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ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS E CARDIOVASCULARES DURANTE O EXERCÍCIO

Por:   •  3/5/2015  •  Ensaio  •  1.710 Palavras (7 Páginas)  •  485 Visualizações

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ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS E CARDIOVASCULARES DURANTE O EXERCÍCIO

Matéria: FISIOLOGIA APLICADA A ATIVIDADE MOTORA

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ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS DURANTE O EXERCÍCIO

         No decorrer do exercício físico os músculos podem ser afetados em sua capacidade gerar força ou endurece, podendo ocasionar inadequada ventilação pulmonar, devido à demanda respiratória aumentada. O trabalho de jogadores de futebol torna-se massificante devido à cobrança de imagem e exercício, consequentemente aumenta o desgaste da profissão. Segundo (BRANDÃO et al ;2004), para entender o que se espera de um atleta é que ele necessita enfrentar adequadamente as expectativas do técnico.

         Durante o exercício, a demanda de oxigênio aumenta acentuadamente, atuando assim as alterações do sistema cardiovascular. A frequência cardíaca aumenta gradativamente conforme o nível do exercício, até atingir o valor máximo denominado frequência cardíaca máxima (FC máx.). Durante a atividade física vigorosa, o consumo de oxigênio (O2) e a formação de dióxido de carbono (CO2) pode aumentar até 20 vezes. Contudo a ventilação alveolar, no atleta saudável, costuma aumentar quase proporcionalmente à elevação do metabolismo de O2, fazendo com que a Pa02, e PCO2e o PH arterial permanecem quase inalterados.

      Acredita-se que o cérebro, durante a transmissão de impulsos nervosos para os músculos submetidos a atividade física, transmita simultaneamente impulsos colaterais ao tronco cerebral para estimular o centro respiratório (GUYTON & HALL; 2006). A ventilação pulmonar é um processo através do qual o ar é mobilizado para o interior e para o exterior dos pulmões. Ela possui duas fases: a inspiração e a expiração. A respiração também se altera quando começa exercício, mas de uma forma um pouco diferente do sistema cardiovascular. Estímulos colaterais são fornecidos pelo tronco logo após o início da atividade física vigorosa, fato ao qual culmina na certeza de que esse estimulo respiratório não é efeito de algum processo químico anormal de alcalinização ou acidificação sanguínea, o que resultaria em alterações de compensação.

       A caixa torácica é composta por estruturas ósseas e músculos respiratórios os quais atuam sobre o tórax promovendo o seu movimento, com o objetivo de ventilar adequadamente os pulmões.  Os músculos inspiratórios são responsáveis pelo fluxo de ar para dentro dos pulmões, através da expansão da caixa torácica. Portanto, esses músculos são forçados a se contraírem por toda a vida a fim de garantir a ventilação adequada e mais ainda quando o indivíduo está sob esforço físico. Consequentemente, a medida da capacidade de trabalho desses músculos tem grande relevância na pratica clínica (PRYOR e WEBER, 2002).

      Os músculos inspiratórios podem ser afetados em sua capacidade de gerar força e endurece, podendo ocasionar inadequada ventilação pulmonar, especialmente durante o exercício, quando a demanda está aumentada. Conclui-se que a frequência cardíaca e a frequência respiratória sofrem um aumento importante, e uma maior atuação da musculatura acessória da respiração no decorrer da pratica de exercícios físicos para dar conta da demanda metabólica exigida pelos músculos em esforço.

ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES DO EXERCÍCIO

        O exercício físico caracteriza-se por uma situação que retira o organismo da homeostase, pois implica no aumento instantâneo da demanda energética da musculatura exercitada e, consequentemente, do organismo como um todo. Assim, para suprir a nova demanda metabólica, várias adaptações fisiológicas são necessárias e, dentre elas as referentes a função cardiovascular durante o exercício. No entanto, o tipo e magnitude da resposta cardiovascular dependem das características do serviço executado, ou seja, a intensidade a duração e a massa muscular envolvida.

         Em relação ao tipo de exercício, podemos caracterizar dois tipos principais: Exercícios dinâmicos ou isotônicos (Há contração muscular, seguida de movimento articular) e estático ou  isométrico (há contração muscular,  sem movimento articular ), sendo que cada um desses exercícios implica em respostas cardiovasculares distintas (FORJAZ & TINUCCI, 2000).  Nos exercícios estáticos observa-se um aumento da frequência cardíaca, com manutenção ou até redução ou até redução do volume sistólico e pequeno acréscimo do débito cardíaco. Em compensação, observa-se aumento da resistência vascular periférica, que resulta na elevação exacerbada da pressão arterial.

          Esses efeitos ocorrem porque a contração muscular mantida durante a contração isométrica promove obstrução mecânica do fluxo sanguíneo muscular, o que faz com que os metabólitos produzidos durante a contração se acumulem, ativando os quimiorreceptores musculares, que promovem aumento expressivo da atividade nervosa simpática. É interessante observar que a magnitude das respostas cardiovasculares durante o exercício é dependente da intensidade do exercício, de sua duração e da massa muscular exercida sendo maior quanto maior forem esses fatores. Por outro lado, nos exercícios dinâmicos, como as contrações são seguidas de movimentos articulares não existe obstrução mecânica do fluxo sanguíneo, de modo que nesse tipo de exercício, também se observa aumento da atividade nervosa simpática, que é desencadeada pela ativação do comando central, mecanorreceptores musculares e dependendo da intensidade do exercício, metaborreceptores musculares.

         Em resposta ao aumento da atividade simpática, observa-se aumento da frequência cardíaca, do volume sistólico e do débito cardíaco. Além disso, a produção de metabólitos musculares promove vasodilatação na musculatura ativa, gerando redução da resistência vascular periférica. Desta forma, durante os exercícios dinâmicos observa-se aumento da pressão arterial sistólica e manutenção ou redução da diastólica.

           Essas são tanto maiores quanto maior for a intensidade do exercício, mas não se alteram com a duração do exercício, caso ele seja realizado numa intensidade inferior que ao limiar anaeróbio. Além disso, quanto maior for a massa muscular excitada de forma dinâmica, maior é o aumento da frequência cardíaca, mas menor é o aumento da pressão arterial (FORJAZ & TINUCCI, 2000).  Embora as respostas cardiovasculares aos exercícios dinâmicos e estáticos sejam bem características, na pratica diária, os exercícios apresentam componentes dinâmicos e estáticos, de modo que a resposta cardiovascular a esses exercícios depende da contribuição de cada um desses componentes. Nesse sentido os exercícios resistidos ou exercício de musculação (exercício localizados contra resistências) possuem papel de destaque, pois quando executados em alta intensidades, apesar de serem feitos de forma dinâmicas apresentam componente isométrico bastante elevado (FORJAZ, REZK, MELO, SANTOS, TEIXEIRA, NERY & TUNICCI, 2003), fazendo com a resposta cardiovascular durante sua execução assemelhe-se àquela observado com exercícios estáticos, ou seja, aumento da frequência cardíaca e principalmente , aumento exacerbado da pressão arterial, que se amplia à medida que o exercício  vai sendo repetido (FORJAZ et al.,2003). De fato, elevações pressóricas na ordem de 60/50 mmHg para pressão arterial sistólica/diastólica tem sido observadas com a medida intra-arterial em indivíduos normotensos, que uma série de movimentos de extensão pernas na mesa romana com carga correspondente a 80% da carga voluntaria máxima até a exaustão, o que corresponde a uma média de seis a 12 repetições.

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