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A IMPORTÂNCIA DAS AGLUTININAS ANTI-A E ANTI-B NA DOAÇÃO DE SANGUE: REVISÃO

Por:   •  4/12/2017  •  Projeto de pesquisa  •  1.355 Palavras (6 Páginas)  •  384 Visualizações

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A IMPORTANCIA DAS AGLUTININAS ANTI-A E ANTI-B NA DOAÇÃO DE SANGUE: REVISÃO

E.M.Oliveira*, J.P.L.Junior*

*Uniandrade, Curitiba, País

e-mail: e.za12@hotmail.com

Resumo: As aglutininas anti-A e anti-B são anticorpos formados de maneira natural a partir do terceiro mês após o nascimento e acredita-se que a flora bacteriana intestinal seja a principal responsável pela produção desses anticorpos. Estas aglutininas são anticorpos das classes IGM e IGG e são capazes de promover uma ativação do sistema complemento e consequentemente provocar hemólise intravascular. Indivíduos do tipo sanguíneo “O” são os que possuem a maior concentração dessas aglutininas no plasma e a transfusão de hemocomponentes como o plasma fresco congelado e o concentrado de plaquetas de doadores do tipo “O” deve ser avaliada com cautela pois, podem provocar hemólise nos receptores dos tipos “A”, “B” e “AB”. Por meio de uma revisão bibliográfica o presente trabalho tem como objetivo promover uma revisão atual avaliando a importância das aglutininas anti-A e anti-B nas transfusões de hemocomponentes.

Palavras-chave: aglutininas, transfusão sanguínea, reação transfusional.

Abstract: Anti-A and anti-B agglutinins are antibodies formed naturally from the third month after birth and intestinal bacterial flora is believed to be primarily responsible for the production of these antibodies. These agglutinins are antibodies of the IGM and IGG classes and are capable of promoting an activation of the complement system and consequently causing intravascular hemolysis. "O" blood type individuals are those with the highest concentration of these agglutinins in plasma and transfusion of blood components such as fresh frozen plasma and "O" type donor platelet concentrate should be evaluated with caution as they may cause hemolysis receptors of types "A", "B" and "AB". Through a bibliographical review the present work aims to promote a current review evaluating the importance of anti-A and anti-B agglutinins in transfusions of blood components.

Keywords: agglutinins, blood transfusion, transfusion reaction.

INTRODUÇÃO

A transfusão sanguínea é uma ferramenta muito importante no tratamento de diversas condições clínicas, porém existem muitos riscos relacionados a este procedimento como a contaminação por agentes infecciosos ou as reações transufusionais1.

            As hemácias dos seres humanos possuem diversos antígenos que são classificados em sistemas. O sistema ABO é o mais antigo e até os dias atuais considerado o mais importante sistema sanguíneo. Estes antígenos do sistema ABO  são responsáveis pela formação dos anticorpos chamados de regulares anti-A e anti-B nos seres humanos, onde acredita-se que a flora bacteriana intestinal seja a principal responsável em estimular a produção desses anticorpos2.

Outros sistemas sanguíneos também estão presentes nas hemácias dos seres humanos e são capazes de induzir a produção de anticorpos contra estes antígenos, esses anticorpos são chamados de irregulares e geralmente são produzidos após seguidas transfusões sanguíneas 3.

Indivíduos do tipo “O” possuem os anticorpos regulares anti-A e anti-B, que são chamados de aglutininas. A presença desses anticorpos principalmente nos concentrados de plaquetas obtidos destes doadores do tipo “O” vem preocupando a comunidade científica e demonstrando que elevadas concentrações de aglutininas podem provocar reações nos seus receptores, promovendo em alguns casos um agravo no estado clínico do paciente podendo inclusive levar ao óbito1.

Para transfusão de concentrados de plaquetas é recomendado que o doador seja do mesmo tipo sanguíneo do receptor no que diz respeito ao sistema ABO, porém na prática isto nem sempre e possível e é frequente a transfusão deste hemocomponente não isogrupo, fato este que é permitido pela legislação atual que regulamenta as práticas em bancos de sangue4. Diante destes fatos, presente trabalho tem por objetivo promover uma revisão atual sobe a influência dos anticorpos regulares nas transfusões sanguíneas.

MATERIAIS E MÉTODOS

O presente trabalho foi realizado através de pesquisas e estudos específicos sobre a importância das aglutininas anti-A e anti-B, enfatizando relatos de doadores O, para doações de não-isogrupo, a partir de uma seleção de artigos obtidos diretamente de bibliotecas virtuais como Scielo e revistas especificas da área. Foram utilizadas palavras chaves como: Hemolisina; Aglutinina, ABO system; anti-A and anti-B hemolysins; reação transfusional; doadores O perigosos.

Os estudos selecionados abordam testes com hemolisina e ou aglutinina associados ou não com a pesquisa de teste de antiglobulina direto (TAD) e ou possíveis reações transfusionais, foram excluídos os estudos que não abordavam o tema ou estavam associados à transplante.

RESULTADOS

A partir de dados levantados, foi observado que os altos títulos de anticorpos anti-A anti-B e anti-AB em doadores do grupo “O” é frequentemente analisado na literatura, e considerados como perigosos, quando há transfusões de hemocomponentes plasmáticos fora do isogrupo devido ao potencial destes anticorpos induzirem reações hemolíticas5.

As técnicas para identificação de potenciais indivíduos do Grupo “O” considerados “perigosos, consistem em pesquisas de aglutinina e/ou o teste de hemolisina, afim de evitar a transfusão de hemocomponentes plasmáticos fora do isogrupo.

Foram observadas diferenças na frequência de doadores tipo “O”; as características regionais como etnia, idade, sexo e outros fatores pode influenciar diretamente nos altos títulos de anticorpos anti- A, AntiB nesses doadores. Outra variação encontrada também pode ser motivada pela diferenciação de métodos de titulação, a frequência de doadores tipo “O” considerados “perigosos” é maior em métodos de titulação em tubo, e menor incidência em estudos cuja titulação foi feita em microplaca.

Tabela 1 – Divergências de estudos para doadores do grupo “O”, considerados “perigosos”.

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