A Coloração de Gram

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE

CURSO SUPERIOR EM FARMÁCIA

MECANISMOS DE AGREÇÃO E DEFESA I

ALDILENE MENEZES

JOSIVÂNIA SENA

MARIANA BARBOSA

MIGUEL PATRICK

ROBERT DAVIS

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA:

COLORAÇÃO DE GRAM (MÉTODO CLÁSSICO)

PROFESSOR: VANDERLEI BORBONI FERREIRA DE ARAÚJO

Manaus

2018

1. INTRODUÇÃO

Os microorganismos estão em toda parte, tanto dentro do corpo humano quanto fora e não podem ser vistos a olho nu, eles podem afetar a nossa vida positivamente assim como negativamente, por isso quanto mais aprendermos sobre eles, mais iremos saber como nos prevenir de várias doenças (causada pela minoria deles). Os microorganismos são classificados em diversas categorias, tais como (as principais), os vírus, as bactérias, os protozoários, fungos e os helmintos. Contudo, este trabalho falará somente das bactérias (especificamente a verificação da sua classificação como gram-positiva e gram-negativa e sua morfologia através de microscópio).

Bactérias (do latim, bactéria, singular: bacterium) são organismos relativamente simples e de uma única célula (unicelulares), apresentam uma entre as várias formas possíveis, os bacilos (em forma de bastão), os cocos (esféricos ou ovóides) e os espirilos (em forma de saca-rolha ou curvados) estão entre as formas mais comuns. As bactérias são envolvidas por uma parede celular que é praticamente composta por um complexo de carboidrato e proteína chamado de peptideoglicano (TORTORA, 2012).

Nobrega (2013) aborda que a técnica de coloração de Gram foi descoberta pelo físico dinamarquês Christian Gram, em 1884. A Coloração de Gram é muito utilizada na bacteriologia permitindo a distinção entre bactérias Gram positivas (cor púrpura ou azul) e Gram negativas (cor vermelha ou rosa).

O Madigan (2016) versa que, de acordo com a sua reação a coloração de Gram, bactérias podem ser divididas em dois grupos principais: Gram-positivas e gram-negativas. Após a coloração de Gram, as bactérias gram-positivas coram-se em roxo-violeta, enquanto as bactérias Gram-negativas, em cor-de-rosa.

Ainda sob o ponto de vista do mesmo autor, essa diferença de reação a coloração de Gram deve-se às diferenças nas estruturas da parede celular das células Gram-positivas e gram-negativas. Após a coloração com o corante básico, como o cristal violeta que confere às células uma coloração roxa, o tratamento com o etanol descora as células Gram-negativas, mas não as Gram-positivas.

Por conseguinte, os objetivos aqui fundamentados tratam de expor aos discentes a importância do exame microscópico, realizou a técnica de Gram pelo método clássico para a coloração de bactérias como um método de coloração diferencial, houve o preparo das lâminas para a observação da morfologia e o padrão de organização (arranjo) das bactérias em microscopia óptica. Diante disso, assuntos aqui abordados visam de forma integrada entre teoria e prática, agregar valores profissionais e intelectuais aos alunos.

Para Moreira (2015), a importância da técnica de Gram está relacionada aos termos de sensibilidade e especificidade, onde temos que sensibilidade de um teste refere-se à probabilidade de ser positivo na presença do patógeno. A especificidade do teste mede a probabilidade de fornecer um resultado negativo na ausência de um patógeno; onde constatou, através de Dauret al. (2004), a sensibilidade e especificidade da coloração de Gram em 62,5% e 93,9% respectivamente.

Além disso, a vantagem da coloração de Gram em relação aos outros métodos é a rapidez e o baixo custo, onde também temos a aquisição de muitas informações em no mínimo 15 minutos de processos.

1. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

As instalações laboratoriais designam-se por: laboratório de base – Nível 1 de segurança biológica; laboratório de base – Nível 2 de segurança biológica, de confinamento – Nível 3 de segurança biológica, de confinamento máximo – Nível 4 de segurança biológica. Estas designações baseiam-se num conjunto de características de concepção, estruturas de confinamento, equipamento, práticas e normas operacionais necessárias para trabalhar com agentes de diversos grupos de risco; onde, A atribuição do nível de segurança biológica leva em consideração o organismo (agente patogénico) utilizado, as instalações disponíveis, bem como o equipamento,práticas e normas necessárias para trabalhar, com segurança, no laboratório (OMS, 2004).

Com o pressuposto acima, a instalação laboratorial utilizada para a prática laboratorial, enquadra-se em laboratório de base Nível 1, pois este é o nível de contenção laboratorial que se aplica aos laboratórios de ensino básico, onde são manipulados os microrganismos pertencentes a classe de risco 1 (risco individual e para a comunidade é ausente ou muito baixo, ou seja, são microrganismos que têm baixa probabilidade de provocar infecções no homem). Não é requerida nenhuma característica de desenho, além de um bom planejamento espacial e funcional e a adoção de boas práticas laboratoriais.

O laboratório detinha o espaço necessário para o procedimento de coloração de Gram, além disso, realizamos o processo com auxílio da alça bacteriológica (ou alça de platina). Esta é um instrumento utilizado em bacteriologia, que permite recolher colônias de micróbios, e transferi-las para outros meios de cultura. Com auxílio da alça bacteriológica pode-se obter colônias isoladas de culturas, utilizando a técnica do esgotamento.

Placa de Petri é uma vidraria que facilita o isolamento de microrganismos devido à grande superfície de crescimento que apresenta, possibilitando o aparecimento de colônias separadas.

Colônia caracterizava o aglomerado de bactérias em meio sólido, promovendo a multiplicação de colônias de organismos microbianos in vitro. Com ela a cultura de bactérias o número de microrganismos é elevado, o que possibilita estudar características específicas dos microrganismos de forma individual ou em grupo.

A lâmina de vidro por sua é um produto que pode ser empregado em diversas aplicações nos segmentos de análises laboratoriais, exames de laboratórios, citologia, pesquisas, equipamento para automação, entre outros, em nosso caso, a observação da formação de colônias de bactérias em microscópio.

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