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Relatório hispânica

Por:   •  31/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.262 Palavras (10 Páginas)  •  339 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS

DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E FARMACOLOGIA

CURSO: BACHARELADO EM FARMÁCIA

DISCIPLINA: FARMACODINÂMICA        

PROFESSORA: DRa. MARIA DO SOCORRO CORDEIRO FERREIRA

TRÍPLICE REAÇÃO DE LEWIS EM Homo sapiens e CHOQUE HISTAMÍNICO EM Cannis familiaris

HELLITON VIEIRA DA SILVA

(2014900945)

TERESINA - PI

ABRIL, 2016

INTRODUÇÃO

A amina biogênica, histamina, é o principal mediador da inflamação, da anafilaxia e da secreção ácida do estômago. Além disso, a histamina desempenha um papel na neurotransmissão. A histamina é formada pela descarboxilação do aminoácido histidina por ação da enzima L-histidina-descarboxilase presente em todos os tecidos de mamíferos que contêm histamina. O principal local de armazenamento da histamina na maior parte dos tecidos é o mastócito, mas no sangue ela é armazenada nos basófilos. Essas células sintetizam histamina e a armazenam nos seus grânulos secretórios (BRUNTON; CHANBNER; KNOLLMANN, 2012).

A histamina tem importantes papéis fisiológicos. Após sua liberação dos grânulos de armazenamento, como resultado da interação do antígeno com anticorpos constituídos por imunoglobulinas E (IgE) presentes na superfície do mastócito, a histamina exerce um papel central na hipersensibilidade imediata e nas respostas alérgicas (BRUNTON; CHANBNER; KNOLLMANN, 2012).

Desse modo, estas células migram continuamente através dos tecidos. Qualquer lesão, desde um traumatismo físico até uma invasão microbiana, estimula os mastócitos a liberar histamina no interstício. A histamina é conhecida como “amina vasoativa”, visto que seus efeitos inflamatórios ocorrem principalmente na vasculatura, a liberação de histamina estimula a dilatação das arteríolas e vênulas pós-capilares, a constrição das veias e a contração das células endoteliais. Esses efeitos são responsáveis pelas alterações precoces da hemodinâmica e permeabilidade vascular (GOLAN, 2009).

As primeiras suspeitas de que a histamina atua através de mais de um receptor foram confirmadas, e, hoje, é o certo que existem pelo menos 4 classes distintas de receptores de histamina, designados como H1, H2, H3 e H4. Os receptores H1 acoplam-se à Gq1/11 e ativam a via da PLC-IPr-Ca2+ e muitas das possíveis consequências, incluindo a ativação da PKC, das enzimas dependentes de Ca2+-calmodulina (eNOS e várias proteinocinases) e da PLA2. Os receptores H2 1igam-se à Gs e ativam a via da adenililciclase-AMPcíclico-PKA, ao passo que os receptores H3 e H4 se acoplam à Gi, inibem a adenililciclase e reduzem o AMP cíclico celular (BRUNTON; CHANBNER; KNOLLMANN, 2012).

Os receptores de H1 encontrados no endotélio, nas células musculares lisas e nas terminações nervosas são bloqueados seletivamente pelos anti-histamínicos como a pirilamina.  A descoberta de antagonistas H2, encontrado na mucosa gástrica, nas células musculares cardíacas e em algumas células imunes, contribuiu sobremaneira para o renovado interesse pela histamina tanto na biologia quanto na medicina clínica. Os receptores H3 foram originalmente descobertos como auto receptor pré-sináptico em neurônios que contêm histamina, que medeiam a inibição da liberação e a síntese de histamina por retroalimentação, os receptores H4 são encontrados sobre tudo em leucócitos da medula óssea e do sangue circulante exercendo efeito quimiotáticos muito importantes sobre eosinófilos e os mastócitos (BRUNTON; CHANBNER; KNOLLMANN, 2012; KATZUNG, 2005).

A Tríplice Reação de Lewis ocorre quando a histamina é injetada por via intradérmica, causando vermelhidão na pele, acompanhada de uma pápula com eritema circundante, essa resposta foi descrita por Sir Thomas Lewis há mais de 80 anos e é explicada pelos efeitos precedentes. O Choque Histamínico ocorre quando a histamina é administrada em doses grandes ou liberada durante as reações de anafilaxia sistêmica, a histamina causa redução grave e progressiva da pressão arterial. Com isso, o presente relatório tem por objetivo analisar os fenômenos que ocorrem na Tríplice Reação de Lewis em Homo sapiens, mediante aplicação de histamina em uma escarificação na pele. Ademais, tem por objetivo analisar os fenômenos, relacionados a pressão arterial, que ocorrem no Choque Histamínico em Cannis familiaris e o uso de anti-histamínicos mediante à administração de histamina (BRUNTON; CHANBNER; KNOLLMANN, 2012; KATZUNG, 2005).

MATERIAIS E MÉTODOS

Na experiência da Tríplice Reação de Lewis, inicialmente foi feita a assepsia da área que seria utilizada, a região anterior do antebraço da cobaia (Aluno), utilizando um pedaço de algodão embebido com álcool etílico hidratado. Com uma agulha descartável de seringa causou-se escarificações em uma área de mais ou menos um dedo na parte anterior do antebraço da cobaia e, em seguida, colocou-se uma gota de histamina sobre esta região e a espalhou por toda a área escaríficada. Então, dando continuidade, observou-se detalhadamente a ordem de aparecimento, o tempo e as características dos sinais da denominada Tríplice Reação de Lewis.

O experimento do Choque histamínico foi apenas visualizado em vídeo devido à falta de animal para tal prática. Como observado no vídeo, seguiu-se o experimento como descrito a seguir.

O processo de anestesia se inicia puncionando a veia da pata dianteira pela quando se administra tiopental sódica na dose de 25 mg/Kg. O procedimento cirúrgico se inicia pela obtenção de acesso venoso contínuo na pata dianteira do animal e, em seguida, na face lateral do pescoço injeta-se lidocaína a 1% na área a ser incisada e realiza-se uma incisão lateral e paralela a traqueia, com essa incisão, disseca-se e repara com dois fios a veia jugular externa, o nervo vago e artéria carótida e isola-os utilizando os fios. Interrompe-se a circulação venosa com uma pinça e incisa-se a jugular, em seguida introduz-se uma cânula na veia jugular que a ela é pinçada, administra-se, então, heparina e interrompe-se, provisoriamente, o fluxo da artéria carótida e faz-se uma incisão onde se introduz a cânula de vidro do manômetro de mercúrio e fixando-a, para efetuar as medidas das variações da pressão arterial durante o experimento., obtêm-se, assim, 2 acessos, um venoso e um arterial.

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