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TEXTO: ANTROPOLOGIA E ALIMENTAÇÃO

Por:   •  16/3/2017  •  Dissertação  •  941 Palavras (4 Páginas)  •  670 Visualizações

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ANTROPOLOGIA DA SAÚDE

TEXTO:  ANTROPOLOGIA E ALIMENTAÇÃO

Autora: Ana Canesqui

Os objetivos dos estudos antológicos relacionados a alimentação iniciaram-se por volta da década de 50 com o objetivo de focalizar elementos culturais e ideológicos que presidem as práticas de consumo alimentar.

Com os estudos realizados ao longo dos anos, os antropólogos puderam observar não só os hábitos, mas também as mudanças que ocorreram nos hábitos alimentares de grande parte da população.

Com os resultados dos estudos foi possível observar como antigamente as mulheres exerciam um papel fundamental na alimentação da família, já que era ela quem cuidava não só do preparo, como também da higienização do alimento.

Naquela época existiam muitos tabus, padrões culturais, crenças religiosas, baixa renda, localização geográfica, relacionados ao consumo alimentar, que interferiam na alimentação da população brasileira, embora alguns desses fatores que mesmo que tenham sido reduzidos, ainda existem até os dias de hoje.

Os antropólogos, nos estudos da comunidade, enfocaram os aspectos de vida social e cultural. Assim, a dimensão cultural expressava-se nas práticas, crenças e tabus associados á produção alimentar.

Abordagem de Mello e Souza refere-se aos meios de vuda e aspectos da mudança cultural que se impõem as sociedades tradicionais, graças ao desenvolvimento capitalista urbano-industrial.

Pesquisas na área das ciências sociais e nutrição que destaca a preocupação dos cientistas sociais com a deterioração das condições de vida e saúde das camadas trabalhadoras.

Gilberto Velho aborda a importância da relação natureza/sociedade para explicar os hábitos alimentares. Mostra os hábitos dos diferentes grupos sociais que não se encontram diante da mesma natureza.

Klaas Woortmann (1978) considera que as classificações alimentares (quente/frio, forte/fraco, reimoso/descarregado) presidem as prescrições, proibições e hábitos alimentares. A relação percebida entre o alimento e o organismo constitui-se para o autor, uma oposição subjacente genérica entre natureza e cultura, inscrita num modelo "etno-científico tradicional".

A pesquisa de Carlos Henrique Brandão (1981) mostra a ideologia alimentar, por sua vez, é entendida como parte do conhecimento social da população. Comporta representações das crenças e dos padrões sociais de uso e das restrições alimentares. A comparação entre o "tempo antigo" e os "dias de hoje" serve para explicar as relações de trocas sociais entre si e com a natureza da região na produção alimentar.

Outra abordagem: As pesquisas mostram a família trabalhadora enquanto lócus da organização do consumo, enfocando-a primeiramente enquanto unidade de rendimentos. A gerência e o controle da alimentação do grupo familiar são atribuições femininas.

Segundo a abordagem dimensionada no artigo, que se concentrou apenas nos principais componentes da literatura no que concerne à experiência antropológica acerca da alimentação. Não se atendo a uma visão estendida sobre todos os elementos científicos que consistem à literatura em relação ao tema, mas sim os pontos fundamentais. Dentro deste contexto, a visão do autor se fundamenta a partir de uma visão principalmente das relações estabelecidas entre os trabalhadores urbanos e os trabalhadores rurais no Brasil. Aliando, dentro dessa perspectiva os quesitos relacionados às condições financeiras, sociais, de gênero, e também pontuando os elementos que se estabelecem principalmente em relação às prescrições, e as proibições (tabus) alimentares que estão calcados os hábitos alimentares de tais populações.
Ainda, sobre o tema, a autora frisa a ideia de conter o véu de ignorância e etnocentrismo que se alça sobre os hábitos alimentares. Buscando entender a coerência desses elementos, dentro de uma própria lógica interna presente em cada cultura. Visto que os hábitos alimentares no Brasil preenchem, notadamente, um caráter de variabilidade.

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