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A AÇÃO CICATRIZANTE DA NANOPARTÍCULA DE PRATA COM NORBIXINA EM QUEIMADURAS

Por:   •  9/12/2021  •  Resenha  •  2.387 Palavras (10 Páginas)  •  168 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA

YASMIN PAIXÃO ROCHA

AÇÃO CICATRIZANTE DA NANOPARTÍCULA DE PRATA COM NORBIXINA EM QUEIMADURAS

VITÓRIA - ES

2021

O elemento a ser analisado foi a Prata (Ag), buscou-se no portal de periódicos Capes e encontrou-se o artigo com título: “Ação cicatrizante da nanopartícula de prata com norbixina em queimaduras”

  1. Procedimento:

Inicialmente 0,1 gramas de Norbixina foram adicionadas a 200 ml de uma solução contendo 50 ml de álcool isopropílico em 150 ml de água. A mistura resultante foi deixada por 15 minutos num sistema de dissolução ultrassônico e em seguida filtrada. Ao líquido filtrado resultante foi adicionado água até completar 1000 ml de solução. Em seguida foi obtido o espectro eletrônico da solução de Norbixina por espec-troscopia infravermelho e UV-vis.

Preparação de Nanopartículas de Prata

Estabilizadas em Norbixina para o preparo da solução de nanoprata, 25 ml de uma solução de nitrato de prata, (1,0 x 10-3 mol/L) foi adicionado gota a gota a 75 ml de uma solução de borohidreto de sódio, (2,0 x 10-3 mol/L) mantida sob agitação mecânica a uma temperatura de -5,0 ºC. Obteve-se uma solução padrão de cor amarela. Em seguida esta solução foi adicionada a 37,5 ml de  solução  de Norbixina   preparada   previamente,   resultando numa  mistura  classificada  de  nanoprata/norbixina, da qual foi obtido o espectro eletrônico por espectroscopia  infravermelho  e  UV-vis.  Antes do início dos experimentos, toda a vidraria utilizada foi devidamente lavada com a solução de potassa alcoólica,  solução  piranha  e  água  destilada. Segundo a reação abaixo, a concentração final das nanopartículas  de  prata  obtida  neste trabalho é igual a 1,8 x 10-4 mol/L.

[pic 1]

Para a obtenção  do  gel  teste  utilizou-se  a solução    de    nanoprata/norbixina    preparada previamente  e  adicionou-a  em  base  gelificada carbopol.  E a sulfadiazina de prata, um medicamento já bastante utilizado em queimaduras, foi obtida seguindo o procedimento padrão para manipulação deste produto.

  1. Procedimento Experimental

Como amostra do experimento   foram utilizados   30   camundongos   da   espécie Mus musculus com peso médio de 30g, provenientes do Biotério da Universidade Estadual do Piauí- UESPI, seguindo o Protocolo nº 079/14 (CEUA). Os animais foram divididos em 3 grupos: G1  (grupo  teste),  tratado com  gel  de  nanoprata/norbixina;  G2  (controle positivo)  tratado  com  sulfadiazina  de  prata  e G3  (controle  negativo)  sem  tratamento.  Cada grupo foi dividido em dois subgrupos de 5 animais, correspondendo à eutanásia a 7 dias e 14 dias, após o início do tratamento. Foi utilizada anestesia dissociativa de xilazina e quetamina, administrando-se para cada camundongo 0,03 ml por via intramuscular, seguido de indução de queimadura com proveta contendo água quente. Em seguida aplicou-se o gel de nanoprata/norbixina ao G1 e sulfadiazina de prata ao G2.  Ao final da aplicação, todos os animais foram levados ao Biotério. A cada 3 dias o G1 e o G2 receberam aplicações tópicas do gel de NPAg associada à norbixina e sulfadiazina de prata, respectivamente. No 7º dia Pós-Operatório, 5 animais de cada grupo foram submetidos à eutanásia por dose letal de anestésico. Em seguida, as amostras do tecido lesionado foram retiradas e fixadas em solução de formalina a 10%. Este mesmo procedimento foi realizado para a eutanásia dos animais do 14º dia.

  1. Análises:

Morfométrica

Foi feito o registro fotográfico digital das queimaduras dos animais. Este registro foi  feito  no  pós-operatório  e  nos dias da eutanásia (7 e 14 dias). As   imagens   passaram pelo software Image J® para cálculo da área da ferida de cada animal.  Em  seguida,  foi  calculado,  usando o programa  Excel®,  o  índice  de contração  das  feridas  para  cada  grupo  de  animais de acordo com a fórmula: 100 x (Ai – Af)/Ai=  M  ±  DP,  onde Ai =  área  inicial  da  ferida; Af=área da ferida no dia da coleta para biópsia. Os resultados obtidos foram expressos como médias ± desvios-padrão (M ± SD). Os dados coletados foram submetidos ao tratamento   estatístico   utilizando   o   software GrandPadPrism, onde realizou-se a análise  de variância (ANOVA) seguida pelo teste de Tukey. Esse teste apresentou intervalo de confiança de 95% (p<0,05).

Microscópica

Retirou-se de cada animal, após a eutanásia, a peça tecidual contendo o processo cicatricial de queimadura e transferiu-a para recipientes onde foi  fixada  com  Formol.  Em seguida, as peças já identificadas passaram pelo processo laboratorial de rotina para inclusão em parafina. Após a obtenção dos blocos, foi realizada a construção das lâminas que foram submetidas posteriormente à coloração com hematoxilina-eosina. Por fim, as lâminas coradas resultantes passaram pelo estudo histomorfológico sob microscopia de luz, onde foram observados os critérios de:  infiltrado inflamatório, formação de tecido de granulação, deposição de fibras colágenas (fibrose) e reepitelização do tecido lesado.

Espectrofotométrica em Infravermelho e Ultravioleta Visível (UV-Vis)

Observou-se se as bandas e os picos de absorção referentes às ligações químicas características dos compostos de estudo, indicando  a  presença  destes nas amostras analisadas.

Morfométrica

foi obtido o percentual de regressão das queimaduras dos animais. Pode-se observar que o percentual de regressão do grupo tratado com gel de nanoprata/norbixina foi maior que o controle negativo, porém menor que o controle positivo. Na análise dos animais eutanasiados no 14º dia, constata-se que a diferença de percentual entre o grupo tratado e o controle positivo é menor que a anteriormente representada.

Análise microscópica

Na análise microscópica dos grupos de animais que foram sacrificados no 7º dia p.i (pós-intervenção), como mostra a Figura 1, pode-se observar que todos apresentaram crosta  fibrinosa, com  infiltrado inflamatório  ora  intenso  ora  moderado  e ausência de deposição de colágeno. Os animais do grupo negativo não apresentaram   tecido   de   granulação, enquanto nos animais do grupo positivo e grupo teste, este tecido encontrou-se imaturo e maduro, respectivamente.  Apenas um animal do grupo teste apresentou tecido de granulação imaturo. Em todos os animais deste período a reepitelização foi ausente, porém em alguns animais foram observados sinais iniciais deste processo. Nos animais sacrificados no 14º dia P.O, como  mostra  a  Figura  2,  observou-se  que  apenas  camundongos  do  grupo negativo  e  positivo  apresentaram  crosta fibrinosa  e  nestes  animais  o  infiltrado inflamatório  variou  de  leve  a  moderado, sendo  que  apenas  um  camundongo  do grupo positivo apresentou ausência deste processo. Ao observar o grupo teste, verificou-se que o processo de inflamação estava ora leve ora ausente. A deposição de colágeno variou em deposição inicial, intensa e moderada para cada grupo de animais. O tecido de granulação no grupo negativo apresentou-se maduro; já nos grupos positivo e teste, houve variação em maduro e imaturo. Além disso, dois animais, um do grupo positivo e outro do grupo teste, já não apresentavam tecido de granulação. E por fim, todos os animais estavam com reepitelização total, alguns tiveram formação de anexos, outros não.

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