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Alterações das hemácias

Por:   •  6/5/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.446 Palavras (6 Páginas)  •  1.607 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Os eritrócitos são responsáveis pela troca de gases (oxigênio e gás carbônico) dentro do organismo. Ele tem um formato bicôncavo e diâmetro médio de 8 mm e um período de vida em torno de 120 dias. As hemácias tem a capacidade de sofrer deformações para atravessar capilares de 2-3 mm, isso só é possível por causa das interações entre as proteínas que estão inseridas na dupla camada lipoprotéica de sua membrana e as proteínas que estão localizadas na região interna da mesma.

Porém alguns defeitos nessas proteínas causam deformações em suas morfologias e suas funções. As alterações morfológicas dos eritrócitos decorrem de três situações: Envelhecimento da célula; Artefato técnico; Patologias intra e extra eritrocitárias.

2. ALTERAÇÕES DE PIGMENTAÇÃO

Normalmente, quando coradas por corantes panóticos, as hemácias normais apresentam uma coloração rósea, com um halo central mais claro. Quando às alterações de cor, as hemácias podem ser (Figura 1):

• Hipocrômica: O halo central é maior que o normal (maior que 1/3 do diâmetro celular); a hemácia contém menor quantidade de hemoglobina, devido a um achatamento da célula. Geralmente é microcítica, ocorrendo nas anemias ferroprivas. talassemia e outras.

• Hipercrômica: São as hemácias que o conteúdo de hemoglobina (medido pelo Índice Hematimétrico HCM) é maior que o normal. Isto ocorre nos macrócitos e megalócitos, porém a Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média (CHM) não excede a do normal, ou seja, a hemácia não transporta hemoglobina além da sua capacidade de saturação.

• Policromática: Designa a hemácia que, quando corada por corantes panóticos, apresenta uma basofilia (devido à presença de RNA ribossômico) e uma acidofilia (devido à presença de hemoglobina), mistas (na realidade uma coloração ligeiramente azulada ou acinzentada). Em geral, ocorre nas células que perderam o núcleo antes da hemoglobinização completa no citoplasma e que ainda não perderam os ribossomas. Aparece em casos de anemias hemolíticas, secundariamente às leucemias, e outras.

3. ALTEREAÇÕES MORFOLÓGICAS

Os principais processos patológicos dos eritrócitos querem sejam provenientes da sua estrutura (membrana, enzimas ou hemoglobina) ou adquiridas (malária, oxigenações, queimaduras) resultam em anormalidades do tamanho, forma, conteúdo da hemoglobina e inclusões.

3.1. Tamanho

A alteração de tamanho dos eritrócitos pode ser classificada em quatro tipos: Normocitose, Microcitose, Macrositose ou Anisocitose (Figura 2).

• Normocitose: É um termo usado quando o Valor Corpuscular Médio (VCM) se apresenta dentro dos padrões de normalidade. É, portanto de se esperar que a análise esfregaço sanguíneo se apresente com eritrócitos com tamanhos normais entre 6,0 e 8,5.

• Microcitose: Quando os eritrócitos se encontram com o diâmetro diminuído (< 6mm) tendo também um VCM baixo. Origina-se de microeritroblastos e é a forma alterada mais comum, geralmente ocorre nas deficiências de ferro e nas talassemias.

• Macrocitose: São os eritrócitos cujos diâmetros excedem 9,0mm com o valor de valor de VCM acima de 100 fl. As causas mais comuns da macrocitose se devem aos níveis diminuídos de vitamina B12 e ácido fólico.

• Anisocitose: Pode ser devido à presença de eritrócitos normais com microcíticos, de normais com macrocíticos, de microcíticos com macrocíticos, ou de normais, microcíticos e macrocíticos. Desta forma, a anisocitose expressa alterações que podem em: discreta, moderada. Os índices RDW e VCM atualmente são utilizados para a classificação das alterações.

3.2. Forma

Consiste no termo usado para variações nas formas dos eritrócitos é várias formas ou poiquilócitos onde são uteis na diferenciação das anemias. Os poiquilócitos podem originar por alterações bioquímicas das membranas dos eritrócitos, alterações metabólicas das enzimas, anormalidades da molécula de hemoglobina, envelhecimento do eritrócito, anormalidades no microambiente da célula, etc. Por exemplo:

• Gota (Dacriócito, Eritrócirtos em forma de lagrima ou pêra): Mielofibrose, diseritropoiese severa, anemias hemolíticas, anemia megaloblástica. Resultam provavelmente da ação de macrófagos esplenicos sobre os eritrócitos normais. O número de dacriócitos diminui após a retirada do baço (Figura 3A).

• Alvo (Codócito ou Target cells): Área de coloração aumentada em meio a area de palidez central, devido ao excesso de membrana em relação ao citoplasma. Hemoglobinopatia C, E ou S, talassemia e pacientes com hepatopatia (Figura 3B).

• Foice (Drepanócito): Aparecem somente nas síndromes falciformes (Figura 3C).

• Equinócito (Hemácia crenada) São eritrócitos que perderam a forma discóide e apresentam-se cobertos de 10-30 pequenas espículas rombudas, de forma relativamente regular. Pode ocorrer por estocagem do sangue, aumento de ácidos graxos no plasma (como no tratamento com heparina) (Figura 3D).

• Acantócito: São eritrócitos se forma aproximadamente esférica, com 2 a 20 espiculas de diferentes comprimentos distribuídas irregularmente sobre a superfície Hepatopatias, hipofunção esplênica, esplenectomizados (Figura 3E).

• Esquizócito (Células fragmentadas ou queratócitos): Fragmentos de eritrócitos causado por lesão mecânica (hemólise, ou pacientes que sofrem queimaduras), toxicas ou induzidas pelo calor em células previamente normais (Figura 3F).

• Hemácia mordia (Bite Cells): Quando existe presença de corpúsculo de heinz e a hemácia sofre fagocitose de parte do citoplasma pelos macrófagos esplênicos (Figura 3G).

• Esferócitos: São células com formato esférico ou aproximadamente esférico, devido a perda de membrana sem perda equivalente de citossol em consequência de anormalidades herdadas ou adquiridas do citoesqueleto e da membrana. Comum na esferocitose, menores quantidades em anemias hemolíticas (Figura 3H).

• Eliptócito (Ovalócitos): Eritrócitos alongados e delgados, com concentração elevada de hemoglobina produzindo discreta hipercromia em várias células. Também são denominados por ovalócitos quando o eixo longitudinal do eritrócito é menos delgado. Os eliptócitos podem

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