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Metabolismo do Ferro

Por:   •  13/9/2017  •  Dissertação  •  798 Palavras (4 Páginas)  •  606 Visualizações

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Metabolismo do Ferro

Ferro é um elemento extremamente importante para a homeostase celular, sendo essencial para o funcionamento de moléculas transportadoras e armazenadoras de oxigênio. Ele é uma matéria-prima para a construção da hemoglobina. A necessidade do ferro, varia de acordo com o sexo, idade,  sendo assim, entre homens e mulheres a distribuição deste é diferente, por conta também da massa muscular. De modo geral, um adulto contem em seu organismo em torno de 4 a 5g de ferro, sendo que 2,5g está sob a forma de hemoglobina. O metabolismo do ferro deve estar sempre em equilíbrio para que assim não cause consequências por falta ou excesso do mesmo, pois a deficiência gera a anemia que é considerada a manifestação mais revelante. Já o excesso, ou acumulo deste, é nocivo para os tecidos.  

Grande parte do ferro provém da dieta porém, existe também a reciclagem de hemácias senescentes, ou seja, é a destruição  das hemácias  envelhecidas  que também  serve como  fonte de  ferro,  uma  reciclagem  de  ferro.  Sendo assim, a medida que o nosso corpo tem necessidade de ferro, as hemácias que ficam retidas no macrófago no sistema  reticulo-endotelial são distribuídas.

Existem duas classificações para o ferro que é absorvido da dieta, que seriam o ferro heme e o ferro não heme. O fero heme, é  o ferro  absorvido que  já se encontra  ligado ao  grupamento  heme, através da ingestão de fontes animais, como a carne, o que facilita a absorção. Já o ferro não heme é o ferro  inorgânico que provém de fontes vegetais, na forma férrica, sendo assim de difícil absorção, por conta de ser necessário a transformação  de  carga  para a realização do transporte.

A maioria da absorção ferro acontece em células intestinais, como o duodeno. Sendo que nas bordas do enterocito, é o local onde se abrigam os transportadores: HCP1  que é um transportador direto do heme ; DMT-1 é o transportador direto do ferro inorgânico ; Dcytb proteína que realiza a conversão de cargas ; HFE proteína da hemocromatose ; TrF receptor da transferrina.

O DMT-1 consegue fazer o transporte de ferro no estado ferroso (Fe2+) e outros metais como cobre, zinco e magnésio do lúmen para dentro do enterócito enquanto o HCP-1 transporta ferro heme. O ferro animal é muito mais facilmente absorvido. O ferro de origem vegetal para ser transportado para o enterócito pelo DMT-1 precisa necessariamente estar no seu estado ferroso, o que gera uma limitação para a absorção. Daí a importância de uma alimentação diversificada, principalmente para os vegetarianos. Com a existência deste fator limitante, existem alguns mecanismos bioquímicos que visam a conversão de parte do ferro férrico (Fe3+) para ferroso (Fe2+) e assim aumentar a absorção. na borda em escova dos enterócitos duodenais estão presentes enzimas ferroredutases como a citocromo b duodenal (Dcytb) que convertem o ferro férrico em ferroso. O ferro dentro do enterócito pode ainda ser armazenado no próprio enterócito na forma de ferritina (proteína de armazenamento), aumentando o pool de ferro no enterócito, ou ser liberado para o sangue e completar a absorção. No polo basolateral da célula está presente a ferroportina, uma molécula que funciona como um exportador de ferro para fora do enterócito, sendo seletiva ao ferro na forma ferrosa (Fe2+). Diferentemente da ferroportina e do DMT-1, a transferrina (proteína de transporte sanguíneo) tem alta afinidade ao ferro na forma férrica (Fe3+), portanto, próximo as ferroportinas, o enterócito possui enzimas ferroxidases como a hefestina. Assim que o ferro na sua forma ferrosa atravessa a membrana plasmática, é capturado pela hefestina que o oxida para sua forma férrica. Nesta forma o ferro pode se ligar a transferrina plasmática e ser transportado. O ferro que não é oxidado pela Hefaestina pode ser feito por uma outra ferroxidase plasmática chamada ceruloplasmina. Apenas 1 a 2 mg de ferro por dia são normalmente absorvidas no intestino o que corresponde cerca de 10% de todo o ferro presente na dieta. Dentro do enterócito, o heme que acaba de entrar na célula pelo HCP-1 é degradado pela heme oxigenase, uma enzima que libera biliverdina, ferro (Fe2+) e monóxido de carbono (CO). O monóxido de carbono é um gás que facilmente se difunde de volta para o lúmen intestinal. A biliverdina é convertida em bilirrubina pela bileverdina redutase e vai para o fígado ser excretada na bile. O ferro liberado no estado ferroso se juntará ao ferro de origem vegetal, não sendo mais possivel a distinção por origem.

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