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RESISTÊNCIA BACTERIANA DECORRENTE DO USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS

Por:   •  19/4/2017  •  Resenha  •  1.392 Palavras (6 Páginas)  •  396 Visualizações

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RESISTÊNCIA BACTERIANA DECORRENTE DO USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS

Prof.ª: Camila Roncon

Disc.: Farmacologia Aplicada

Alunos:

Beatriz Morelli Rossi RA: C4181-10

Cris Meire da Luz RA:

Diego

Maressa Andrade RA: C48EGB-4

Tamiris da Silva Pereira RA:

 

Assis – 2017

Em contraste com as rápidas descobertas e desenvolvimento que caracterizaram os “anos heroicos” da ampliação da pesquisa por antibióticos, aproximadamente entre as décadas de 1950-1980, e durante as quais foram produzidos virtualmente todos os fármacos existentes, o fluxo desde então diminuiu, com somente dois antibióticos totalmente novos introduzidos após esse período (Jagusztyn-Krynicka & Wysznska, 2008).

Tem-se notado grande preocupação, quanto a população mundial sobre a resistência microbiana, em entrevista à Assembleia Geral da ONU, a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, declarou que a resistência microbiana já está prolongando doenças em todo mundo, e esse combate é um compromisso vital para ajudar a combater globalmente o problema.  A vice-secretária-geral da organização, Amina Mohammed, ressaltou que microrganismos cada vez mais resistentes a medicamentos representam uma ameaça que pode impedir o mundo de alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), que devem ser implementados por todos os países até 2030.

A resistência bacteriana tem-se tornado assunto, nos mais diversos órgãos de Saúde públicas de todo o mundo, pesquisas apontam que as bactérias estão se tornando mais resistentes por vários motivos nos quais as indústrias farmacêuticas não estão conseguindo acompanhar o avanço da resistência bacteriana.

O uso indiscriminado de antibióticos, doses acima do indicado para a patologia, tratamentos interrompidos antes do término do ciclo, relapso médico em razão à indicação do antibiótico frente a bactéria patológica, são fatores populares que colaboram cada vez mais para a resistência bacteriana. Mas a critério cientifico, classificamos como fatores que levam a resistência bacteriana:

  • Destruição ou inativação da droga, pela destruição do anel β-lactâmico, pela enzima β-lactamase ou penicilinase produzida pela bactéria;
  • Incapacidade do antibiótico de penetrar na superfície das células bacterianas;
  • Alteração dos sítios-alvo das drogas, como troca de um aminoácido;
  • Efluxo rápido.

As bactérias usadas recentemente em pesquisas apontam que seu mecanismo de resistência, nada mais é do que uma modificação para sua sobrevivência. Algumas bactérias são resistentes à determinado antibiótico, enquanto outras são sensíveis; a resistência pode ser natural ou adquirida. A natural todas elas têm a mesma característica, a adquirida a somente uma parte é resistente a outra é sensível.

Fatores genéticos das bactérias tem grande importância nesse ciclo de resistência. Elas se alteram geneticamente, para manter seu ciclo de vida. Elas se modificam da seguinte forma:

  • Mutação cromossômica

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  • Aquisição de um plasmídeo de resistência;

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  • Transposons (elementos transponíveis) por conjugação.

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Segundo uma reportagem feita pelo Jornal El Pais da Espanha, o vice-presidente da sociedade Espanhola de Enfermidades Infecciosas e Microbiológica (SEIMC) Rafael Cantón, afirmou que “ Os setes grupos de bactérias escolhidos pela OMS para este primeiro estudo mundial podem ser considerados “patógenos sentinelas”, poderiam ter sido escolhidas outras, mas com essas fica evidente que elas estão em todas as partes”.

E ainda continua esclarecendo que concretamente além da Klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenêmicos, a pesquisa inclui as Klebsiella ssp resistentes a cefalosporinas, a Escherichia coli resistentes a cefalosporinas e fluoroquinolonas , o Staphylococcus aureus resistentes a meticilina, e dentro das bactérias que não são próprias dos ambientes hospitalares, o Streptococcus pneunoniae resistente a penicilina a Salmonella e a Shigella resistente a fluoroquinolonas e a Nisseria gonorrhea  resistente a cefalosporina.

“ O mais preocupante é que esse mecanismo de resistência pode ser transmitido de uma bactéria para outra com relativa facilidade, porque está em um plasmídeo, um fragmento de matéria genético que pode ser transmitido. Por enquanto não se sabe qual o alcance que isso terá, mas é um alerta importante, porque no passado casos semelhantes acabaram a se tornar um problema” afirma Dr. Rodríguez, médico do Hospital Universitário Virgem de Macarena, em Sevilha na Espanha.

Um fator que tem sido motivo de preocupação e de estudos por parte de médicos e pesquisadores, é a aquisição do gene mcr-1 na bactéria Escherichia coli, que se a bactéria já resistente a alguns medicamentos e adquire este novo gene, o microrganismo sobreviveria à ação da maioria dos antibióticos do mercado, incluindo a Colistina, um dos mais fortes disponíveis.

Inicialmente foi apresentado um caso nos Estados Unidos, onde uma mulher de 49 anos da Pensilvânia, apresentava sinais e sintomas de uma ITU. Estudos foram feitos e detectaram uma infecção por E.coli, resistente a colistina, a resistência apresentada foi devido a aquisição de um gene de resistência mcr-1 . No brasil um estudo feito pelo instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e piblicado nas revistas científicas “Antimicrobial Agents and Chemotherapy” e “Eurosurveillance”. A bactéria foi detectada em um paciente de um hospital de alta complexidade em Natal, no Rio Grande do Sul.

Coautor, o pesquisador Nilton Lincopan aponta que esse gene da Escherichia coli é o mesmo detectado nos Estados Unidos recentemente. Ele disse que esse tipo de bactéria é encontrado em diferentes habitats, incluindo a microbiota do intestino humano, a maioria das variedades da E. Coli não apresenta risco aos seres humanos.

“Tanto no caso do Estados Unidos como aqui no Brasil, e outros países onde foram encontradas cepas de Escherichia coli resistentes ao antibiótico Colistina, a resistência apresentada foi devido à aquisição de um gene de resistência chamado de mcr-1”, explicou Lincopan.

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