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Pesquisa de Alcaloides de Atropa BellaDonna

Por:   •  2/4/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.411 Palavras (6 Páginas)  •  234 Visualizações

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1. Introdução

A espécie Atropa belladonna L. (Solanaceae), popularmente conhecida como Beladona, é uma herbácea perene com folhas simples alternadas, de coloração verde-escuro intenso, com flores em forma de sino, pentalobadas e frutos pequenos e negros. Todas as partes da planta são potencialmente toxicas, com destaque para os frutos1. Sua toxicidade é o resultado da produção de alcaloides tropânicos a partir do metabolismo da planta. Esses metabolitos são secundários e sua estrutura química básica consiste em um núcleo tropânico contendo uma hidroxila esterificada localizada no carbono 3 e estão presentes em mais de 85 gêneros da família Solanaceae.

O nome dado á planta se deve á característica de alcaloides tropânicos induzir a midriase, pois atuam como parassimpatolíticos, inibindo receptores muscarínicos, e assim promovendo o bloqueio da ação do neurotransmissor acetilcolina(ACh) no Sistema Nervoso Autonomo(SNA). O alcaloide majoritário presente na planta é a Hiosciamina, um levo-isómero da Atropina, amplamente utilizado para a composição de medicamentos destinados ao tratamento de cólicas e transtornos gastrointestinais.2 O controle de qualidade para os alcaloides tropanicos podem ser efetuados a partir dos reagentes gerais e/ou específicos para alcaloides. Também podem ser utilizados métodos de coloração, sendo obtidos diferentes coloração dependendo da espécie e do resultado obtido. Cromatografia de camada delgada (CCD), titulometria, espectofotometria e eletroforese capilar também são métodos utilizados para o controle de qualidade dos mesmos. Considera-se importante o doseamento de alcaloides, visto que resulta em maior especificidade, seletividade e mais robusta.

2. Objetivos

Pesquisa de alcaloides por reagentes iodados partindo do conhecimento do comportamento químico da molécula básica dos compostos alcaloides em meio ácido e alcalino.

3. Materiais

3.1 Vidrarias:

2 Béqueres de 50ml

1Funil

12 Tubos de ensaio

1 Capsula de porcelana

Bastão de vidro

Pipeta de Pasteur

Espátula

3.2 Reagentes:

25 ml de solução de H2SO4 a 1%

Solução de NH4OH dil.

7ml de CHCl3

3.3 Reagentes analíticos:

Iodo bismudato de potássio (reagente de Dragendorff)

Iodo mercurato de potássio (reagente de Mayer)

Iodo-iodeto de potássio (reagente de Bouchardat/Wagner)

Ácido silico-túngstico (reagente de Bertrand)

Ácido tânico

Ácido pícrico (reagente de Hager)

3.4 Equipamentos :

Balança semi-analítica

Suporte para funil

Chapa de aquecimento

3.5 Amostra:

2,015g de amostra de Atropa belladonna L. pulverizada

4. Metodologia

Em uma balança semianalítica, 2,015g de amostra pulverizada de Atropa belladonna L. foram pesados. Em seguida, o pó foi vertido em um béquer de 50 ml, ao qual foram adicionados 25 mL de solução de H2SO4 a 1%, de forma gradativa por conta da característica de o pó reter líquidos muito facilmente, e misturou-se com o auxilio de um bastão de vidro.

A mistura foi levada á chapa de aquecimento, e, após levantar fervura foram contados 2 minutos. Passados estes, a solução extraída foi filtrada por algodão e transferida para um segundo béquer.

Os tubos de ensaio foram separados em 2 grupos de 6 tubos (A e B) e numerados (1 a 6). Com o auxilio de uma pipeta de Pasteur, transferiu-se cerca de 1 mL de filtrado para cada tubo de ensaio do grupo A, o restante do filtrado foi reservado.

Na solução extrativa reservada foi adicionado solução de NH4OH, com o objetivo de promover a alcalinização do mesmo, então, com o auxilio de fitas para medição de pH e da observação da mudança de coloração do filtrado ( castanho esverdeado para preto intenso), o filtrado saiu de um pH moderadamente ácido, para um pH básico. Após esse processo, 7 mL de CHCl3 foram adicionados, e o que pode ser observado foi a formação de duas fases, uma orgânica, mais densa, composta por CHCl3 e os compostos alcaloides presentes na amostra, e outra aquosa, menos densa, composta por água e demais resíduos.

Com o auxilio da pipeta de Pasteur a fase orgânica foi delicadamente retirada do fundo do béquer que continha o filtrado, evitando ao máximo a coleta da fase aquosa. O coletado foi depositado em capsula de porcelana e levado à chapa aquecedora ate a secura.

Depois de seco, ao resíduo presente na capsula de porcelana foram adicionados 5mL de solução de H2SO4 a 1%. A partir do produto, transferiu-se

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