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Resumo de Microbiologia - Tuberculose e Hanseníase

Por:   •  18/3/2022  •  Abstract  •  1.071 Palavras (5 Páginas)  •  159 Visualizações

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Tuberculose e Hanseníase

➜ O que essas doenças têm em comum?

R:  Os agentes causadores das duas são MICOBACTÉRIAS (bacilos finos que se agrupam em “globias”). Mycobacterium tuberculosis e Mycobacterium leprae.

➝ Os dois possuem uma parede celular com muita quantidade de lipídeos ( 60% ácidos micólicos e Lipoarabinomanana), e quase nada de peptideoglicano.

Parede lipídica: promovem as características que vão fornecer a coloração microscópica. São BAAR (bacilos álcool ácido resistentes).

  • Não coram com GRAM
  • São impermeáveis a diversos outros corantes, por conta da parede lipídica.
  • Ziehl- Neelsen: usa solução álcool ácido para descorar o resto.
  • Cora os bacilos em ROSA e o fundo fica AZUL.

TUBERCULOSE

  • MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS (Micobactéria)
  • É uma doença que se espalhou muito na população humana (⅓ da população mundial). 70 mil casos novos por ano.
  • 4 maior causa de morte por doenças infecciosas.
  • É mortal em muitos casos.
  • Doença altamente contagiosa. Deve-se usar máscara PFF2/ N95 (protege contra agentes respiratórios, não é capaz de barrar os vírus e bactérias, mas sim a gotícula pela qual o microrganismo entra).

Transmissão: aérea, através da tosse. A micobactéria viaja em gotículas muito pequenas (aerossol), que ficam no ar por muito tempo.

  • É mais transmissível quando tem um paciente bacilífero perto.
  • A proximidade humana aumenta muito a transmissão.
  • O tempo de exposição, sem ventilação e sem sol influenciam muito na transmissão (locais fechados com muitas pessoas).
  • O estado imunológico e nutricional também influencia.
  • Situações de pobreza: é o principal fator que influencia na doença, estatisticamente.

Deve fazer exame:

  • Sintomáticos respiratórios (tosse por mais de 3 semanas).
  • Pacientes com HIV
  • Pessoas que tiveram contato com um paciente
  • Prisões, indígenas e moradores de rua

Manifestação da doença:

  • Pulmonar: mais frequente
  • Disseminada
  • Pleural
  • Ganglionar periférica
  • Osteo articular
  • Ocular
  • Meningite

➝ Se chama tuberculose, pois observa-se "Tubérculos" no pulmão (compostos de bactérias e células imunológicas) que se assemelha a uma batata. Os macrófagos não conseguem inativar as micobactérias, então o nosso sistema imunológico reage formando um “casulo” recobrindo as micobactérias com um material fibroso para que elas não se espalhem (granuloma).

  • Granuloma: conjunto de células que vão morrendo e ficam por fora, em volta das bactérias e vão formando uma carapaça, ficando cada vez mais sólidas.
  • Núcleo flexível: granuloma caseoso. No seu interior possuem bactérias vivas, ou seja, se uma tosse for capaz de arrebentar o granuloma, a transmissão é instantânea.
  • Núcleo solidificado: granuloma sólido.

Diagnóstico:

  • Clínico = quando se está com suspeita
  • Tosse seca, pode ter catarro ou não
  • Febre vespertina, final do dia (menor de 38C)
  • Sudorese noturna
  • Cansaço
  • Perda de peso e falta de apetite

  • Raios X do tórax
  • Observa-se áreas de opacidade apical na saída dos bronquíolos e na parte superior do pulmão (micobactéria aeróbica, fica em local ventilado).

  • Baciloscopia
  • Procura no escarro pulmonar a presença de bacilos alongados em globias.
  • 2 amostras de escarro, no momento e outra no dia seguinte
  • Melhor se for purulento ou hemoptoico (com sangue)
  • Precisa de explicação. Não pode ser saliva.
  • Coloração BAAR: Se espalha o escarro em uma lâmina de microscopia;  adiciona-se o corante fucsina com fenol; colocamos calor através de fogo para que o corante entre nas paredes celulares das micobactérias (durante 10 min); lava-se com água; adiciona-se álcool e ácido para que apareçam apenas as micobactérias (que são resistentes); o azul de metileno é adicionado para que os outros microrganismos se corem.
  • Cultura em meio seletivo (Lowenstein Jensen)
  • Método secundário, caso a baciloscopia não seja o suficiente.
  • Observa-se uma colônia cerebriforme.
  • Prova Tuberculínica (PT) e Teste de Mantoux
  • Realiza-se quando a pessoa tem contato com um paciente, para detectar uma infecção latente.

Tratamento:

  • Associação medicamentosa = proteção cruzada com diferentes mecanismos para evitar a resistência bacilar.
  • 2 Antibióticos que inibem a parede celular (Isoniazida e Etambutol)
  • 1 Antibiótico que inibe a membrana plasmática (Pirazinamida)
  • 1 Antibiótico que inibe a RNA polimerase, ataca o ácido nucleico (Rifampicina).
  • Regime prolongado e bifásico:

Fase intensiva: reduzir a transmissibilidade, a morbidade e a resistência adquirida. Junção dos 4 antibióticos. 2 meses.

Fase de manutenção: eliminar os bacilos persistentes proporcionando uma cura efetiva e duradoura da doença. Apenas a Rifampicina. 4 meses.

ABANDONO: grande problema da tuberculose, pois no segundo mês as pessoas acham que já estão bem e param com o tratamento.

 Vacinação

  • BCG
  • Útil em crianças contra formas extrapulmonares da doença

HANSENÍASE

  • O Brasil está em segundo lugar com o maior número de casos.
  • Causada por uma Micobactéria (MYCOBACTERIUM LEPRAE)

➝  Transmissão: aérea, pela inalação de BAAR em aerossóis

➝  Diagnóstico:

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