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Reacores Efeitos Advesos em Uma Drogaria

Por:   •  11/12/2019  •  Trabalho acadêmico  •  5.211 Palavras (21 Páginas)  •  201 Visualizações

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EVENTOS ADVERSOS CAUSADOS POR MEDICAMENTOS: OCORRÊNCIA ENTRE CLIENTES DE UMA DROGARIA NA CIDADE DE DOIS CÓRREGOS

Adverse events caused by medicines: occurrence between clients of a pharmacy in Dois Córregos city.

Cristofer Massolini Soares de Siqueira¹

Adriana Celestino Santiago²

¹Discente do curso de Farmácia das Faculdades Integradas de Bauru

 ²Orientadora e Docente do curso de Farmácia das Faculdades Integradas de Bauru

Resumo

Eventos adversos (EAs) são definidos como complicações indesejadas (danos à saúde) decorrentes do cuidado prestado aos pacientes, não atribuídas à evolução natural da doença de base, sendo a categoria relacionada a medicamentos uma das mais frequentes. Nesse caso, o dano à saúde pode ser causado diretamente pelos efeitos do medicamento no corpo ou, em um sentido mais amplo, quando o incidente decorre de um processo relacionado ao fato de submeter-se a um tratamento medicamentoso, como, por exemplo, tomar um medicamento vendido incorretamente porque a receita médica estava pouco legível. O presente estudo investigou a ocorrência de eventos adversos entre os clientes de uma drogaria da cidade de Dois Córregos. Os resultados mostram que 28% dos indivíduos relataram ter vivido um evento adverso, mais de 40% teve problemas com ilegibilidade de prescrições médicas, interrupção do tratamento ou administração de medicamentos vencidos, e cerca de 20% já tomou um fármaco desnecessário ou usou posologia incorreta.          Fica evidente que vários fatores são responsáveis pela ocorrência de eventos adversos relacionados a medicamentos, portanto é necessário que as instituições de saúde públicas e privadas adotem estratégias como educação continuada e a implementação de uma cultura de segurança, seja dentro do ambiente hospitalar ou, externamente, durante os atendimentos prestados por outros profissionais de saúde.

Palavras-chave: Evento adverso; Prescrição ilegível; Assistência farmacêutica; Medicamentos.

Abstract

Adverse events (AEs) are defined as unwanted complications (damage to health) arising from the care provided to patients, not attributed to the natural evolution of the underlying disease, being the drug-related category one of the most frequent. In this case, the damage to health may be caused directly by the effects of the drug on the body or, in a broader sense, when the incident results from a process related to undergoing drug treatment, such as taking a medicine sold incorrectly because the prescription was poorly readable. The present study investigated the occurrence of adverse events among clients of a drugstore in Dois Córregos. The results show that 28% of individuals reported experiencing an adverse event, more than 40% had problems with illegible prescriptions, discontinuation of treatment or administration of expired drugs, and about 20% have taken unnecessary drug or misused dosage. It is evident that several factors are responsible for drug-related adverse events, so it is necessary for public and private health institutions to adopt strategies such as continuing education and the implementation of a safety culture, either within the hospital environment or externally, during care provided by other health professionals.

Key words: Adverse event; Illegible Prescription; Pharmaceutical services; Medicines.

Introdução

A atenção farmacêutica é denominada um conjunto de ações realizadas por profissionais farmacêuticos que visa orientar e acompanhar o paciente quanto ao uso adequado dos medicamentos. Ao mesmo tempo, ele colabora para evitar problemas indesejados durante o uso da medicação, mas, caso eles ocorram, o profissional deve buscar uma solução. Contudo, na prestação do serviço de dispensação farmacêutica pode ser possível prevenir, identificar e resolver problemas relacionados à farmacoterapia (GALATO et al. 2008).

De acordo com a ANVISA (2019), um Evento Adverso é qualquer ocorrência médica desfavorável, que pode ocorrer durante o tratamento com um medicamento, mas que não possui, necessariamente, relação causal com esse tratamento, e podem se enquadrar em uma destas categorias: suspeita de reações adversas a medicamentos; eventos adversos por desvios da qualidade de medicamentos; eventos adversos decorrentes do uso não aprovado de medicamentos; interações medicamentosas; inefetividade terapêutica, total ou parcial; intoxicações relacionadas aos medicamentos; uso abusivo de medicamentos; erros de medicação, potenciais e reais.

Durante o atendimento farmacêutico, para que a dispensação ocorra de forma correta, é necessário que se mantenha um diálogo claro entre o paciente e o farmacêutico sobre o caso. Ao chegar com uma receita o paciente precisa de explicações, para que este saiba qual medicamento está utilizando, seus possíveis efeitos contrários e como deverá administrá-lo, e para isso a receita deve estar bem clara para que não haja equívoco sobre a medicação (GALATO et al. 2008).

É papel do farmacêutico realizar uma avaliação sobre os aspectos terapêuticos, tanto farmacêuticos quanto farmacológicos, adequação ao paciente, seus aspectos legais, sociais e econômicos, e ao final, rubricar a receita aviada e devolvê-la ao paciente.

A prescrição medicamentosa é definida como uma ordem escrita por profissionais habilitados, que após a consulta é dirigida ao farmacêutico, definindo como o fármaco deve ser dispensado ao paciente (forma farmacêutica) (AGUIAR et al. 2010). De acordo com a Portaria GM/MS 3.916/98, a prescrição é o ato de definir o medicamento a ser utilizado pelo paciente, com a respectiva dosagem e duração de tratamento, a receita é a prescrição por escrita de medicamento, contendo orientação de uso para o paciente, efetuada por profissionais legalmente habilitados no Conselho, quer seja de formulação magistral ou produto industrializado (BRASIL, 1998).

As receitas médicas devem conter: nome do paciente, registro, data, nome do medicamento a ser administrada, dosagem, via de administração, frequência, horário da administração e assinatura do médico.

Segundo Silva (2009), as principais causas de erros, relacionadas às prescrições medicamentosas são: má qualidade da grafia médica, prescrições incompletas e confusas, transcrição da prescrição, falhas de comunicação para suspensão de medicamentos prescritos, utilização de abreviaturas não padronizadas, falta de conhecimento sobre estabilidade, incompatibilidade e armazenamento de medicamentos, diferentes sistemas de pesos e medidas, especialidades farmacêuticas e genéricas com grafias semelhantes, ordens médicas verbais e dificuldade de correlacionar à nomenclatura genérica com as especialidades farmacêuticas e vice-versa.

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