TRABALHO DE MICROBIOLOGIA: HIV - AIDS

UNIMAR-UNIVERSIDADE DE MARÍLIA

CURSO DE FARMÁCIA

TRABALHO DE MICROBIOLOGIA: HIV - AIDS

MARÍLIA

2017

FELIPE BARBOSA DA SILVA RA: 177271-85

KAIQUE RIBEIRO ESBORINIRA: 177602-8

KEREN MARIANO RA: 178985-5

LETICIA LIMA DE SOUZA RA:  177696-5

TRABALHO DE MICROBIOLOGIA: HIV - AIDS

Trabalho apresentado á disciplina de Microbiologia do curso de Farmácia da Universidade de Marília como requisito a avaliação parcial da disciplina.

Profª. Me Denize Maria Galice Rodrigues

MARÍLIA

2017

AIDS

Propriedades do HIV

Síndrome da Imunodeficiência adquirida,é causada pelo HIV (vírus da Imunodeficiência Humana), retrovírus classificado na subfamília dos Lentiviridae. Diferentemente dos demais retrovírus, as espécies desta família possuem o core viral (proteínas que estão associadas diretamente com o ácido nucleico em virions icosaédricos de DNA e RNA) na forma de cone.

Como retrovírus, possuem em seu genoma RNA de fita simples de polaridade positiva (+ssRNA), no entanto, ao contrário do que ocorre nos vírus de classe IV do esquema de Baltimore, esses vírus não tem a produção direta de suas proteínas ao entrar na célula hospedeira: graças a sua enzima transcriptase reversa, o +ssRNA é transformado em –ssDNA, que é duplicado pela mesma enzima, gerando dsDNA. A integrase viral faz com que o dsDNA se junte com o DNA do cromossomo do hospedeiro, e assim tem-se a formação do provírus. Para a replicação, transcrição e tradução do vírus, é utilizada a maquinaria celular (DNA polimerase celular, RNA polimerase celular e ribossomos da célula hospedeira).

Os retrovírus são esféricos, envelopados e apresentam 80 a 100 nm de diâmetro, e no envelope estão contidas projeções ou espículas de aproximadamente 8 nm de diâmetro. O genoma viral consiste de um dímero de RNA de fita simples de polaridade positiva linear (+ssRNA) e cada monômero apresenta tamanho de 7 a 11 kb e são unidos em forma de dímero por pontes de Hidrogênio.

Os vírions dos retrovírus apresentam quatro genes principais, que codificam as proteínas virais, na seguinte ordem:  5’-gag-pro-pol-env-3’. O gene env codifica glicoproteínas de envelope, como SU(de superfície ) e TM (transmenbrânica), já o gene gag codifica 3 proteínas principais:MA (matriz), CA(cápside), NC (nucleocápside),e o gene pro codifica PR(protease), RT (transcriptase reversa), e IN (integrasse).Além desses genes, o HIV-1 possui alguns genes adicionais, como vif,vpr,vpu,tat,ver,nef , importantes para a regulação da síntese e do processamento do RNA viral, e o HIV-2 tem ainda um gene adicional,vpx.

Analises filogenéticas classificam o HIV-1 em 3 grupos: M (major),N (New) e O (outlier).O grupo M é ainda dividido em subtipos, de A a J.Estudos indicam que os subtipos A,B,C,D e F1,assim como as formas recombinantes B/C e B/F1 estão presentes nas amostras brasileiras de HIV.

O HIV utiliza um de dois receptores de quimiocinas como co-receptor na replicação, CCR5 (presente em monócitos e macrófagos) ou CXCR4 (presentes em linfócitos). A variante X4, como é conhecida, são vírus indutores de sincício e, por utilizarem o CXCR4,estão associadas à progressão mais rápida para a AIDS. Fatores genéticos, como polimorfismo nos genes que codificam tais receptores, influenciam no curso da doença, como é o caso da deleção ∆32 no gene CCR51, que lentificam a evolução da doença. Mutações no gene que codifica o CXCR4 também interferem no curso da AIDS, mas também estão relacionadas a defeitos que levam a outras doenças, como WHIM (warts, hypogammaglobulinemia, infections, and myelokathexis-verrugas, hipogamaglobulinemia, infecções e myelokathexis,doença congênita que causa leucopenia) e complexo demência HIV, demência subcortical em pacientes com AIDS.

Patogênese

A transmissão do HIV ocorre pela exposição da musoca oral, retal ou vaginal durante o ato sexual ou através da amamentação, parto, transfusão sanguínea ou uso de objetos cortantes contaminados. O HIV infecta e mata as células T CD4+, de suma importância para a resposta imune, através da molécula CD4+, que funciona como um receptor para o vírus.

O desenvolvimento da AIDS, bem como o tempo da passagem da infecção aguda para a doença, varia de pessoa para pessoa, podendo durar de seis meses até vinte e cinco anos, como é sabido de alguns casos. A definição da doença se dá quando a contagem de células CD4+ é menor do que 200 células por milímetro cúbico, e o seu curso típico (da doença não tratada) é o seguinte: infecção primária, disseminação do vírus para os órgãos linfoides, latência clínica, expressão elevada do HIV, doença clínica e morte.

A primeira estação de captura do HIV é o sistema mononuclear fagocitário, que desempenha um papel importante na disseminação do HIV no organismo. Esse sistema celular engloba, além dos leucócitos circulantes no sangue, um grande número de células tissulares, como os macrófagos situados nos alvéolos pulmonares, nos gânglios linfáticos e no baço, as células de Langherans da pele e as células microgliais do tecido cerebral. As células do sistema mononuclear fagocitário desempenham, assim, um papel importante na disseminação do HIV no organismo.

Após a captação de antígenos estranhos, os macrófagos entram em contato com um subgrupo dos linfócitos T CD4+. Os linfócitos T CD4+ apresentam uma concentração especialmente acentuada da molécula CD4+ em sua superfície celular, sendo, por esse motivo, sensíveis a uma infecção por HIV liberado pelos macrófagos.

A multiplicação do HIV desencadeia sérias consequências, levando, inicialmente, a um distúrbio funcional e, finalmente, por efeito citopático, ao desaparecimento por destruição dos linfócitos T CD4+. A redução numérica dos linfócitos T CD4+ é característica da infecção por HIV, sendo a expressão da destruição celular induzida pelo vírus. O mecanismo de destruição das células ocorre através de ações diretas e indiretas.

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