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A Farmacodinâmica Anticonvulsivantes

Por:   •  1/11/2019  •  Bibliografia  •  2.160 Palavras (9 Páginas)  •  372 Visualizações

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[pic 1]

Anticonvulsivantes

  • Utilizados para tratar epilepsia e alterações convulsivas não epileptiformes.
  • EPILEPSIA
  • Termo  que  designa um grupo de  alterações neurológicas  em que  ocorrem  convulsões periódicas.
  • Muitas vezes não há causas reconhecíveis.
  • Causas genéticas e adquiridas.
  • Convulsões 🡪 despolarização episódica de alta frequência de impulsos por um grupo de neurônios no cérebro.        [pic 2]

[pic 3]

Classificação clínica da epilepsia

  • Crises parciais[pic 4]
  • Despolarização inicia-selocalmente.
  • Simples 🡪 sem perda de consciência
  • Complexa 🡪 com perda deconsciência
  • Crises generalizadas
  • Envolvem os dois hemisférios cerebrais.
  • Incluem as crises de ausência (canais de cálcio –Tálamo – descarga rítmica)) e tônico clônicas (córtex motor).

Epilepsia

  • Despolarização anômala pode associar-se a:
  • aumento da transmissão de aminoácidos excitatórios;
  • comprometimento da transmissão inibitória;
  • propriedades anômalas das células afetadas ( morte neuronal).

Anticonvulsivantes

  • Ação na atividade dos canais iônicos; Inibem a despolarização neuronal anômala
  • Classificações:
  • fármacos que aumentam a inibição mediada pelos canais de Na;
  • fármacos que inibem os canais de cálcio;
  • fármacos que potencializam a açãoGABA;
  • fármacos que inibem os receptores de glutamato.

Inibição dos canais de sódio

  • Canais de Na+ dependentes de voltagem – geração de potencial de ação.[pic 5]
  • Bloqueiam a despolarização de alta frequência.

Inibição dos canais de sódio

[pic 6]

Inibição dos canais de sódio[pic 7]

CARBAMAZEPINA

  • Usos terapêuticos:
  • Todos os tipos. Exceto: crise de ausência.
  • Segurança:
  • Sedação, ataxia, visão embaçada, diplopia, letargia, instabilidade, retenção hídrica, hiponatremia, reações de hipersensibilidade, leucopenia.
  • Indutora enzimática.
  • Alimentos (principalmente gordurosos) aumentam sua biodisponibilidade.
  • Oxcarbazepina – pró farmaco, menor tendência para indução deCYP.

Inibição dos canais de sódio

FENITOÍNA

  • Usos terapêuticos:
  • Todos os tipos. Exceto: crise de ausência.
  • Monitorização terapêutica.
  • Segurança:
  • Ataxia, vertigem, comprometimento cognitivo, sedação, letargia, hipertrofia gengival,  hirsutismo, reações de hipersensibilidade, discrasias sanguíneas.
  • Indutora enzimática.

Inibição dos canais de cálcio

  • Bloqueio dos canais de Ca2+ ativados por  baixa voltagem do tipoT.[pic 8]
  • Canal do tipo T – atividade importante para a determinação        da        despolarização        dos neurônios do tálamo.
  • Ex: valproato, clonazepam
  • Inibição dos canais do tipo P/Q.
  • Redução da entrada de cálcio nos terminais  nervosos.
  • Ex: gabapentina

Inibição dos canais de cálcio

VALPROATO

Lembrando: também inibe canais de sódio

  • Usos terapêuticos:
  • Maioria dos tipos de epilepsia, incluindo crises de ausência.
  • Segurança:
  • Náusea, sedação, instabilidade, tremor, alopecia, ganho de peso, hepatotoxicidade  (mais grave).
  • Síndrome do ovário policístico (mais frequente em < 20 anos).

Inibição dos canais de cálcio

GABAPENTINA e PREGABALINA

  • Usos terapêuticos:
  • Crises parciais
  • Segurança:
  • Sedação, ataxia, ganho de peso, edema periférico.
  • Ajustes na DRC.
  • Pregabalina mais potente que gabapentina.

Potencialização da ação doGABA

Fenobarbital[pic 9]

Diazepam  

Clonazepam  

Clobazam

[pic 10]

Anticonvulsivantes

LAMOTRIGINA

  • Inibe os canais de sódio, possivelmente os canais de cálcio e inibe a liberação de  glutamato.
  • Usos terapêuticos:
  • Todos os tipos.
  • Titulação da dose deve ser lenta.
  • Segurança:
  • náusea, tontura, sedação, ataxia, reações de hipersensibilidade.

Anticonvulsivantes

TOPIRAMATO

  • Inibe os canais de sódio e cálcio.
  • Aumenta a ação doGABA.
  • Bloqueia os receptoresAMPA.
  • Usos terapêuticos:
  • Todos os tipos. Exceto: crises de ausência.
  • Segurança:
  • Sonolência e fadiga. Dificuldade de concentração. Pacientes podem apresentar dificuldade para encontrar as palavras e problemas de cognição. Cálculos renais. Perda depeso.

Farmacoterapia

  • Objetivo terapêutico: supressão das convulsões com mínimo de efeitos adversos.
  • 80% dos pacientes podem alcançar esse objetivo.
  • Seleção do medicamento.
  • Titulação da dose.
  • Objetivo terapêutico não alcançado com monoterapia:
  • troca;
  • adição de um segundo anticonvulsivante.
  • Anticonvulsivantes mais recentes x mais antigos.
  • 20% a 35% dos pacientes terão controle insatisfatório com anticonvulsivantes.

Mais sobre segurança

  • Efeitos adversos mais frequentes no SNC: sedação, tonturas, visão turva ou dupla, dificuldade de concentração e ataxia.
  • Comprometimento cognitivo Mais pronunciado com barbitúricos.
  • Novos agentes 🡪 menos efeitos na cognição. Exceção: topiramato
  • Importante: titulação da dose
  • Melhora se diminuição da dose ou redução do número de medicamentos.
  • Efeitos        adversos        intoleráveis:        introdução        de        um        segundo        agente        (lembrar  titulação) e descontinuar o primeiro.
  • Interferência        com ACO:        carbamazepina,        topiramato, oxcarbazepina        em altas doses, lamotrigina e clobazam.        [pic 11]

Uso crônico

  • Pacientes podem desenvolver osteoporose.
  • Interferência com o metabolismo da vitamina D.
  • Medicamentos envolvidos: fenitoína, fenobarbital, carbamazepina, oxcarbazepina  e ácido valproico.
  • Se fatores de risco associado ou redução na DMO:[pic 12]
  • Suplementação com vitamina D e cálcio.

Uso crônico

  • Com relação ao valproato, uma sugestão é a de que o ganho de peso seria consequência de efeito hipotalâmico da droga, através de estimulação GABAérgica.
  • Uma segunda hipótese é a de que o valproato provocaria aumento da secreção pancreática de insulina e ao mesmo tempo reduziria a sensibilidade insulínica
  • GANHO DE PESO

Quando suspender?

  • Pacientes podem não necessitar de utilizar anticonvulsivantes a vida toda.
  • Tentativa de redução da polifarmácia.
  • Descontinuar primeiro:
  • medicamento menos efetivo; ou
  • medicamento considerado mais responsável por efeitos adversos.
  • Alguns pacientes podem descontinuar esses medicamentos completamente.

Quando suspender?

  • Fatores que favorecem a retirada bem-sucedida:
  • 2 a 4 anos sem apresentar convulsões;
  • controle completo das convulsões dentro de 1 ano de início do tratamento; início de convulsões após 2 anos, mas antes dos 35 anos;
  • exame neurológico normal.
  • Fatores associados a um mau prognóstico na descontinuação:
  • intervalo isento de convulsões, porém histórico de alta frequência de convulsões;
  • episódios repetidos de mal epilético;
  • combinação de tipos de convulsões;
  • desenvolvimento de funcionamento mental anormal.

Referências

  • WELLS, B.G. et al. Manual de farmacoterapia. 9ª ed. PortoAlegre:AMGH, 2016.
  • RANG, H. P.; DALE, M. M; RITTER, J. M. et al. Farmacologia 7ª ed. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan,  2011.

Até nossa próxima aula!

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