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ESTUDO SOBRE A BABOSA

Por:   •  10/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.418 Palavras (6 Páginas)  •  417 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE CEILÂNDIA

MARIA LUÍSA MANGUEIRA FREIRE – 15/0139683

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ESTUDO SOBRE A BABOSA (Aloe vera)

BRASÍLIA – DF

8 DE FEVEREIRO DE 2018

Nome popular: BABOSA, aloé, babosa-grande, babosa-medicinal, erva-de-azebre, caraguatá, caraguatá-de-jardim, erva-babosa, aloé-do-cabo;

Nome científico: Aloe vera L. (família Liliaceae);

Origem: É uma planta nativa da África mas é aclimatada no Brasil, pois pode ser cultivada aqui (cresce de forma subespontânea em toda região Nordeste; prefere solos arenosos e não exige muita água);

Descrição da planta: A Aloe vera é uma planta herbácea (plantas com caule macio ou maleável, sem a presença de lignina – macromolécula que confere rigidez ao caule – por conta disso o caule da Aloe vera é mais maleável. Também é uma planta que não sofre crescimentos secundários ao longo do seu desenvolvimento); suculenta, ou seja, não dispõe ou necessita de agua fresca com frequência; baixa estatura (a planta mede cerca de 1 metro). Suas folhas são grossas, suculentas, esverdeadas e em formato de lança, seu tamanho pode variar de 7 a 60 centímetros a depender da fase de desenvolvimento em que a planta se encontra. Elas estão presas a caules curtos e que podem ser cortados facilmente, liberando um suco viscoso, amarelado e muito amargo.

Parte utilizada: Folhas (polpa e seiva) - Deve-se evitar regar a planta os cinco dias anteriores a coleta para que se concentrem os princípios ativos.

Composição química (princípio ativo): Antraquinonas (como aloenina, barbaloína e isobarbaloína), taninos, mucilagem (composta principalmente por polissacarídeos, que é denominada gel de Aloe vera) dentre outros.

Indicação: A babosa tem ação cicatrizante, antibacteriana, anti-inflamatória, protetora da pele (principalmente pelo seu poder emoliente e suavizante ), antifúngica, antivirótica, estética (hidratação capilar), propriedades laxativas e agentes desintoxicantes. Ela também pode ser utilizada no tratamento de doenças na pele, danos por irradiação, afecções dos olhos, desordens intestinais e doenças virais. Além das vitaminas C, E, do complexo B e ácido fólico, contém minerais, aminoácidos essenciais e polissacarídeos que estimulam o crescimento dos tecidos e a regeneração celular.

A junção de polissacarídeos e uma boa ação antimicrobiana contra fungos e bactérias confere ao suco mucilaginoso de suas folhas uma atividade fortemente cicatrizante. Ela é indicada como cicatrizantes nos casos de queimaduras e ferimentos superficiais da pele, pela aplicação local do sumo fresco, diretamente ou cortando-se uma folha, depois de bem limpa, de modo a deixar o gel exposto agir localmente. Essa mucilagem, obtidas das folhas cortadas e deixadas escoar por 1 a 2 dias, pode ser aproveitada pela indústria de cosméticos ou pode ser utilizada para formar resina – forma mais utilizada na fitoterapia, quando deixada secando para perder toda a sua agua.

No caso de hemorroidas inflamadas, são usadas pedaços, cortados de maneira apropriada, como supositórios.

As alcoolaturas são usadas em compressas e massagens nas contusões, entorses e dores reumáticas. Essa mistura pode ser aplicada na forma de compressa e massagens nas partes doloridas.

As antraquinonas são as responsáveis pelas propriedades purgativas. Sugere-se que os componentes que poderiam melhorar o quadro de queimaduras seriam os ácidos graxos e íons magnésio (analgesia). Acredita-se que o efeito advenha de ações sinergísticas entre os vários componentes e os polissacarídeos. Possui ainda atividades bactericidas. Sugere-se que o lactato de magnésio presente no Aloe seja responsável pela redução da liberação de histamina na resposta inflamatória. O efeito bactericida seria devido aos açúcares presentes, os quais exercem uma alta pressão osmótica. E sua ação cicatrizante é explicada pela presença do tanino que favorece a granulação e contração da ferida com mais eficiência.

O suco que se extrai raspando as folhas desta liliácea é excelente para friccionar o couro cabeludo, eliminar a caspa e a queda dos cabelos. Essa mesma seiva, é também, ótimo remédio para aliviar a dor das queimaduras, cicatrizar feridas e curar eczemas e erisipela.

O uso da A. vera em cosméticos justifica-se devido a algumas atividades biológicas citadas anteriormente, com destaque para as propriedades hidratante, antioxidante, anti-inflamatória, cicatrizante e antimicrobiana. A atividade antioxidante está relacionada à presença de betacarotenos, além de outros componentes, como enzimas e compostos fenólicos.  Muitas substâncias foram identificadas no gel de A. vera, o qual apresenta aproximadamente 99,5% de água. As substâncias incluem uma combinação de polissacarídeos e derivados acetilados de polissacarídeos, glicoproteínas, antraquinonas, flavonoides, taninos, esteroides, aminoácidos, enzimas, saponinas, proteínas, vitaminas, minerais como ferro, potássio, manganês e sódio. A atividade anti-inflamatória do gel de A. vera está relacionada à indução da síntese de prostaglandinas e infiltração de leucócitos. O efeito antimicrobiano sobre bactérias Gram-positivas e Gram-negativas foi evidenciado por diferentes métodos, bem como sobre o fungo Candida albicans. A ação cicatrizante do gel ocorre pela manutenção da umidade da ferida, estímulo da migração celular e proliferação de fibroblastos, maturação mais rápida do colágeno e redução do processo inflamatório. Sobre a atividade hidratante do gel de A. vera, um estudo sobre formulação de cosméticos mostrou que altas concentrações do gel liofilizado (0,25% e 0,5%) aumentou a hidratação do estrato córneo da pele com apenas uma aplicação, indicando que o gel apresenta compostos que melhoram a hidratação da pele, por meio de atividade umectante.

Posologia: Uso Interno: para adultos, prepara-se o chá por infusão utilizando-se 1 colher de sopa de folha picada de Aloe vera para 1 litro de água fervente - 2 a 3 xícaras do chá morno, sem adoçantes, diariamente, durante 4 a 7 dias (doses superiores às indicadas podem ser extremamente nocivas à saúde).

Uso externo deve ser preferido - 5 a 6 colheres de sopa de folhas picadas para 1 litro de água fervente. O suco que se extrai raspando as folhas pode ser usado de forma tópica. Esta planta é inadequada para uso em crianças e inconveniente na água do chimarrão.

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