A Síndrome de West

SÍNDROME DE WEST: uma revisão histórica  

West Syndrome: a historical review

Herica Pereira Gomes da Silva^[1]

RESUMO

O presente artigo busca elucidar e discutir de forma concisa a Síndrome de West, forma particular de epilepsia e convulsões musculares. Nesse sentido, foi discutido desde a primeira aparição em meados de 1841 ao desenvolvimento e complexidade da doença atualmente, por meio de levantamentos bibliográficos e avaliações críticas de materiais anteriormente publicados. Além disso, foi explicado a importância da fisioterapia para o tratamento das sequelas e da redução dos impactos da doença na vida cotidiana. Nessa perspectiva, esta análise propõe uma maior aproximação social a síndrome, além de dispor sobre as inovações tecnológicas cabíveis a ela, com o propósito de reconhecer e integrar ao meio os que a têm.

Palavras-chave: Síndrome de West. Fisioterapia. Tecnologia Inclusiva.

ABSTRACT

This article aims to elucidate and discuss in concise ways the West Syndrome, particular form of epilepsy and muscular convulsions. In this sense, it was discussing since the first appearance in 1841 until the progress and complexity of the disease currently, by means of data knowledge and critic valuations of previous material. In addition, it was explaining the importance of physiotherapy to treat some permanent damage and the reduction of the impacts in day life. From this perspective, the analysis proposes a major social approach to the syndrome, as well as arrange the inclusive technologies to the syndrome, for the purpose of recognize and adapt to those who have the disease.

Keywords: West Syndrome. Physiotherapy. Inclusive Technology.

1 INTRODUÇÃO

A necessidade de eliminar movimentos incômodos do corpo advém desde séculos passados. Inicialmente, no Período Renascentista, o cuidado com o corpo humano ganhou forma e grandes avanços nos estudos. Adaptar e aprimorar o corpo humano tornou-se o objetivo principal da época, haja vista a teoria do Antropocentrismo pregado na época – o homem como centro do universo.

Nessa ótica, a Fisioterapia entra não só como um meio para restaurar movimentos ou sequelas motoras, mas também como uma ciência terapêutica que oferece assistência e meios remediadores para proporcionar uma vida mais confortável e saudável as pessoas.

 

Verifica-se que a fisioterapia apresenta um conceito que parte de sua origem, onde perfaz através do conjunto de ações do campo profissional do fisioterapeuta, ações que resultam em atividades reabilitadoras e de promoção da saúde humana. É observável, que a profissão do fisioterapeuta surgiu em detrimento da necessidade de tratamento de pessoas acometidas por lesões físicas, consequentes das guerras e conflitos armados ao longo da história. Tais circunstâncias propiciaram uma prática voltada às lesões físicas, por parte do fisioterapeuta. (SILVA, 2015)

Dessa forma, o papel do fisioterapeuta para o tratamento da síndrome de West e direcionado e de grande valia, uma vez que ela busca agir nos atrasos do desenvolvimento motor do indivíduo, prevenindo contraturas e fortalecendo músculos enrijecidos. O profissional ainda trabalha com orientações familiares para melhorar a qualidade de vida da criança.

É dentro dessa nova perspectiva de atuação profissional que se insere o fisioterapeuta preventivo, agindo em programas de promoção de saúde e proteção específica, tendo como princípio fundamental o conjunto de conhecimentos científicos relativos aos fatores que possam causar infortúnios ao ser humano, bem como conhecendo também os mecanismos de interferência junto a esses fatores, visando eliminá-los ou minimizá-los (DELIBERATO, 2002)

De fato, a saúde exige um equilíbrio dinâmico e satisfatório, e quando se trata da síndrome de West, a necessidade de evitar ou reduzir os impactos na vida dos indivíduos e essencial. O presente artigo tem como objetivo realizar uma revisão dos estudos anteriores e sintetizá-los de forma crítica para aprimorar a vivência das pessoas com a síndrome de West.

 

2 MATERIAIS E METODOS

Para a elaboração da análise literária, foram usados livros, revistas e sites que abordam especificamente sobre a Síndrome de West, com o fito de obter familiaridade com a temática, por meio de pesquisas bibliográficas e comentários críticos.

3 RESULTADOS

A síndrome de West pode ser divida em três categorias fundamentais: sintomática, criptogênica e idiopática. As sintomáticas podem ocorrem no período pré-natal, perinatal ou pós-natal; a criptogênica convém quando há suspeita devido anormalidades no exame neurológico; por fim, o idiopático que consiste no desenvolvimento motor normal, atrasando a descoberta da doença.

As crises peculiares desta patologia são os espasmos, que são contrações maciças, breves e simétricas, em que predominam a flexão da cabeça sobre o tronco e projeção dos membros para a frente, ocorrendo frequentemente em salvas, o que foi constatado nos casos aqui estudados. (Albuquerque et al., 1990 apud AGUIAR et al., 2003)

As crises da SW podem variar, de acordo com Mattielo (2014, p. 20) “[...] como o de inclinação da cabeça, abalos mioclônicos ou localizados e desvio da cabeça e dos olhos”.

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Figura 1: Crianças com Síndrome de West por movimentos característicos.

Fonte: https://interfisio.com.br Acesso em: 30 jun. 2021.

A SW pode vir acompanhada de outras enfermidades, como Síndrome de Angelman, AVC e a rubéola como pode ser gerada devido uma mutação no gene Aristaless-related no cromossomo X.

As contrações recorrentes geralmente são breves e simétricas, elevando os membros superiores para frente e flexionando os músculos do abdomem, inicialmente podendo ser confundido com cólicas ou reflexo de Moro. Ao decorrer da vida da criança, as crises são reduzidas até desaparecerem completamente, dependendo quase inteiramente das condições previas do Sistema Nervoso Central e se há a procedência de outras anomalias.