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Transportador lipídico nanoestruturado com tamoxifeno como sistema de administração de fármacos: característica, avaliação da resistência e citotoxicidade

Artigo: Transportador lipídico nanoestruturado com tamoxifeno como sistema de administração de fármacos: característica, avaliação da resistência e citotoxicidade. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  6/11/2014  •  Artigo  •  1.099 Palavras (5 Páginas)  •  253 Visualizações

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No artigo “Tamoxifen-loaded nanostructured lipid carrier as a drug delivery system: Characterization, stability assessment and cytotoxicity”, publicado pela Colloids and Surfaces B: Biointerfaces, os autor Chee Wun How e colaboradores da Malasia apresentam o desenvolvimento de um carreador nano-estruturado estável para o tamoxifeno (TAM), fármaco empregado no tratamento de câncer de mama.

A nanoterapêutica tem se mostrado muito promissora em vencer as barreiras da terapêutica clássica, tais como a biodistribuição não específica, baixa disponibilidade oral, baixos índices terapêuticos, além de conseguir explorar o microambiente tumoral para tornar o tratamento mais específico, menos tóxico, e com administração mais adequada e confortável ao paciente. Uma das formas mais promissoras da atualidade são os carreadores lipídicos nanoestruturados (NLC – sigla derivada do termo em inglês), pois trazem algumas vantagem sobre seus antecessores tais como maior capacidade de carreamento, potencial de proteção contra a degradação enzimática, facilidade de escalonamento, maior potencial no tratamento do câncer pela maior velocidade de internalização deste tipo de partícula pela célula tumoral.

O tamoxifeno tem sido usado apenas para o tratamento do câncer de mama além de ser empregado como coadjuvante no tratamento de populações de risco e na prevenção da recorrência contra lateral. Apesar da importância terapêutica, a molécula apresenta algumas restrições como a baixa solubilidade e especificidade, causando diversos efeitos colaterais. A associação do TAM ao NLC reduz os efeitos colaterais, e ainda fornece uma melhora na sustentação da dose.

Os autores afirmam que a caracterização da nanopartícula e fundamental no entendimento da sua estabilidade. Contudo, argumentam que apenas a avaliação de alguns parâmetros isolados tais como a avaliação do potencial zeta ou da taxa de coalescência das partículas (Ostwald’s Ripening ou OR) não são suficientes para determinar a estabilidade das partículas. Portanto, os autores propõem um método para avaliação da estabilidade das nanopartículas desenvolvida por eles, avaliando as NLC’s durante quatro semanas empregando espectrofotometria UV-vis associada as medidas de potencial zeta e OR rate.

As NLC’s foram produzidas a partir da mistura, a 70 oC, de softisan 154, óleo de oliva e lecitina (4:1:1,73; m/v/m), como fração lipídica, onde 100, 200, e 300 mg de TAM foram dissolvidos, além do branco sem adição de TAM. A fase aquosa foi composta de 1% de polosorbato 80, 4,75 % de sorbitol e 0,005% de timerosal que também foi aquecida e então misturada à fase lipídica sob agitação. A nano emulsão foi obtida com o emprego de um Ultra-Turax e um homogeinizador de alta pressão.

As NLC’s foram caracterizadas através da avaliação do tamanho de partícula e do índice de polidispersão e do potencial zeta empregando DSL, Zetasizer e HPLC. As NLC’s produzidas apresentaram propriedades variando conforma a quantidade de droga carreada. Para a 200TAM-NLC, tivemos: tamanho da partícula: 46.55 ± 0.16nm; índice de polidispersão: 0.267 ± 0.004; Eficiência de encapsulação: 99.74% e capacidade de carreamento: 3.99%. Contudo, a análise por microscopia eletrônica de transmissão (TEM) forneceu resultados que sugerem que as TAM-NLC’s possuem forma consideravelmente esféricas e tamanho variando entre 77,22 e 123,64 mn. Essa discrepância e justificada com o argumento de que equipamentos diferentes produzem resultados diferentes devido às suas particularidades.

Em seguida, realizou-se o estudo de estabilidade das NLC’s e das TAM-NLC’s, correlacionando a taxa de coalescência (OR) o potencial zeta e a absortividade durante quatro semanas. Nesta etapa observou-se que as TAM-NLC’s produzidas com 300 mg de TAM são instáveis: após três dias ocorreu a cristalização do TAM no sistema. As NLC são um sistema de alta energia devido ao seu pequeno tamanho e a sua natural tendência à coalescer, formando agregados e aumentando o tamanho das partículas, o que pode ser detectado pela taxa de coalescência ou OR rate, quanto maior a OR rate, mais rápido o crescimento das partículas. Em geral, se estabelece que altos valores absolutos de potencial zeta correspondem a dispersões coloidais mais estáveis, assim como menores taxas de coalescência (OR). Contudo, ao correlacionar esses parâmetros com as medidas de densidade optica (OD), que corresponde á medida da turbidez do sistema,

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