífilis na gravidez; (2) deterioração da infraestrutura de saúde pública; e (3) suporte inadequado para o manejo das comorbidades sociais dos pacientes. A resposta à prevenção da sífilis congênita exigirá um exame do contexto complexo dos determinantes sociais da saúde em que vivem as pessoas com diagnóstico de sífilis. e (6) desigualdade de gênero as barreiras estruturais experimentadas pelos prestadores de cuidados pré-natais na prevenção da sífilis congênita incluíram (1) orientação limitada sobre o manejo clínico da sífilis na gravidez; (2) deterioração da infraestrutura de saúde pública; e (3) suporte inadequado para o manejo das comorbidades sociais dos pacientes. A resposta à prevenção da sífilis congênita exigirá um exame do contexto complexo dos determinantes sociais da saúde em que vivem as pessoas com diagnóstico de sífilis.

10

Chen et al. 2017, China.

The current status of syphilis prevention and control in Jiangsu province, China: A cross-sectional study

Analisar os dados da avaliação intermediária do Plano Nacional de Prevenção e Controle da Sífilis (2010-2020) e avaliar a situação atual da prevenção e controle da sífilis na província de Jiangsu, China.

Coleta de dados por meio de (1) pesquisas de campo realizadas em 2015 e (2) dados registrados nos sistemas de vigilância da sífilis existentes. Realizamos uma análise estatística descritiva para avaliar o panorama atual das iniciativas de controle da sífilis e seu efeito potencial no controle da sífilis.

A incidência de todos os casos de sífilis diminuiu de 2010 (32,3 por 100.000) para 2015 (30,1 por 100.000), com um crescimento anual de -1,17% (tendência x 2= -7,52, P <0,001) na província de Jiangsu. A incidência de sífilis primária e secundária e sífilis congênita diminuíram significativamente de 2010 a 2015.

A taxa de incidência de sífilis em Jiangsu diminuiu nos últimos anos, mas permanece em um nível alto. É essencial promover os serviços PISTC para melhorar o conhecimento sobre a sífilis e as taxas de testes e tratamento na província de Jiangsu.

11

Liu Z. et al. China, 2018.

Evaluating the progress to eliminate mother-to-child transmission (MTCT) of syphilis in Hunan Province, China: A study based on a health service delivery model.

Avaliar o progresso em direção à eliminação da transmissão vertical da sífilis na província de Hunan de 2011–2016.

As estimativas de resultados adversos da gravidez relacionados à sífilis (APOs) foram baseadas no modelo de prestação de serviços de saúde desenvolvido pela OMS, que foram então traduzidos em anos de vida ajustados por incapacidade (DALYs). Os valores padrão do modelo foram substituídos por uma versão chinesa. O progresso desse programa foi avaliado por meio da redução de DALYs estimados com e sem serviços de triagem e tratamento.

de Hunan de 2011 a 2016 foi de 3.840, mais de 70% dos quais ocorreram entre mulheres que fizeram pelo menos uma consulta pré-natal, mas não foram rastreadas ou tratadas para sífilis durante a gravidez. A carga de saúde pública resultante de APOs relacionados à sífilis materna foi de 192.528 DALYs ao longo de seis anos, e com a triagem atual e cobertura de tratamento, aproximadamente 163.794 DALYs esperados (46%) foram evitados.

Estimativas indicam que na província de Hunan, a sífilis na gravidez continua a ser uma causa importante de APOs, o que pode levar a morbidade e mortalidade perinatal substanciais. Aproximadamente metade da carga de saúde pública esperada resultante das APOs relacionadas à sífilis foi evitada pelos atuais serviços de triagem e tratamento, o que sugere progresso em direção à eliminação da transmissão vertical da sífilis na província de Hunan

12

Shah S. et al. EUA, 2021

Estimation of benzathine penicillin G demand for congenital syphilis elimination with adoption of dual HIV/syphilis rapid diagnostic tests in eleven high burden countries

A OMS recomenda o uso de testes duplos rápidos de HIV / sífilis para triagem de mulheres grávidas (PW) durante o atendimento pré-natal para prevenir a transmissão de mãe para filho. A ampliação dos testes implica a necessidade de prever e adquirir penicilina benzatina (BPG) com precisão para tratar o PW identificado adicionalmente com sífilis.

cobertura de ANC informada pelo país, a triagem de sífilis PW e os valores de cobertura de tratamento em 2019 foram escalonados linearmente para as metas de EMTCT até 2030 (inclinação crescente constante de números de 2019 para 95% em 2030) para 11 países em foco. A cobertura de triagem pré-natal para sífilis foi substituída pela cobertura de triagem de HIV para estimar a contribuição potencial dos testes duplos rápidos de HIV / sífilis na identificação de PW adicionais com sífilis. A demanda de BPG foi calculada para 2019–2030 em conformidade.

A demanda estimada de BPG (em 2,4 milhões de frascos de unidade) usando a prevalência de sífilis materna atual e a cobertura de tratamento aumentará de uma linha de base de 414.459 doses em 2019 para 683.067 doses (+ 65%) em 2021, assumindo a substituição imediata de kits de teste de HIV individuais por rápido testes duplos de HIV / sífilis para esses 11 países. A expansão contínua da cobertura de triagem e tratamento da sífilis para alcançar a cobertura de eliminação de 95% resultará em um aumento de demanda estimado de 160% (663.969 doses) a partir da linha de base de 2019 para uma demanda total de 1.078.428 doses de BPG até 2030.

A demanda por BPG aumentará após a adoção de kits de teste duplo rápido para HIV / sífilis devido ao aumento do diagnóstico materno de sífilis. Para eliminar a sífilis congênita, os programas clínicos MNCH precisarão sincronizar-se com os programas de vigilância de doenças para prever com precisão a demanda de BPG com aumento da triagem pré-natal para sífilis para garantir que o tratamento adequado esteja disponível para mulheres grávidas com diagnóstico de sífilis.

13

Brandenburger D. Ambrosino E. EUA, 2021.

The impact of antenatal syphilis point of care testing on pregnancy outcomes: A systematic review

O objetivo desta revisão foi fornecer clareza sobre os benefícios de diferentes testes de diagnóstico de sífilis, avaliar se a implementação dos testes para sífilis está associada a um número reduzido de resultados adversos na gravidez relacionados à sífilis.

Seguindo as diretrizes do PRISMA, três bancos de dados eletrônicos (PubMed, Medline (Ovid), Cochrane) foram sistematicamente pesquisados ​​para estudos de intervenção e análises de custo-efetividade investigando a associação entre sífilis pré-natal POCT e resultados de gravidez, como sífilis congênita, baixo peso ao nascer, prematuridade, aborto espontâneo, natimorto, bem como morte perinatal, fetal ou infantil.

Nove dos 278 artigos inicialmente identificados foram incluídos, consistindo em dois estudos clínicos e sete estudos de modelagem. Estudos compararam o efeito sobre os resultados da gravidez de teste treponêmico, POCT não treponêmico e POCT duplo com triagem laboratorial e nenhum programa de triagem. Com base nos estudos clínicos, foram relatadas taxas de teste e tratamento significativamente mais altas, bem como uma redução significativa (93%) nos resultados adversos da gravidez para POCT treponêmico em comparação com a triagem laboratorial. Em comparação com a ausência de triagem e triagem laboratorial, os estudos de modelagem presumiram taxas de tratamento mais altas para POCT e previram os resultados adversos da gravidez mais evitados para POCT treponêmico, seguidos por uma estratégia POCT treponêmica dupla e não treponêmica.

A implementação de POCT treponêmico em ambientes de poucos recursos aumenta as taxas de teste e tratamento de sífilis e evita a maioria dos resultados adversos da gravidez relacionados à sífilis em comparação com nenhum rastreio, rastreio laboratorial, POCT não treponémico e POCT duplo. Em relação aos benefícios do POCT duplo, mais pesquisas são necessárias. No geral, esta revisão fornece evidências sobre a contribuição do POCT treponêmico para gestações mais saudáveis ​​e contribui com maior clareza sobre o impacto dos diversos métodos diagnósticos disponíveis para a detecção da sífilis.

14

Korenromp EL. Et al. 2019, Índia.

Global burden of maternal and congenital syphilis and associated adverse birth outcomes—Estimates for 2016 and progress since 2012.

gerar estimativas regionais e globais de sífilis materna e congênita para 2016 e atualizar as estimativas de 2012.

As estimativas de sífilis materna foram geradas usando o modelo Spectrum-STI, ajustado para pesquisas sentinela e testes de rotina de mulheres grávidas durante o atendimento pré-natal (ANC) e outros dados populacionais representativos. As estimativas globais e regionais de SC usaram a mesma abordagem das estimativas anteriores da OMS

A prevalência global estimada de sífilis materna em 2016 foi de 0,69% (intervalo de confiança de 95%: 0,57-0,81%), resultando em uma taxa global de CS de 473 (385-561) por 100.000 nascidos vivos e 661.000 (538.000-784.000) casos totais de CS, incluindo 355.000 (290.000–419.000) resultados adversos de nascimento (ABO) e 306.000 (249.000–363.000) casos não clínicos de SC (bebês sem sinais clínicos nascidos de mães não tratadas). Os ABOs incluíram 143.000 mortes fetais precoces e natimortos, 61.000 mortes neonatais, 41.000 nascimentos prematuros ou com baixo peso ao nascer e 109.000 bebês com SC clínica. Destes ABOs– 203.000 (57%) ocorreram em mulheres grávidas atendidas em CPN, mas não rastreadas para sífilis; 74.000 (21%) em mães não inscritas no CPN, 55.000 (16%) em mães rastreadas, mas não tratadas, e 23.000 (6%) em mães inscritas, rastreadas e tratadas. As estimativas revisadas de 2012 foram 0. 70% (IC 95%: 0,63–0,77%) prevalência materna e 748.000 casos de SC (539 por 100.000 nascidos vivos) incluindo 397.000 (361.000–432.000) ABOs. A redução estimada nas taxas de casos de SC entre 2012 e 2016 refletiu o aumento do acesso a CPN e ao rastreamento e tratamento da sífilis.

A sífilis congênita diminuiu em todo o mundo entre 2012 e 2016, embora a prevalência materna tenha permanecido estável. Alcançar a eliminação global da SC, no entanto, exigirá a melhoria do acesso ao rastreamento e tratamento precoce da sífilis em CPN, monitorando clinicamente todas as mulheres diagnosticadas com sífilis e seus bebês, melhorando o manejo do parceiro e reduzindo a prevalência da sífilis na população em geral, expandindo os testes, tratamento e parceiros encaminhamento para além do ANC.

15

Cambou MC. Et al. 2021, EUA.

Maternal HIV and syphilis are not syndemic in Brazil: Hot spot analysis of the two epidemics

Distinguindo a epidemia de sífilis e HIV, o estudo avalia como as epidemias evoluíram ao longo do período

Os dados foram fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), sistema nacional de notificação de doenças de notificação compulsória do Ministério da Saúde, para todas as gestantes com HIV ou sífilis detectadas entre 1º de janeiro de 2010 e 31 de dezembro de 2018. o software ArcGIS foi usado para gerar mapas espaço-temporais de taxas anuais de detecção de HIV e sífilis materna em 2010 e 2018.

De 2010 a 2018, ocorreram 66.631 casos de HIV materno, 225.451 casos de sífilis materna e 150.414 casos de sífilis congênita no Brasil. O estado do Rio Grande do Sul teve a maior taxa de detecção de HIV materno em 2010 e 2018. Pontos quentes de HIV materno foram identificados nos três estados mais ao sul em 2010 e 2018 (99% de confiança, escore z> 2,58, p <0,01). Enquanto a incidência de sífilis> 30 por 1.000 nascidos vivos em 2018 em quatro estados, apenas os dois estados costeiros do Rio de Janeiro e do Espírito Santo no sudeste do Brasil foram pontos críticos significativos (90% de confiança, z-score 1,65-1,95, p <0,10)

Ao contrário do que se pensa, as epidemias de HIV e sífilis no Brasil não são sindêmicas em mulheres grávidas. Existe um aglomerado espacial de HIV materno no Sul, enquanto a sífilis está aumentando em todo o país, mais recentemente no litoral. Concentrar-se nos focos de HIV materno nos estados do sul é insuficiente para reduzir as epidemias de sífilis materna e congênita em todo o país. Novas estratégias, incluindo a análise contínua de pontos quentes, são urgentemente necessárias para monitorar, identificar e tratar a sífilis materna.

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