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Adrenoleucodistrofia - tipos

Por:   •  20/11/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.254 Palavras (6 Páginas)  •  644 Visualizações

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Adrenoleucodistrofia

  • Tipos

   O quadro clínico da adrenoleucodistrofia pode ser bastante variado, de acordo com a força do gene transformado. Existem diferentes formas da doença, que são:

  • ALD Cerebral Infantil

  A Adrenoleucodistrofia na sua forma cerebral infantil é a de ocorrência mais comum e a forma mais grave da ALD, com um índice de 31 a 35%, Manifesta-se entre 4 a 10 anos de idade, sendo que o tempo de sobrevida gira ao redor dos 10 anos. A sintomatologia apresentada por esses pacientes são:

  Problemas de aprendizagem, Problemas de percepção, Disfunção adrenal, Problemas de fala, audição e de visão, Perda da memória, Deficiência nos movimentos, Mudanças de personalidade e de comportamento, Demência severa, Hipoglicemia, Fraqueza.

  Esse fenótipo acomete apenas crianças do sexo masculino. É uma doença ligada ao sexo de herança recessiva, decorrente de desordem peroxissomal. Não se distribui igualmente entre os sexos, a mulher é a portadora do gene e apenas homens desenvolvem a doença.

  A Adrenoleucodistrofia é caracterizada pela deficiência de uma proteína que transfere os ácidos graxos através da membrana dos paroxissomos. Com essa proteína deficiente os ácidos graxos saturados não são oxidados, se acumulando na mielina e nas glândulas supra-renais. Os principais ácidos causadores da doença são o ácido hexacosanóico e o ácido tetracosanóico.

  A mielina é uma substância formada, em sua maioria, de gordura, tem importância fundamental na transmissão dos impulsos nervosos. Quando ela é danificada, no caso dos afetados pela ALD, os impulsos nervosos se tornam lentos ou não são transmitidos, causando sintomas como desmielinização inflamatória cerebral, distúrbios de comportamento, agressividade, baixo de desempenho escolar, perda visual e da coordenação motora, surdez, disfagia, convulsões, quadriplegia espástica, demência progressiva, doença de Addison. Tais manifestações ocorrem de forma gradual e, sem o tratamento adequado culminam na morte até dois anos a partir do diagnóstico. O Óleo de Lorenzo é o único tratamento eficaz para a forma infantil da adrenoleucodistrofia. É composto em sua maioria por ácidos graxos insaturados, principalmente o oléico e o erúcico. Seu consumo sobrecarrega as enzimas que sintetizam os ácidos graxos, impedindo a síntese de ácidos graxos saturados. Esse tratamento só apresenta resultados satisfatórios se associado a uma dieta hipogordurosa.

  •  Neonatal

  Este tipo manifesta-se nos primeiros meses de vida. Os genes afetados responsáveis pela forma neonatal da ALD, não se localizam no cromossomo Y, ou seja, afeta tanto indivíduos do sexo masculino quanto do feminino. Quando é do tipo neonatal é provável que o bebê não viva por mais do que cinco anos. Nestes casos logo se vê disfunção no córtex das adrenais e percebe-se um retardo mental. O quadro caracteriza-se por:

 Retardo mental, Disfunção adrenal, Deterioração neurológica, Degeneração da retina, Convulsões, Hipertrofia hepática, Anomalias faciais, Musculatura fraca.

  • Adulta

  Esta forma é mais leve do que a clássica, manifestando-se no início da adolescência ou no início da idade adulta. Este tipo apresenta sobrevida de décadas. O quadro clínico caracteriza-se por:

 Dificuldade de deambulação, Disfunção adrenal, Insuficiência das suprarrenais, Impotência, Incontinência urinária, Deterioração neurológica.

  • ALD em mulheres

  Embora esta doença manifeste-se especialmente nos homens, mulheres portadoras também podem apresentar uma forma leve de ALD. As mulheres portadoras geralmente manifestam sintomas moderados apenas nos últimos anos de vida. Estes se limitam a fatores como uma leve perda sensitiva, neuropatia periférica, fraqueza ou paralisia das pernas e ataxia (condição de falta de coordenação dos movimentos podendo afetar a força muscular e o equilíbrio).

Conclusão meio bosta

  Adrenoleucodistrofia é uma doença genética com padrão de herança ligado ao X. Consiste numa alteração do metabolismo, ocasionando um acúmulo de ácidos graxos de cadeia muito longa associados à desmielinização dos axônios e insuficiência adrenal. Pode se manifestar inicialmente com alterações de comportamento, da audição, da visão, da fala, da escrita, da marcha e nos casos mais avançados cursa com hipertonia generalizada, perda das funções cognitivas, motoras e disfagia. Também conhecida como ALD, a doença genética afeta o cromossomo X. Os paroxissomos, quando não funcionam normalmente, causam o excesso de ácidos graxos de cadeia muito longa. São formados de 24 a 26 átomos de carbono. Esse excesso de AGCML resulta na destruição do revestimento dos axônios em células nervosas, trazendo problemas na transmissão de impulsos nervosos.

  Como dito anteriormente, o gene que causa a doença está situado no cromossomo X. Esse gene que faz a codificação de uma enzima chamada de Ligase acil CoA gordurosa. Essa enzima esta localizada na membrana da organela, sua função é transportar ácidos graxos para dentro da organela. Já que o gene anormal causa mutações nessa enzima, os AGCML não são capazes de entrar na organela e se acumulam no citosol.

  Estudos comprovam que um a cada dez mil pessoas possui ADL. Ainda não há cura para a ADL. Mas há certo tipo de tratamento. Alimentos que possuem bastante AGCML, como queijo e carnes vermelhas, são estritamente proibidos.

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