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A Fisioterapia da Respiração

Por:   •  8/6/2022  •  Relatório de pesquisa  •  1.509 Palavras (7 Páginas)  •  92 Visualizações

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ELA

A esclerose lateral amiotrófica (ELA), forma mais comum de doença do neurônio motor, é uma doença neuro degenerativa caracterizada por  perda  irreversível  de  neurônios  motores na medula espinal, tronco encefálico e córtex cerebral, que leva à atrofia  muscular,  espasticidade  e  consequentemente  à  morte em  decorrência  de  insuficiência  respiratória,  pneumonia  por aspiração ou embolia pulmonar após imobilidade prolongada.

A ELA  é  categorizada  em  duas  formas,  a  mais  comum  é  a esporádica,  que  não  possui  nenhum  componente  herdado geneticamente.  Os  restantes  dos  casos  são  de  tipo  familiar, devido ao seu fator de herança genética dominante associado.

  A ELA  esporádica  corresponde  a 90  e  95%  dos  casos  e acredita-se  que  seja  devida  a  diversos  fatores  que  levam  a degeneração dos neurônios motores do mesencéfalo e medula com  atrofia  das  grandes  vias  piramidais  no  córtex   motor primário e no trato piramidal. Na ELA familiar há um padrão de herança autossômica dominante, recessiva ou ainda ligada ao X, gerando mutações genéticas e levando a uma variedade de  defeitos  celulares  no  neurônio  motor. O  subtipo  Bulbar está   relacionado   ao   comprometimento   dos   neurônios   do tronco   cerebral,   envolvendo   a   musculatura   de   inervação bulbar, sendo a disartria e a disfagia sintomas predominantes, acompanhados de fraqueza, atrofia e fasciculações de língua. 6Caracteriza-se por perda progressiva da  força  muscular de forma assimétrica nos membros e evoluem para o restante da musculatura   corporal   variando   de   acordo   com   as   regiões acometidas do sistema nervoso central (SNC).Há   também   sintomas   secundários   ao   quadro   clínico primário,  sendo  eles  os  distúrbios psicológicos  e  de  sono, constipação,    sialorréia,    espessamento    das    secreções    da mucosa,  hipoventilação  crônica  e  dor. Assim,  há  diminuição das atividades de vida diária (AVD’s) e um descondicionamento físico geral levando o indivíduo a um estado de  imobilidade e resultando em contraturas musculares, rigidez articular, dor e deformidades.

 O tratamento da ELA consiste em administrar medicamentos   neuroprotetores,   sendo   o   Riluzole   o   único atualmente   indicado   pelos   médicos   devido   sua   ação   de desacelerar  a  progressão  da  doença,  podendo  aumentar  a sobrevida do paciente entre 6 e 21 meses. A conduta varia de acordo com a evolução da doença e do estágio em que ela se encontra  e  deve  ser  traçada  de  forma  individual,  fazendo-se necessária uma equipe multidisciplinar para auxiliar o paciente e familiares nas AVD’s. fisioterapeutas  podem  utilizar vários recursos disponíveis para oferecer o melhor tratamento para o seu paciente. Ventilação mecânica com pressão positiva não  invasiva  é  muito  utilizada  para  combater sintomas  como dispneia   noturna,   insônia   e   desconforto   respiratório.9 Da mesma  forma,  testes  de  função  respiratória  têm  sido  usados como  uma  medida  da  progressão  da  doença  nos  pacientes, dentre  estes,  a  capacidade  vital  forçada  (CVF)  é  amplamente utilizada.10Com  o  passar  do  tempo  esses  pacientes  evoluem para   ventilação   invasiva   através   da   traqueostomia,   o  que prolonga a expectativa de vida.

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A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa, que afeta os neurônios motores em nível bulbar, cervical, torácico e lombar e evolui com fraqueza nos membros superiores e inferiores, disartria, disfagia, alterações cognitivas e comportamentais, culminando com a perda da capacidade funcional do indivíduo1 . Não se conhece, nos dias atuais, uma cura definitiva para a mesma, sendo que as pessoas necessitam atenção à saúde multidisciplinar e interdisciplinar no decorrer de sua progressão, a fim de retardar o aparecimento das alterações e melhorar sua qualidade de vida2

Outro artigo...

A  etiologia  da  ELA  é  multifatorial,  incluindo  componentes genéticos  e  ambientais.3,4Estudos  recentes  relatam  que  esta doença é mais comum em sujeitos do sexo masculino e a taxa de  sobrevida  média  dos  pacientes  de  3  a  5  anos,  sendo  a insuficiência respiratória a maior causa de mortalidade

A   fisioterapia,   quando   introduzida   precocemente,   preservará   a   função   cardiopulmonar   e   a   integridade   muscular,    que    são    componentes    necessários    para    maximizar  a  capacidade  funcional,  contudo,  o  paciente  será beneficiado mesmo quando sua resistência é baixa e o fim da vida está próximo.13Portanto,     os     fisioterapeutas     estão     de     acordo     com   a   literatura   ao   descreverem,   na   Categoria   II,   o   comprometimento  respiratório  na  ELA  e  suas  condutas  para    abordar    esses    sintomas,    pois    uma    pesquisa5evidencia que as deficiências respiratórias da doença estão relacionadas à fraqueza muscular respiratória que prejudica a capacidade de limpar as secreções nas vias aéreas. Assim, algumas   intervenções   fisioterapêuticas   que   beneficiam   são  o  recrutamento  de  volume  pulmonar  e  técnicas  de  desobstrução das vias aéreas.6Os participantes desse estudo também fazem referência à  traqueostomia  e  suporte  ventilatório  a  esses  indivíduos,  cujos  papéis  geram  crescente  discussão.  Os  pacientes  que  apresentam problemas graves de secreção ou não toleram a ventilação não invasiva, consideram a traqueostomia como procedimento  eletivo,  apesar  de  aquele  tipo  de  ventilação  demonstrar eficácia na redução dos sintomas, melhorando a qualidade de vida e a prolongando.3Ainda na Categoria II, os exercícios dentro das condutas fisioterapêuticas   para   abordar   os   déficits   motores   são   relatados como dependentes do estágio da doença. Devido às  limitadas  evidências  quanto  aos  benefícios  e  riscos  do  exercício  no  paciente  com  ELA,  o  fisioterapeuta  precisa  monitorar cuidadosamente e ajustar o modo e intensidade do exercício, respeitando as fases de progressão da doença, evitando fadiga excessiva e possíveis danos.6Quanto  à  dor,  os  fisioterapeutas  fazem  intervenções  para  o  seu  controle  e  destacam  a  importância  de  evitar  a  imobilidade e do posicionamento no leito conforme relatos da  Categoria  II.  Corroborando  isso,  estudo6  revela  que,  a  depender da causa da dor, as intervenções fisioterapêuticas podem   incluir   exercícios   de   amplitude   de   movimento   (ADM),   alongamento   passivo,   mobilizações   articulares   e  orientações  quanto  ao  suporte  e  à  proteção  articular  adequada.   Embora   a   ELA   não   afete   principalmente   as  vias  da  dor,  outros  fatores  podem  causá-la  como  os  comprometimentos    musculoesqueléticos,    a    perda    de    ADM,  a  imobilidade,  a  fraqueza  muscular,  dificuldade  de  posicionamento,  edema  e  lesões  agudas  como  entorses,  distensões e quedas.

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