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METABOLISMO E TRANSPORTE DO FERRO

Por:   •  31/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.057 Palavras (5 Páginas)  •  144 Visualizações

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METABOLISMO E TRANSPORTE DO FERRO

        O ferro é um dos minerais mais importantes para o organismo, devido sua característica na doação e receptação de elétrons torna-se vital no processo de reações bioquímicas metabólicas. Temos duas fontes principais de Fe, sendo a dieta – absorção intestinal e a reabsorção de hemácias, em média uma dieta normoférrica terá entre 13 a 18mg de ferro, aproximada 1 a 3mg serão absorvidos como não-heme e heme. (Negri, J.A; Fisberg, M. 2008)

        Além de ser componente fundamental das moléculas: hemoglobina, mioglobina, citocromos e diversas enzimas, além dos aminoácidos responsáveis pelo seu metabolismo. O Ferro é encontrado de duas maneiras: Férrico – Fe3+ e ferroso – Fe2+, entretanto se livre pode causar toxidade – casos em que a Transferrina (Tf) sofre saturação, devido a catalisação de radicais livres atacando macromoléculas células e membranas com extrema facilidade, sendo assim, deve manter-se interligado a Tf devido sua alta afinidade com o elemento, para que ocorra a interação entre o Fe-Tf o pH extracelular deve estar em 7,4. No corpo apenas 30% da TF é utilizada para o transporte de Fe (Fisberg, M. 2008).

        No caso do ferro interligado a Tf, a interação entre as células se dará por meio do Receptor Específico de Fe (TfR), presente na superfície celular para então dar início a captação férrica, dentro do citosol há a proteína HFE (Hemocromatose Humana) que interliga-se a TfR, gerando um complexo interno por meio de endocitose, induzindo a bomba de prótons a reduzir o pH, facilitando a liberação do ferro, que permanece interligado ao seu receptor e o complexo Tf-TfR-HFE é reciclado e mandado de volta para o exterior da célula (Grotto,H. Z. W. 2010).

        Em casos que o ferro está em sua forma Férrica (Fe3+), será reduzido por meio da enzima ferroredutase Steamp3 e para então ser transportada até o citoplasma pela DMT-1 (Transportadora de Metal Divalente 1), que possui afinidade com a forma Ferrosa (Fe2+). Ao adentrar na célula irá se ligar ao anel de protoporfirina gerando a hemoglobina (Grotto,H. Z. W. 2010).

        ABSORÇÃO DE FERRO

        O ferro usado em nosso organismo é obtido por meio da dieta ou reabsorção das hemácias. Em sua forma heme ocorre absorção aproximada de 1/3 da quantidade total originada da quebra da Hb (hemoglobina) e da mioglobina derivada da carne vermelha, em caso da ingestão de ovos e laticínios fornece uma fração menor, porém, melhor absorvido do que a forma não-heme, que para potencializar sua absorção conta com a presença de determinado teor de acidez e agentes solubilizantes – açucares (Fisberg, M. 2008; Negri, J.A).

        Absorção intestinal

        A absorção se dá por meio das vilosidades do epitélio duodenal, vilosidades estas que aumentam a superfície de contato e absorção, para que ocorra o processo de transporte férrico, é importante que três principais fases ocorram com êxito, sendo elas: captação e internalização na membrana apical do enterócito, transporte intracelular e transporte para o plasma (Fisberg, M. 2008; Negri, J.A; Grotto,H. Z. W, 2010).

        A captação do Fe conta com a ação das proteínas e células intestinais, a DMT-1, é formada por outros 12 segmentos que além do ferro, é capaz de transportar elementos como Co, Cu, Zn e Mg, após a conversão do Fe3+ em Fe2+. O transporte intracelular é mediado pela Dcytb (Redutase Citocromo b Duodenal), conta com a ação da HCP1 (Proteína Transportadora de Heme-1) posicionada na área apical das células duodenais, a forma heme interliga-se as bordas em escova e a proteína atravessa a membrana plasmática em direção ao plasma para que seja transportado pela Tf (Fisberg, M. 2008; Negri, J.A; Grotto,H. Z. W, 2010).

        O transporte para o plasma é realizado pela FPN (ferroportina), sendo de suma importância para a exportação celular, está localizada na extremidade basolateral de várias células diferentes, incluindo: sinciciotrofoblastos placentários, enterócitos duodenais, hepatócitos e macrófagos. O mRNA sofre aumento em caso de deficiência de Fe e hipóxia, e assim como a DMT-1 tem afinidade com a forma Fe 2+. Devido a afinidade da Tf sérica a forma Divalente, ao ser externalizado pela FPN é oxidado para a forma Fe 3+ (Fisberg, M. 2008; Negri, J.A; Grotto,H. Z. W, 2010).

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