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Trabalho Relações Psicossociais

Por:   •  1/6/2015  •  Resenha  •  1.491 Palavras (6 Páginas)  •  259 Visualizações

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Trabalho de Regime Domiciliar (RED) de Relações Psicossociais

Ministrado pela professora Maria Do Carmo

Discente: Monika Regina Malavez Barros Luz

RA: 21330636    Enfermagem noturno 5º semestre

Relações Psicossociais

Resumo dos textos sobre “Cultura e Etnicidade”

De Laraia, Timby e Wilkinson

Laraia esclarece que a cultura condiciona a visão de mundo do homem ao passo que o modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são produto de herança cultural. O resultado dessa operação de uma determinada cultura sobre o comportamento pode refletir até mesmo no exercício de atividades consideradas parte da fisiologia humana. Um exemplo disso é o riso. Todos riem, mas o fazem de maneira diversa. Além disso, dentro de uma cultura a utilização do corpo pode ser ainda diferenciada em função do sexo. Essas diferenças culturais existentes podem fazer com que o homem veja o mundo através unicamente da sua cultura, o que tem como consequência considerar seu modo de vida o mais correto e natural. A essa tendência dá-se o nome de etnocentrismo que em forma extrema gera racismo e intolerância, mas não é apenas entre sociedades diferentes em que ocorre essa dicotomia. Dentro de uma mesma sociedade, existe a distinção de parentes e não parentes. Sendo que os primeiros são tidos como melhores e recebem em geral tratamento diferenciado. A cultura também interfere no plano biológico condicionando aspectos ou até mesmo decidindo sobre a vida e morte dos membros do sistema. As chamadas doenças psicossomáticas são fortemente influenciadas pelos padrões culturais. Exemplo disso é o mal estrar provocado pela ingestão combinada de alimentos (manga com leite). Se por um lado crenças podem "adoecer" o indivíduo, também são capazes de causar curas quando existe a fé do doente na eficácia do remédio ou no poder de agente culturais.  Embora todos os indivíduos estejam inseridos em uma cultura, a participação do mesmo dentro de sua cultura é sempre limitada pois nenhuma pessoa é capaz de participar de todos os elementos de sua cultura. Apesar disso é importante que exista um mínimo de participação do indivíduo na pauta de conhecimento da cultura a fim de permitir a sua articulação aos demais membros da sociedade. Isso decorre da necessidade que todos têm de saber agir em determinadas situações, bem como prever o comportamento de seus pares. Outro aspecto relevante é o de que a cultura tem uma lógica própria, sendo assim, portanto, a coerência de um hábito cultural somente pode ser analisada a partir do sistema que pertence. Nesse sentido, as explicações de comportamentos sempre são verdadeiras desde que dentro de um contexto. Diz-se contexto como sendo a situação espaço - temporal a qual tem-se como referência. Sobre a última, é importante salientar que hábitos podem ser modificados com o tempo a partir de questionamentos. Sendo assim, a cultura pode ser dita dinâmica mesmo em sociedades simples e "estáticas" à primeira vista.  Tais mudanças podem ocorrer de dois tipos: 1) interna, resultante da dinâmica do próprio sistema cultural; 2) externa, resultante do contato de um sistema cultural com outro. O segundo tipo é o mais atuante nas sociedades e por isso o mais estudado. Independentemente do tipo, qualquer tipo de mudança tem como pano de fundo o desenlace de conflitos, sendo, portanto, importante o entendimento dessa dinâmica para atenuar possível choques.

Segundo Timby. A comunicação é um importante aspecto para se estabelecer o cuidado de enfermagem que vislumbra uma assistência de qualidade. Dessa forma a comunicação colabora para a promoção do cuidado emocional. Objetivamos com este estudo refletir sobre as interfaces do cuidado emocional ao cliente hospitalizado, vislumbrando a melhoria da qualidade da assistência de enfermagem. Esta reflexão originou-se das inquietações suscitadas pelo nosso cotidiano do trabalho e consultas à literatura vigente quanto às necessidades emocionais do cliente hospitalizado. Para prestarmos o cuidado emocional é necessário sermos bons ouvintes, expressar um olhar atencioso e tocar os nossos clientes, confortando e recuperando sua auto-estima. A partir de nossas reflexões consideramos que o cuidado emocional do cliente hospitalizado se faz de suma importância para a melhoria da qualidade de vida, não só do cliente, mas de sua família. Nessa realidade o enfermeiro deve buscar conhecimentos e processo instrucional para encontrar uma maneira de ação que torne, o cuidado de enfermagem mais humano. Pois, como agente de mudança, o enfermeiro de amanhã será diferente do de hoje, e o de hoje é diferente do de anos passados. Os novos horizontes da enfermagem exigem da profissional responsabilidade de elaboração de um cuidado holístico, devendo estar motivado para acompanhar os conhecimentos e para aplicá-los. Na perspectiva do cliente que necessita de internação hospitalar esse processo é permeado pelo medo do desconhecido, como a utilização de recursos tecnológicos, muitas vezes invasivos, linguagem técnica e rebuscada, pela apreensão de estar em um ambiente estranho, e ainda pela preocupação com sua integridade física, em decorrência do processo patológico, motivo de sua internação hospitalar. Assim, ao considerarmos o enfermeiro o profissional que permanece mais tempo ao lado do cliente, este deve ser o facilitador na promoção do bem-estar bio-psico-sócio-espiritual e emocional do cliente, conduzindo-o às melhores formas de enfrentamento do processo de hospitalização. Consideramos relevante realizar uma reflexão sobre as interfaces do cuidado emocional ao cliente hospitalizado de forma a contribuir para a melhoria da qualidade da assistência de enfermagem, sob o prisma do processo de comunicação. É importante salientar, que a reflexão aqui esboçada não permite a inferência de proposições gerais.  Ela visa, no entanto, atrair a atenção para a questão acerca da assistência de enfermagem e as necessidades emocionais do cliente hospitalizado. O termo comunicar provêm do latim communicare que significa colocar em comum. A partir da etimologia da palavra entendemos que comunicação é o intercâmbio compreensivo de significação por meio de símbolos, havendo reciprocidade na interpretação da mensagem verbal ou não-verbal. FREIRE (1988, p. 65) afirma que “o mundo social e humano, não existiria como tal, se não fosse um mundo de comunicabilidade, fora do qual é impossível dar-se o conhecimento humano. A intersubjetividade ou a intercomunicação é a característica primordial deste mundo cultural e histórico”. Partimos da premissa de que a comunicação é um dos mais importantes aspectos do cuidado de enfermagem que vislumbra uma melhor assistência ao cliente e à sua família que estão vivenciando ansiedade e estresse decorrentes do processo de hospitalização, especialmente em caso de longos períodos de internação ou quando se trata de quadros de doença terminal. Portanto, a comunicação é algo essencial para se estabelecer uma relação entre profissional, cliente e família. Tratando-se do relacionamento enfermeiro-cliente, o processo de comunicação precisa ser eficiente para viabilizar uma assistência humanística e personalizada de acordo com suas necessidades. Portanto, o processo de interação com o cliente se caracteriza não só por uma relação de poder em que este é submetido aos cuidados do enfermeiro, mas, também por atitudes de sensibilidade, aceitação e empatia entre ambos. O objeto de trabalho da enfermagem é o cuidado. Cuidado esse que deve ser prestado de forma humana e holística, e sob a luz de uma abordagem integrada, não poderíamos excluir o cuidado emocional aos nossos clientes, quando vislumbramos uma assistência de qualidade. Ao cuidarmos de alguém, utilizamos todos os nossos sentidos para desenvolvermos uma visão global do processo observando sistematicamente o ambiente e os clientes com o intuito de promover a melhor e mais segura assistência. No entanto, ao nos depararmos com as rotinas e procedimentos técnicos deixamos de perceber importantes necessidades dos clientes (sentimentos, anseios, dúvidas) e prestar um cuidado mais abrangente e personalizado que inclua o cuidado emocional. A partir de nossas reflexões consideramos que o cuidado emocional ao cliente hospitalizado se faz de suma importância para a melhoria da qualidade de vida, não só do cliente, mas de sua família. Enfatizamos a importância da visita de enfermagem com uma abordagem sistematizada visando um atendimento holístico como uma oportunidade de promover o cuidado emocional. Essa sistematização do cuidado deve estar registrada, de forma a proporcionar uma comunicação efetiva entre os membros da equipe de saúde e a avaliação da eficácia do cuidado prestado ao cliente, contribuindo para um melhor nível assistencial. Devemos enxergar o cliente hospitalizado como um ser complexo que possui necessidades no âmbito bio-psico-sócio-espiritual e emocional o qual se encontra fragilizado pela doença. Porém, essa pessoa ainda mantém a sua individualidade, e na maioria das vezes é capaz de decidir e/ou opinar sobre o cuidado a ser prestado. E os enfermeiros devem estar sensibilizados para perceber essa individualidade e as necessidades de cada um, facilitando assim seu processo de recuperação, diminuindo o tempo da internação e consequentemente os índices de infecção hospitalar. Nessa perspectiva esperamos que esta reflexão seja mais um passo para a realização de muitas outras, além de estudos mais detalhados que contemplem o cuidado emocional em enfermagem aos diferentes tipos de clientes, contribuindo assim para a melhoria da qualidade da assistência de enfermagem.

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