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POUCOS PACIENTES BENEFICIAM-SE DOS MEDICAMENTOS QUE INGEREM

Por:   •  14/11/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  567 Palavras (3 Páginas)  •  224 Visualizações

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[pic 1]POUCOS PACIENTES BENEFICIAM-SE DOS MEDICAMENTOS QUE INGEREM

 O livro: Medicamentos mortais e crime organizado: como a indústria Farmacêutica corrompeu a assistência médica, do médico dinamarquês Peter Gotzsche, no quarto capítulo discorre sobre um tema de grande impacto na indústria farmacêutica.

Abordando os vários processos e mecanismos dos quais as indústrias farmacêuticas, enriquecem, priorizando os lucros (interesses econômicos), colocando os próprios interesses acima daqueles relativos a saúde da população. Abordando uma falha geral do sistema, que precisa de reformas radicais urgentes.

No quarto capitulo o autor traz à tona a questão do tratamento para depressão com um medicamento antidepressivo durante seis semanas, com um placebo[1] cegado que parece exatamente igual ao comprimido ativo. Cria uma estatística para apresentar os índices de melhorias como também da não melhoria usando certos medicamentos, e faz um comparativo do efeito do medicamento, o efeito do placebo e o curso natural da doença, com amostragens com quantidades de pacientes (130 ensaios desse tipo em 2001, e atualizando teve-se 234 ensaios investigando 60 condições clínicas diferentes na revisão).

Usando as amostragens e o dados obtidos via analises e acompanhamento médico, o autor deixa claro a analogia entre acreditar cegamente na droga que é ingerida por pacientes e o resultado no organismo, evidenciando uma improbidade científica, o cegamento insuficiente também fazendo-nos acreditar que os medicamentos ineficazes são eficazes. Cegar é não apenas importante quando os pacientes avaliam a si mesmos, mas também quando seus médicos os avaliam. A depressão é avaliada em escalas elaboradas com muitos itens subjetivos e está claro que o conhecimento sobre qual tratamento o paciente recebe pode influenciar as avaliações do médico em um sentido positivo.

Do ponto de vista cientifico, não há diferença entre um dependente de cocaína e um viciado em remédios “Droga é droga, não importa se comprada se comprada num morro ou numa farmácia dentro de uma shopping”. Sendo assim, como explicar a extrema intolerância social diante das drogas ilícitas acompanhadas de uma permissividade leviana diante de drogas prescritas pelos médicos? Afinal precisamos mesmos de tantos remédios?

Peter Christian Gotzsche, explica como é feito um estudo duplo cego e que um não cegamento com placebo, por mais simples que venha a ser, viabiliza-se a possibilidade de transformar um medicamento ineficaz em um medicamento totalmente eficaz.

 Para ele, o ensaio clinico assisado é o esboço mais legitimo para avaliar tratamentos. Nesta perspectiva, ele indica como imoral: médicos e pacientes que colaboram com as empresas com seus experimentos, sem haver sintonia. Além disso, é deveras comum a manipulação de ensaios clínicos a fim de que os resultados se tornem úteis e lucrativos para os vendedores.

Ressalta-se que o referido capitulo, bem como o livro torna-se relevante para a construção de um posicionamento crítico  para todos aqueles que buscam compreender os mecanismos que norteiam a saúde seja ela, individual ou coletiva.

A leitura da obra, por fim, deve ser estimulada, em virtude de, muito provavelmente, poder contribuir para a qualidade da prática médica, enriquecendo-a com honestidade, ética e compromisso social.

Afinal quais são os principais desafios e alternativas que se colocam para assegurar o acesso a medicamentos como parte inerente do direito à saúde? 

        


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