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O Uso de Nanopartículas de Silibina como Tratamento Complementar da Infecção Experimental Esquistossomótica

Por:   •  24/6/2016  •  Relatório de pesquisa  •  464 Palavras (2 Páginas)  •  527 Visualizações

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O Uso de Nanopartículas de Silibina como Tratamento Complementar da Infecção Experimental Esquistossomótica

        

A esquistossomose é uma doença provocada por parasita do gênero Schistosoma, podendo evoluir desde formas assintomáticas até formas clínicas extremamente graves. A espécie presente no Brasil é a S. mansoni. Caracteriza-se pela formação de granulomas em torno dos ovos o que provoca a fibrose hepática. Na fase crônica da doença observam-se a hepatoesplenomegalia, fibrose e a diminuição da sobrevida. Apesar de fármacos eficientes para a cura parasitológica, há a necessidade de novos medicamentos que possam atenuar as sequelas causadas pela esquistossomose.

A silibina é o principal componente ativo da silimarina, extraída da planta medicinal Silybum marinium. Apresenta função hepatoprotetora, antifibrótica, antioxidante e imunomodulatória. Estudos anteriores feitos pela nossa equipe mostraram que a silimarina reduz os danos causados pela esquistossomose em sua fase aguda e crônica. A escolha de uma formulação nanoparticulada se deve à farmacocinética e a possibilidade do aumento do intervalo de administração de doses.

 O objetivo deste estudo é avaliar a ação de nanopartículas de silibina na redução dos danos causados pela parasitose, bem como a diminuição da fibrose hepática, e estudar um novo modo de tratamento devido a sua absorção diferenciada. Para o experimento foram utilizados camundongos BALB/c de 6-8 semanas, que foram infectados com 100 cercárias da cepa BH de S. mansoni. Após 120 dias de infecção, os animais foram tratados com praziquantel (500 mg/kg) em dois dias  consecutivos, a fim de eliminar os parasitos, e divididos em: silibina em carboximetilcelulose (CMC), silibina nanoencapsulada em ε-policaprolactona e PCL vazio, que foram administradas por via oral em uma dose de 10 mg/kg. Após o tratamento os camundongos foram eutanasiados. Órgãos como baços, intestino e fígado foram pesados. A digestão do intestino, baço, fígado foi realizada com a finalidade de quantificar a carga parasitária entre os grupos através da quantidade de ovos depositados nos tecidos. O soro foi usado para avaliação das lesões hepáticas (AST/ALT).

Apesar do grupo Infectado tratado com praziquantel e silibina em policaptolactona 14̸14 ter apresentado uma mortalidade de 33% não podemos afirmar os motivos reais das mortes. Porém nos grupos Infectados e tratados com praziquantel e silibina em policaptolactona 7/7, Infectados e tratado com praziquantel e policaptolactona e Infectado tratado com praziquantel e com silibina em carboximetilcelulose 7/7 não foi observada nenhuma mortalidade ao longo dos experimentos. Além disso, com o tratamento observamos uma menor redução em marcadores de lesão hepática (AST) no soro dos camundongos, podendo refletir uma regeneração hepática que se associa a menor mortalidade desses animais. Com as observações dos resultados, é possível dizer que o tratamento dos animais na fase crônica da infecção por S. mansoni promove o aumento da sobrevida dos animais e diminuição das lesões hepáticas infectados e tratados com alta carga parasitária.

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