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Uso medicinal da canabis

Por:   •  11/5/2015  •  Artigo  •  2.120 Palavras (9 Páginas)  •  352 Visualizações

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USO MEDICINAL DA MACONHA: ASPECTOS RELEVANTES ACERCA DESSA POLÊMICA

Rone Everttom Fernandes Souza1; Lucas Cardoso Silva1; Pedro Nelson Guedes1 Cardoso; Rosenarte Gonçalves Santos1;  José de Souza Abreu Júnior2 .

1Acadêmicos do Curso de Enfermagem e Biomedicina da Faculdade Guanambi;

2Docente da Faculdade Guanambi;

Resumo

O uso terapêutico da Cannabis como auxílio ao tratamento de várias enfermidades, está cada dia mais presente nos diversos segmentos sociais, em especial na comunidade científica. Já é comprovado sua eficácia no tratamento de certas patologias, principalmente as que o indivíduo se encontra em estágios crônicos da doença. Porém a função medicinal da maconha, se esbarra em opiniões formadas acerca do seu uso indiscriminado, devido às suas consequências psicossociais.

Palavras-chave: Cannabis; terapêutico; maconha; doença.

Introdução

A Cannabis, princípio ativo da maconha, é a terceira droga ilícita mais consumida no mundo ficando atrás do álcool e do tabaco. Em uma estimativa, é possível afirmar que entre 2,8% a 4,5% da população mundial (125 – 203 milhões de pessoas) com idade entre 15 e 64 anos  já consumiram Cannabis pelo menos uma vez ao ano de 2011 (UNODC, 2013). Em uma viagem rápida pela história das drogas, alguns fatos aconteceram sem maiores alardes. No ano de 1876, algumas senhoras da “alta sociedade” faziam uso recreativo de haxixe. Em 1885, a cocaína era indicada para uso terapêutico no combate a dor de dente de crianças.

Apesar de o homem conhecer a Cannabis há muito tempo, somente nas ultimas décadas foram realizados estudos e experimentos mais sólidos em relação ao seu uso terapêutico. O principio ativo da maconha vai agir principalmente na inibição de dores neuropáticas, já que esse tipo de dor não é sanada com analgésicos que são disponibilizados no mercado. Também pode ser utilizada para amenizar vômitos e náuseas induzidos no tratamento de quimioterapia, na AIDS (que provoca a caquexia, que é um distúrbio onde o indivíduo fica com um enfraquecimento extremo), além de ser eficiente no tratamento da esclerose múltipla e o glaucoma.

 Porém, sua liberação ainda depende de trâmites legais e também da aceitação da sociedade, uma vez que a maconha é uma droga ilícita causadora de vários transtornos sociais. Em alguns países do mundo, a Cannabis já é utilizada sem problemas para auxiliar no tratamento de doenças. Porém em tantos outros, inclusive no Brasil, seu uso ainda é visto com maus olhos pela grande parte da população, mesmo ante estudos que comprovam seu efeito benéfico na  terapêutica.

Entende-se que há um desafio muito grande em abordar no campo acadêmico, sobre “Legalização da maconha no Brasil”. De fato é muito interessante e polemico diante da visão da comunidade cientifica que, apresenta uma hierarquia maior sobre os demais segmentos sociais, os quais tem também sua opinião formada sobre o tema, pois durante décadas convivem diretamente ou indiretamente com os fatos e consequência sociais, econômicas, psicológicas dramáticas a todos os envolvidos, gerando assim na epidemiologia, dados estatísticos alarmantes na saúde pública do nosso país. Afinal, deve-se  confiar ante tantos interesses envolvidos, nas pesquisas que às vezes são patrocinadas pelas fortes concorrentes industrias farmacêuticas, que querem ver os seus fármacos já disponíveis no mercado, onde hoje ela movimenta um negócio de US$ 140 bilhões/ano e, se legalizada, dobrará o mercado consumidor.

Cabe aos profissionais de saúde e cientistas, um aprofundamento mais eficaz nos estudos que são direcionados ao uso da maconha como forma de tratamento médico, já que seu potencial para agir beneficamente no organismo humano é mais que comprovado.

Esse artigo se mostra relevante não só para os idealizadores, mas para toda  comunidade acadêmica pois oportuniza conhecimentos mais específicos acerca desse assunto, onde também é abordado de forma democrática, as opiniões dos diversos segmentos desde aqueles com fundamentações teóricas, até os julgamentos mais comuns.

Material e métodos

Esta produção constitui-se  de uma revisão bibliográfica específica, que foi realizada no período de Março a Abril do ano de 2015, no qual realizou-se uma consulta a artigos, disponíveis online, selecionados através  de busca no banco de dados do Scielo, Bireme, Capes, Lilacs e Medline.

A pesquisa realizada nos bancos de dados supracitados,  foi efetivada fazendo uso das terminologias cadastradas nos DECS (Descritores em Ciências da  Saúde), que permite a utilização da terminologia afim em português e Inglês. Foram ultilizadas as seguintes palavras chaves para realização da pesquisa: Cannabis, maconha, terapêutico e doença.

Os critérios usados para inclusão dos artigos avaliados foram a efetividade do uso de Cannabis no auxílio ao tratamento de diversas patologias; Qual a reação do organismo ao tratamento com Cannabis; as diversas opiniões de todos os segmentos da sociedade acerca dessa polêmica. Foram excluídos artigos que  não abordavam o uso terapêutico da maconha e suas consequências, assim como, produções que fossem tendenciosas que poderiam influenciar os autores.

Por conseguinte, buscou-se estudar e compreender os efeitos que a Cannabis faz no organismo, assim como sua eficácia no auxílio ao tratamento de patologias. Também foi analisado as opiniões da comunidade científica e da sociedade, acerca desse assunto.

Referencial teórico

“A primeira lembrança do estabelecimento do Linho Canamo ao sul do Brazil foi do Augusto Avô, e Bisavô de VOSSA ALTEZA REAL, que mandou passar para aquele continente cultivadores que lhe dessem princípio mas não se conseguia fruto algum de hum estabelecimento de primeira necessidade para a Marinha Portugueza pelo desleixo dos Generaes que o governaram; o que sendo constante ao Excellentíssimo Luis de Vasconcellos e Sousa nos dias de seu governo promoveu o seu reestabelecimento com tanto ardor e.energia quanto era o conhecimento que tinha da grandeza do bem que resultaria a huma Nação navegadora e ao seu Supremo Imperante.” (VELLOSO, 1799:intro)

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